Consultoria de Desenvolvimento Humano ‘Relações Simplificadas’ dá Dicas de Sobrevivência Para Gestores e Colaboradores

· Há décadas se prevê a adoção do home office de forma mais factível pelas empresas brasileiras. Seja para driblar questões estruturais, como o tempo (e dinheiro) desperdiçado no trânsito das grandes cidades ou o valor dos aluguéis corporativos, seja para propiciar maior flexibilidade às pessoas no que diz respeito aos horários e à duração de suas jornadas de trabalho. Mas, até a pandemia, esse movimento foi pouco relevante. Poucas empresas arriscaram tanto.

· Mas, como sabemos, com a imposição do isolamento social a necessidade bateu à porta de todos, fazendo com que esse movimento fosse acelerado e... improvisado.

· Mais de quatro meses depois, as empresas contabilizam alguns benefícios palpáveis: diminuição de custos, aumento da produtividade e da autonomia das equipes. Essas parecem conquistas a serem celebradas, pelo menos até este momento. Talvez ainda não tenhamos instrumentos para calcular o custo real desses ganhos.

· Estarão empresas e colaboradores considerando as diferenças entre um home office e o que nós batizamos de “corona office”, para que o resultado final dessa mudança seja, de fato, um passo à frente em termos de organização do trabalho?

· No home office "de verdade" temos à disposição uma série de requisitos físicos fundamentais como equipamento adequado, luz, boa internet e telefone.

· Mas o que temos hoje, em grande parte das casas, é o que chamamos de "corona office". Uma adaptação às pressas, com inúmeras limitações. Um computador incompatível com as necessidades do trabalho, uma impressora comprada às pressas com o próprio dinheiro, cadeiras, mesas e iluminação improvisadas com o que se tem em casa. O home office da pandemia está sendo feito na cozinha, na varanda, no quarto, na sala, dividindo espaço com crianças em homeschooling, com a panela de pressão apitando e uma certa bagunça física e mental.

· Portanto, como já percebemos dentro de nossas próprias casas, esse tal de home office implica em muito mais do que a simples mudança de local de trabalho.

· Processos e procedimentos, horários e metas tem que ser revistos e acordados entre empresa e colaboradores. É preciso encontrar novas opções de apoio no cuidado com os filhos, com a casa e alimentação.

· Como a empresa dará suporte e segurança emocional ao colaborador em questões como previsibilidade e sociabilidade nesse novo ambiente virtual? Trabalhar em casa, a médio e longo prazos será escolha ou obrigação?

· A verdade é que gestores também foram pegos de surpresa e os novos processos ainda estão sendo definidos, se é que estão. Quem paga a conta de telefone e internet, cuidados com o sigilo de informações, prazos e procedimentos para trabalhos, reuniões virtuais e muito mais.

· E o mais importante, a insegurança emocional atingiu a todos nós em todas as áreas da vida. E ela permeia a tudo, inclusive as relações de trabalho.

· Sentimentos como o medo, a angústia, a ansiedade, a ameaça real de adoecer ou de perder alguém, a insegurança quanto a manutenção do emprego, a difícil convivência diária dentro de casa.... tudo isso faz parte do quadro emocional de colaboradores e gestores. E tem que ser tratado de forma profissional pelas empresas.

· Ter clareza desse cenário pode ajudar a todos na compreensão do que deve ser feito para vivermos melhor nas relações de trabalho daqui para a frente. Com ou sem home office. Dicas? Vamos a três delas.

1) O trabalho online aumenta a pressão sobre nosso sistema psicossensório. A exaustão ao final do dia é infinitamente maior do que em um dia normal no escritório. Faça pausas a cada hora ou hora e meia.

2) Se acalme e aceite a falta de controle. Entenda que perdemos os mecanismos de avaliação sobre o trabalho do outro, da equipe. Hábitos do escritório, observações visuais e do ambiente que são, também, informações de balizamento, desapareceram. Gestores precisam ficar atentos a demandas desnecessárias e possível sobrecarga das equipes por conta dessa sensação.

3) É essencial praticar a tolerância. Primeiro consigo mesmo, depois com sua equipe. Precisamos lembrar que ninguém foi treinado pra fazer home office, não foi uma simples troca de local de trabalho. É importante lembrar que este momento vai passar e que precisamos estar bem e não em burnout, quando esse dia chegar. Como disse Elke Van Hoof, professora de psicologia da saúde e especialista em estresse e trauma na Universidade de Vrije, em Bruxelas: “se não prestarmos atenção suficiente à saúde mental, não haverá resiliência. Se não reagirmos rapidamente a possíveis problemas que as pessoas possam sofrer, teremos uma bomba-relógio. Essas pessoas são as mesmas de que precisamos para dirigir nossa sociedade após o confinamento

Links episódios youtube:

Estou enlouquecendo com o home office: https://youtu.be/FXe8KM-IU6g

Pílulas da Consuelo #4 - Corona office: https://youtu.be/AwHYfm6E7Lo

A Arte de se acalmar

Relações Simplificadas

Criada em 2016 pela palhaça e designer de relações Nina Campos e pelo psicólogo e psicanalista Francisco Nogueira, Relações Simplificadas é uma consultoria de desenvolvimento humano que une as linguagens do palhaço e da psicanálise para criar workshops, apresentações e projetos especiais com o objetivo de ajudar as pessoas, empresas e organizações a desfrutarem de relações de melhor qualidade. Uma maneira inovadora, criativa e muito eficiente para desenvolver habilidades pessoais, promover a harmonia e estimular novos hábitos em equipes, quando o foco é a mudança de mindset e o desenvolvimento de soft skills. Tem entre seus clientes empresas como Bradesco, Fasano, Sul América, Braskem, Fleury, LSG Sky Chefs, entre outros. Apenas em 2019 foram mais de 3,5 mil pessoas impactadas por suas palestras e workshops em mais de 30 clientes.

NINA CAMPOS

Palhaça e Designer de Relações

Nina foi publicitária durante 14 anos. A primeira planejadora estratégica a ganhar o prêmio Young Creatives, diretora de planejamento da agência Loducca aos 26 anos, a mais jovem mulher a se tornar Diretora Geral na multinacional inglesa Lowe, aos 32. Mesmo com uma carreira consolidada, decidiu aventurar-se em outros mundos, tornando-se consultora de sustentabilidade, área na qual trabalhou por três anos, realizando projetos decisivos para grandes empresas como Coca-Cola e Bradesco. Sua angústia diante das relações de trabalho limitadas – falta de comunicação, transparência, colaboração, serviu como insight para sua primeira empresa: POP – Palhaços a Serviço das Pessoas, criada em parceria com Mônica Malheiros e que há doze anos leva a linguagem do palhaço para o universo corporativo. Nina é também pós-graduada em Jogos Cooperativos e Pedagogia da Cooperação pela Unimonte/Projeto Cooperação.

FRANCISCO NOGUEIRA

Psicólogo e Psicanalista

Francisco é psicólogo formado pela UFRJ e psicanalista. Um dos fundadores da revista Panatenéia, trabalho vencedor do I Prêmio Margarete de Paiva Simões Ferreira, concedido pelo CRP-RJ – Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Também foi coautor do artigo sobre inclusão de pessoas com transtornos mentais no mercado formal de trabalho junto à empresa Prezunic, ganhador do "Prêmio Ser Humano", concedido pela ABRH - Associação Brasileira de Recursos Humanos. É membro efetivo do Departamento Formação em Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo. Atua em seu consultório clínico na Vila Madalena. Francisco é o curador dos temas e roteirista dos vídeos do canal no YouTube da consultoria Relações Simplificadas.