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Os 3 passos para lidar com o endividamento do próprio negócio

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Os 3 passos para lidar com o endividamento do próprio negócio

Para lidar com o endividamento em seu negócio o segredo está na informação. É importante levantar todos os dados que possam identificar a origem do problema e apontar caminhos para diminuir custos.

Garantir o faturamento satisfatório de um negócio é um desafio diário. É em meio a esse desafio que surgem as crises financeiras. Só em 2019, quase 6 milhões de micro e pequenas empresas se tornaram inadimplentes, conforme Serasa Experian.

Qualquer empresa pode sofrer com problemas referentes à organização financeira, que começa na falta de um controle de caixa e vai até às questões ligadas ao gerenciamento do próprio negócio. Mas para enfrentar uma situação de endividamento, o primeiro passo é encarar o problema. A seguir, três passos básicos para solucionar o endividamento em um negócio próprio.

1 Analisar a causa do endividamento

Tudo começa com a análise da origem do endividamento: antes de qualquer passo, para sanar uma dívida é preciso saber o que está causando o rombo financeiro.

Essa resposta nem sempre é óbvia como uma baixa nas vendas. É possível estar vendendo bem e, mesmo assim, as dívidas aumentando. Então, é importante analisar o negócio como um todo. A causa pode estar na relação entre receitas e despesas, nos prazos de recebimento, no pagamento aos fornecedores e até no gerenciamento de estoque.

Para este primeiro passo é importante realizar o fluxo de caixa, separar o dinheiro dos sócios do dinheiro da empresa e definir bem os gastos e custos operacionais.

Sabendo o que está causando esse endividamento é o momento do segundo passo.

2 Renegociar dívidas

Renegociar dívidas tem a ver com novos prazos e novos juros. Os credores querem resolver a dívida tanto quanto os devedores. Se a dívida for inédita, será mais fácil renegociar. Procurar por agiotas não é uma solução porque a ideia é diminuir juros. Primeiro é preciso pagar as dívidas com juros mais caros. Assim, ao longo do tempo, os gastos relativos aos juros vão diminuindo.

Quando for renegociar uma dívida, seja com fornecedores ou banco, é importante ter na ponta do lápis o resultado da análise da origem do endividamento (primeiro passo). Se o fluxo de caixa, a análise de vendas e de custo for realizada de forma correta é possível definir uma projeção de faturamento e, com isso, negociar de forma realista. O fluxo de caixa é a ferramenta indicada para saber em quantas parcelas você poderá negociar o pagamento, por exemplo. É importante não assumir um compromisso que não seja viável cumprir.

Se a dívida for com fornecedores é possível negociar prazos maiores para pagamentos e até compra em consignação, dependendo do segmento. O pequeno varejo é uma das maiores redes de distribuição de grandes marcas o que pode ser positivo pelo poder de barganha.

Antes de recorrer ao banco para sanar dívidas é importante ter em mente qual o foco: renegociar dívidas já firmadas ou financiar um empréstimo com juros mais baixos para sanar uma dívida já existente em outro banco ou financeira.

No caso de renegociar uma dívida já firmada, o foco é procurar por juros e prazos mais adequados. Se o histórico como credor é bom, isso pode facilitar a negociação com o gerente que pode interpretar aquela crise como momentânea.

Tanto em na negociação com fornecedores quanto com bancos, se a crise é reflexo de um fator externo, como a situação econômica do Brasil, é importante mostrar relatórios de vendas para comprovar de que forma o negócio foi atingido.

3 Diminuir custos e despesas

Com as dívidas renegociadas, o próximo passo é encontrar formas de diminuir custos e despesas.

É importante não cortar despesas que possam impactar a qualidade do produto, serviço e atendimento. Será necessário manter a qualidade com o menor custo possível. Para isso, ações como: rever gastos, organizar e acompanhar o fluxo de caixa diariamente são necessárias

Para quem trabalha com produtos em estoque, é importante comprar quantidades menores com maior prazo de pagamento já que o estoque é um patrimônio imobilizado ou seja, dinheiro parado. Para isso, um caminho é reanalisar o seu estoque mínimo, e, se for possível, ajustar para uma quantidade menor.

Se a opção for demitir funcionários é importante refletir bem antes de tomar essa decisão. Um funcionário que conhece bem o negócio e os clientes, pode ser uma peça importante para manter as vendas. Além disso, o custo com a demissão pode aumentar o endividamento.


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