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Indústria 4.0, IIoT e outros movimentos: O que realmente merece nossa atenção?

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Elenita Andrade
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*Ricardo Caruso

Quando trabalhamos com tecnologia, somos sempre desafiados a avaliar novas ideias. Muitas vezes nos perguntamos o que trazem de realmente novo, como poderiam impactar o nosso negócio e o quanto elas têm de discurso de marketing. Quem está no mercado industrial certamente já viu os termos Indústria 4.0, Industrial Internet of Things (IIoT) ou Smart Manufacturing em revistas ou eventos da área, e se fez essas perguntas.

Na realidade elas não são tecnologias ou arquiteturas de sistemas, como às vezes fazem parecer, mas iniciativas para fortalecer parques industriais regionais. Muitas delas têm uma motivação comum: retomar a capacidade de manufatura dos países ocidentais depois de mais de duas décadas de terceirização dessa função para países do oriente. Outras, porém, já são a resposta de países asiáticos a essa ameaça. Como exemplo de sua diversidade, os nomes de algumas delas divididas por região são:

Apesar de serem iniciativas diferentes, algumas até com interesses conflitantes, todas apostam no uso intensivo de tecnologia e compartilham algumas propostas comuns que merecem nossa atenção:

1. Integração dos Três Eixos

A integração de dados no eixo vertical, entre os sistemas corporativos e o chão de fábrica; horizontal, entre as empresas da cadeia de suprimentos; e do ciclo de vida, do produto desde o projeto até sua disposição. Essas não são ideias novas. Todas elas já são postas em prática por sistemas MES (Manufacturing Execution System), SCM (Supply Chain Management) e PLM (Product Lifecycle Management) que, apesar de estarem presentes há alguns anos, ainda apresentam um nível de adoção baixo no país.

A implantação desses conceitos, porém, é o fundamento da gestão industrial baseada em informação. Diferentemente da maioria dos outros conceitos, eles já apresentam um mercado de ferramentas e histórico de implantação bastante maduros.

2. Impressoras 3D

As impressoras 3D provavelmente são os artefatos tecnológicos mais citados por essas iniciativas. Peças centrais da manufatura aditiva, podem ser adotadas para a concepção de linhas de produção extremamente flexíveis, ou ainda em modelos de manufatura distribuídos geograficamente com a impressão de produtos ou peças de reposição mais próxima dos consumidores finais.

3. Adoção de Plataformas

O desenvolvimento de aplicativos para plataformas móveis ou em Cloud impulsionou a inovação nessas áreas, permitindo que um ecossistema de pequenas empresas e desenvolvedores independentes pudesse contribuir com produtos criativos que resolvessem problemas bastante específicos dos usuários.

Modelos como esses estão sendo propostos por diversos fornecedores, como a GE com o Predix, buscando simplificar a troca de dados entre diferentes sistemas e companhias para cobrir necessidades específicas de cada setor.

4. Cyber-Physical Systems

Os Cyber-Physical Systems (CPS) são sistemas que integram elementos de software, comunicação e equipamentos físicos. Um exemplo de CPS é um sistema único com diferentes plantas industriais de uma cadeia de suprimentos que trocam informações de demanda entre si, e usam essas informações para controlar sistemas automatizados de chão de fábrica. A grande disponibilidade de dados resultante dessas tecnologias apresenta novas oportunidades para o uso de técnicas de processamento de Big Data e inteligência artificial.

5. Convergência entre IT e OT

As diferenças tecnológicas entre sistemas corporativos (IT – Information Technology) e sistemas de operação industrial (OT – Operational Technology) estão cada vez menores. Com a adoção de protocolos e plataformas cada vez mais próximas, surgem oportunidades para se pensar em arquiteturas menos segregadas, com sistemas gerenciando informações compartilhadas pelo negócio e pela produção.

Todas essas ideias têm bastante potencial de impacto no cenário industrial que conhecemos hoje. Mesmo conceitos já conhecidos em alguns meios, ganham novo fôlego e atingem novos públicos com intensivos investimentos destinados à sua discussão e pesquisa. Com eles, a necessidade de gestores e técnicos se capacitarem em novas áreas, antes segregadas nas hierarquias das companhias.

Essas tecnologias, porém, não são igualmente aplicáveis a qualquer tipo de indústria. Sua adoção, assim como seu modelo de implantação, deve estar alinhada com as necessidades do negócio e características de cada mercado.

Sobre o autor

Ricardo Caruso Vieira – É mestre em gestão de operações pela FEA/USP – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – e engenheiro de automação e controle pela Poli/USP – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Trabalha com sistemas de otimização e gestão industrial há 12 anos em aplicações de diversos segmentos industriais. É autor de artigos sobre gestão de operações, inteligência artificial e manufatura avançada em revistas e congressos técnicos e científicos. É sócio e diretor da área técnica da Aquarius Software.


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