Qual será o impacto nas políticas de crédito com a Lei Geral de Proteção de Dados?

Que conceder crédito é uma boa estratégia para alavancar as vendas, fidelizar clientes e vencer a concorrência todo mundo sabe, entretanto o bônus vem acompanhado do risco de inadimplência. Ainda mais levando em conta os indicadores divulgados pela Serasa Experian, segundo a qual a inadimplência atingiu novo patamar recorde no mês de março, com 63 milhões de inadimplentes, ou seja, consumidores que não conseguem pagar as contas com seu rendimento.

Neste cenário desafiador se soma as adaptações para a Lei Geral de Proteção de Dados, desde a revisão de processos e políticas, além dos próprios controles para que não incorram em danos à imagem ou nas fortes penalizações financeiras previstas pela regulação.

Afora o quadro econômico, o problema é intensificado pela assimetria de informações, que ocorre desde uma informação negativa registrada em um bureau específico, mas fortemente entre as empresas que pertencem ao mercado financeiro em relação a todas as demais, devido ao acesso ao histórico das informações financeiras pelo primeiro grupo, o qual impacta na política de crédito, por causa da falta de dados para análise completa e efetiva.

É neste cenário que vem surgindo soluções baseadas no conceito de identidade soberana com o objetivo de dar o poder de controlar todos os seus dados financeiros ao cliente e permitir que ele compartilhe com quem deseja essas informações. Um exemplo neste sentido é o Rocket Max (www.meumax.com.br), da C&M Software, que por meio do empoderamento do usuário com o controle de suas informações, possibilita trazer às empresas que fornecem crédito o histórico da vida financeira do seu prospect, dando segurança para criar uma política de crédito baseada em fatos históricos de pagamento e do endividamento do consumidor.

Segundo o diretor de produtos da C&M Software, Almir Carrion, a solução é inovadora em duas frentes principais: o empoderamento do consumidor a respeito de suas informações de crédito e pagamento, e a redução de assimetria de informação entre os segmentos do mercado, trazendo para varejistas, empresas de serviços e indústrias, além das tradicionais informações de inadimplência dos bureaus de crédito, a conhecida informação positiva do consumidor.

Faltando cerca de 1 ano para a implementação da primeira fase da LGPD, as empresas iniciam a fase de buscar novidades que mitiguem os riscos oriundos da nova regulamentação, e mirem as oportunidades de otimização e melhoria dos processos vigentes até então. Assim é natural a aparição para o mercado de uma série de soluções inovadoras para unir o consentimento do cliente no compartilhamento de suas soluções com a necessidade das empresas que desejam ofertar crédito aos seus clientes.