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Três Perguntas para Carolina Guimarães, da Rede Nossa São Paulo

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O Instituto Cidades Sustentáveis tem duas importantes iniciativas: a Rede Nossa São Paulo, que atua na capital paulista; e o Programa Cidades Sustentáveis, com ações em diversas cidades do Brasil.

O objetivo é promover uma melhor qualidade de vida para as pessoas, estimulando a construção de cidades justas, democráticas e sustentáveis. Carolina Guimarães, gestora da Rede Nossa São Paulo, esclarece que a organização acompanha de perto a construção de políticas públicas de mobilidade, como foi o caso do Plano de Mobilidade; da Política de Segurança Viária; do Plano Cicloviário e outros planos setoriais que abordam o tema da mobilidade de maneira transversal, como o Plano Municipal da Primeira Infância em São Paulo. “Também contamos com o Observatório Cidadão, uma plataforma que sistematiza dados de diversos eixos temáticos, dentre eles, transportes e acidentes de trânsito”, diz. Com base nas estatísticas do Seguro DPVAT, Carolina analisa algumas das razões para o elevado número de acidentes, especialmente aqueles envolvendo motos e defende alguns caminhos para um trânsito menos violento. “Acredito que, se o foco das políticas e ações para a segurança viária forem mais ambiciosas e tiverem um olhar especial para os mais vulneráveis no trânsito, todos terão mais segurança”, assinala. Confira a entrevista.

1 - A maioria das indenizações pagas pelo Seguro DPVAT, decorrentes de acidentes com motos, está concentrada em São Paulo. Somente no primeiro semestre, foram mais de 13 mil indenizações. A que atribui esse elevado índice de acidentes envolvendo motocicletas?

São Paulo possui, há algumas décadas, a cultura de utilizar o motofrete. Nos últimos anos, o surgimento de empresas de entrega por aplicativos colocou muitos motociclistas em circulação na cidade. Essas empresas entraram no mercado com incentivos que bonificavam quem entregava mais em menos tempo, incentivando uma direção imprudente. Recentemente, as empresas de entregas por aplicativos regulamentaram normas mais rígidas para os entregadores de motos e tiraram esse incentivo, além de regulamentarem que apenas motoristas acima de 21 anos podem ser entregadores. São passos muito positivos de trabalho conjunto da prefeitura e poder privado.

Além disso, o aumento da velocidade nas marginais põe em risco a vida de todos, dado que acidentes em maior velocidade tendem a ser mais letais. Adicionalmente, motos são mais difíceis de fiscalizar, porque os radares possuem dificuldade na leitura das placas, o que também incentiva comportamentos perigosos.

2 - De que modo a Rede Nossa-SP atua nas questões relacionadas à segurança no trânsito?

A Rede Nossa São Paulo acompanha de perto a construção de políticas públicas de mobilidade, como foi o caso do Plano de Mobilidade; da Política de Segurança Viária; do Plano Cicloviário e outros planos setoriais que abordam o tema da mobilidade de maneira transversal, como o Plano Municipal da Primeira Infância. Advogamos por uma cidade que fomente o direito à cidade a todos, onde a mobilidade ativa e o transporte coletivo tenham prioridade em relação aos meios de transporte individuais. Realizamos, todo mês, pesquisas temáticas que abordam os mesmos temas citados anteriormente, para entender a percepção do paulistano e dar encaminhamentos junto a diferentes atores interessados.

Também contamos com o Observatório Cidadão, uma plataforma que sistematiza dados de diversos eixos temáticos, dentre eles, transportes e acidentes de trânsito. A partir desse observatório, produzimos todos os anos o Mapa da Desigualdade, em que evidenciamos as diferenças sócio territoriais por distrito e, dentre os dados demostrados, constam os indicadores: acidente com automóvel, acidente com bicicleta, acidente com motocicleta, acidentes de trânsito, atropelamentos e mortes no trânsito.

3- Como tornar o trânsito menos violento, reduzindo o número de acidentes fatais, em especial aqueles que envolvem os motociclistas?

A melhor convivência no trânsito depende de todos e existem razões, tanto humanas e sociais quanto técnicas e políticas, que influenciam na segurança viária. Acredito que, se o foco de políticas e ações para a segurança viária forem mais ambiciosas e tiverem um olhar especial para os mais vulneráveis no trânsito, que são os pedestres, todos terão mais segurança. Os motociclistas devem ser ouvidos para incluir medidas que levem em consideração o usuário, buscando um equilibro “ganha-ganha” para com os outros modais. Por exemplo, a medida de proibir motociclistas nas pistas expressas da Marginal hoje em dia é contestada, dado que a pista interna possui trafego com ônibus, também criando desafios viários. Talvez, a solução seja diminuir a velocidade da marginal como um todo, ou criar pistas especiais para motociclistas. Houve um pequeno experimento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) sobre pistas exclusivas, mas que não avançou. A capacitação de novos motoristas nas ruas da cidade também é essencial, dado que muitos dos treinamentos são feitos em espaços contidos. Tanto a capacitação quanto a fiscalização deveriam ser trabalhadas conjuntamente, criando uma cultura de segurança viária mais forte. Além disso, essas duas frentes devem estar presentes em todo o território pois, atualmente, já se comprovou que o centro expandido concentra muito mais radares e fiscais do que as periferias.

Clique aqui e conheça mais sobre a Rede Nossa São Paulo.


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