Como tornar o futuro desejável mais inclusivo?

Ao longo de milhares de anos, a sociedade vem se reinventando, com objetivo de criar melhores maneiras para viver. Isso inclui, por exemplo, criar ferramentas para locomoção, agricultura ou tantos outros adventos dos últimos tempos. No entanto, essa evolução tem se mostrado pouco eficiente e acaba por gerar desigualdades na sociedade.

Para discutir sobre como tornar o futuro mais igualitário, durante o evento Design Thinking Conference, realizado pela Echos, laboratório de inovação no Brasil, profissionais da área trouxeram o assunto à tona para promover novas reflexões por meio da abordagem de Design Thinking. Pioneiros na utilização da abordagem para criação de futuros desejáveis, a Echos reuniu durante dois dias, diversos profissionais que compartilharam ideias para criar um futuro desejável, ou seja, transformar condições existentes em condições preferíveis, pensando no coletivo. Ouvindo pessoas de diversas áreas dispostas a usar a criatividade, a inovação e as novas tecnologias para tornar esse futuro possível.

"Antes de tudo é preciso definir os valores e necessidades. Entender a essência humana e pensar no benefício dos outros - não de quem está criando - também são pontos fundamentais. O principal é começar pela mudança de modelo mental, incentivar as pessoas a se transformar, agir por intenção e não apenas por reação", explica Mario Rosa, sócio da Echos Laboratório de Inovação no Brasil.

Neste panorama, o Design Thinking é utilizado para transformar o pensamento padronizado, unindo profissionais de diferentes setores para concluir um único objetivo. A abordagem questiona as verdades relativas e contextuais, cria equipes multidisciplinares que estão dispostas a se "livrar" de preconceitos e ideias formadas para fazer perguntas que muitas vezes possam parecer inúteis, mas que podem trazer soluções práticas para problemas complexos, como o caso do futuro desejável.

"O intuito é mapear tendências, pensar no coletivo, trabalhar em equipe e ouvir pessoas. O design é uma abordagem inerente ao ser humano, todas as pessoas têm capacidade criativa de transformar a própria existência e porque não a da sociedade? Construiremos o futuro desejável com empatia e experimentação", completa o Rosa.

A segunda edição do evento aconteceu nos dias 26 e 27 de novembro e contou com profissionais renomados como Monika Bielskyte, fundadora da All Future Everything; Ulrich Weinberg diretor da D School - uma das precursoras do Design Thinking -; Juliana Proserpio, co-fundadora Echos; Demetrio Teodorov, superintendente de Inovação na Alelo; Jaakko Tamela, diretor de Design da Fjord Brasil; Ricardo Ruffo, co-fundador Echos, entre outros. Alguns conteúdos do evento já estão disponíveis em http://www.facebook.com/echoslab/.

Para disseminar ainda mais o conhecimento e agregar outras tantas habilidades na busca do futuro desejável, a Echos criou o curso Design de Futuros Desejáveis com edições em São Paulo, de 13 a 15 de fevereiro, e no Rio de Janeiro, de 20 a 22 de março.

Sobre a Echos

Fundada em 2010 por Juliana Proserpio e Ricardo Ruffo, a Echos é um laboratório de inovação que utiliza o Design Thinking para ajudar as organizações a se tornarem mais inovadoras na resolução de problemas complexos e desafios contemporâneos. Presente no Brasil, na Austrália e em Portugal, também promove treinamentos e capacitações em Design Thinking por meio de cursos presenciais e online que já impactaram mais 30 mil pessoas. A Echos possui três frentes de atuação: a Escola Design Thinking, a Innovation Projects e a Descola.