Brasil,

A importância da IoT para a competitividade das indústrias

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Silvia Giurlani
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O Brasil está passando por um processo lento e gradual de desindustrialização causado por uma série de incompetências dos governos que ocorreram nos últimos 20 anos. A situação atual é grave e vai piorar porque em junho passado foi assinado um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Comunidade Europeia e que deve começar a vigorar daqui a dois anos. Mas ao contrário do que se possa imaginar, isso não significa que haverá boas oportunidades de negócios para o país porque teremos que enfrentar uma competição acirrada com indústrias da Alemanha, Itália, França dentre os tradicionais países europeus, agora acrescidas de outros países como a Turquia, a República Tcheca, Eslováquia e demais países das antigas repúblicas soviéticas que são bem mais competitivas do que as nossas.

Por que será que recentemente o governo brasileiro baixou as tarifas de importação para máquinas e equipamentos? Porque sabe disso. Em linhas gerais, só existe uma alternativa para a indústria nacional: investir em tecnologia. Se não houver um investimento maciço em automação do chão de fábrica, em Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, dentre outras tecnologias, o Brasil vai perder a guerra e a indústria de manufatura morrerá.

Quando criei a Industrial-IoT Solutions, no início deste ano, comecei a montar um portifólio pensando em trazer soluções que irão ajudar as empresas latino-americanas - e brasileiras, principalmente -, a se tornarem mais competitivas. É um desafio muito grande para as nossas indústrias que há cinco anos estão vivenciando a recessão que se instalou no país. Nesse sentido é fundamental que os empresários entendam a importância da IoT porque essa tecnologia permite criar uma base essencial para a inteligência artificial (IA) e para o uso de aprendizagem de máquina (Machine Learning) que contribuem para melhorar a eficiência (produtividade + qualidade). Se considerarmos que a eficiência média das empresas globais de manufatura está na faixa de 60%, e as de classe mundial, na de 85%, percebemos que há um longo caminho a ser percorrido. No Brasil, não há uma pesquisa confiável sobre esse assunto, mas eu diria que a eficiência das indústrias está abaixo da média mundial dos 60%. Evidente que há gratas exceções no parque industrial brasileiro. Mas vamos imaginar que a indústria brasileira está na média mundial; ainda assim aumentar de 60% para 85% é um passo gigante.

Atualmente, os produtos são criados com base em algumas necessidades do cliente. São realizadas pesquisas para identificar o que o usuário quer para que esses requisitos se transformem em funcionalidades do produto. A questão é que o produto é vendido para o cliente, mas o fabricante não sabe como ele o está usando. Às vezes o produto atende só a 70% da necessidade e o cliente o abandona. Um editor de texto e uma planilha, só para citar alguns exemplos, têm uma quantidade enorme de funcionalidades que a maioria das pessoas não usa. Então para que desenvolver algo que ninguém vai usar?

E como as empresas analisam a próxima versão de qualquer produto? Verificando as falhas e problemas de qualidade, e ainda as solicitações de melhoria feitas pelos clientes e dos problemas recorrentes no suporte ou assistência técnica. Só que esse feedback chega meses ou anos depois que o produto foi lançado. Uma máquina ou equipamento com tecnologia IoT embarcada vai informar ao fabricante o que o cliente faz com o produto em tempo real, como ele o usa, por que falha, quando falhou, e dessa forma vai ser possível enviar uma equipe de manutenção antes que a máquina quebre e ainda tomar decisões tais como: sugerir melhor uso, aumentar ou reduzir a garantia, entre outras opções. No caso de software, o desenvolvedor pode reduzir o número de programadores numa área e focar em outras, entregando assim as funcionalidades mais usadas ou pedidas pelos usuários

A empresa tradicional que desenvolve produtos baseada só em informação histórica, obtida por meio de pesquisa de mercado, tendência de compra etc., está ficando míope e sua sobrevivência dependerá da capacidade de fazer produtos melhores, que tenham a aceitação do mercado e o menor índice de quebra. Para tudo isso ela precisa de informação que vem por meio dos sensores e da IoT. É muito comum o uso dos sistemas MES (Manufacturing Execution System) que permitem identificar o que foi produzido e os erros ocorridos no processo de fabricação. Mas, de novo, são dados históricos que mostram o passado. Uma solução de IoT permite analisar os dados em tempo real que, somados às informações históricas, possibilitam a criação de algoritmos que farão uma análise de fato relevante para a tomada de decisão mais rápida.

Como o acordo com a Comunidade Europeia irá vigorar dentro de dois anos, se eu fosse dono de uma indústria não iria esperar todo esse tempo para investir em tecnologia, mas o faria nos próximos 18 meses porque a concorrência com produtos fabricados na Europa e nas novas economias emergentes que fazem parte da Comunidade Europeia vai chegar de forma muito agressiva. Temos que reduzir o custo Brasil, investir em formação de mão de obra e em tecnologia para concorrer com esses países. As indústrias de todos os segmentos têm que pensar nisso e começar a agir imediatamente.

*Hélio Samora é fundador e CEO da Industrial-IoT Solutions, distribuidora de soluções de IoT e de tecnologias inovadoras para o segmento industrial, com sede em Tucson, Arizona (EUA) e escritórios no Brasil e México.


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