Setor segurador tem um importante papel no enfrentamento do coronavírus

Galian afirma que a indústria de seguros será importante nesta crise. “Afinal de contas, o grande papel social do seguro é proteger as pessoas e seus bens. Em nosso papel, precisamos reforçar os benefícios do seguro para a sociedade”, diz ele.

Ele ressalta que as pessoas e as empresas esperam que as seguradoras e os profissionais do mercado cumpram os seus papéis de prestadores de serviços para os clientes. “As pessoas e empresas contam com isso. É importante que as companhias continuem avaliando e tomando as medidas para o cliente, para o mercado segurador se fortalecer”.

A pandemia fez o setor quebrar um paradigma: a preferência pelo contato pessoal. Várias companhias tiveram de antecipar o formato de trabalho remoto e valorizar outras formas de contato com o corretor.

Galian diz que na maior parte das vezes o corretor aceita bem essa nova forma de fazer negócios, que é mais rápida, mais objetiva. Nestas duas últimas semanas já presenciei exemplos muito bem sucedidos de reuniões virtuais e, inclusive, de entregas de prêmios em campanhas, por meio de hangout, skype e outros sistemas. A conversa é mais focada, em muitas situações, e ao mesmo tempo, humaniza pelo contato visual e voz.

“A situação que estamos vivendo está permitindo às companhias avançarem em outras formas de conduzir os negócios”, diz ele. Na atual conjuntura ele diz que as seguradoras estão ofertando renovações que garantem ou até melhoram os preços dos anos anteriores. “Hoje, praticamente todos os concorrentes do setor estão mantendo o mesmo preço do ano anterior para fazer renovação, mostrando ao cliente os benefícios de manter o seu patrimônio seguro”, aponta.

Claro que quando se trata de seguros de grandes empresas, grandes riscos, Galian diz que as negociações são diferenciadas e complexas, pois envolvem resseguros, inspeções e outros critérios de subscrição complexos.

na opinião do executivo, a imposição da quarentena ajuda a consolidar a comunicação com o cliente que já era feita por meio remoto, seja call center, aplicativos ou internet. “Essa crise veio, considerando ofertas de serviço mais diretas e permitindo que o cliente esteja no comando. De certa forma, todos se adaptaram muito rápido”

Para Galian, o gerenciamento dos colaboradores deve ser feito por meio de programas e ações de comunicação que atuem diretamente na saúde emocional das pessoas, incluindo os parceiros, da equipe e prestadores de serviços, que continuam na rua.

Nesse sentido, ele exemplifica como é feito na Mapfre: “Enviamos mensagens de apoio, vídeos e adotamos ações diferentes. Estamos antecipando o pagamento de prestadores, enviando equipamentos de prevenção e higienização, oferecendo instruções para que eles repassem para suas equipes”, disse.

Ele diz ainda que por ser uma empresa global, a MAPFRE tem a experiência da China, da Itália, da Espanha, dos Estados Unidos, da Alemanha e de diversos outros países que estão à frente do Brasil no enfrentamento da pandemia. “Eles retroalimentam necessidades de comunicações, prevenção e providências que podemos adotar preventivamente. Mas logicamente, o que muitas vezes foi sucesso na Espanha, pode não ter sido na Itália ou Estados Unidos e vice versa. Isso segue de acordo com particularidades das pessoas, dos hábitos de cada país”, ressaltou.