Quase 30% das empresas do setor industrial ainda não utilizam tecnologia digital
Por Aline Dias
O setor industrial brasileiro precisa incorporar novas tecnologias para se adequar à chamada Indústria¬ 4.0. É o que mostra pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada no início de 2018. O percentual de indústrias do país que utilizam pelo menos uma tecnologia digital passou de 63%, em 2016, para 73%, em 2018, mas quase 30% das empresas ainda não utilizam nenhuma dessas ferramentas, o que tem impedido o desenvolvimento do setor industrial no Brasil, segundo a confederação.
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Entre as empresas entrevistadas pela CNI, apenas 48% reconhecem a importância das tecnologias digitais e pretendem investir em recursos da Indústria 4.0, que traz a integração do mundo físico e virtual, por meio de inovações tecnológicas. Segundo o especialista em finanças e tecnologia, Edemilson Paraná, para acompanhar todas as mudanças da Indústria 4.0, “ainda há um longo caminho para percorrer no Brasil, que certamente está largando atrás em relação a outros países”.
“Você tem uma série de questões que dificultam a nossa situação, que é todo o investimento em infraestrutura de produção, na cadeia produtiva da robótica, da ciência de dados e do software em geral no Brasil, que é um setor subdesenvolvido. Não só porque o país carece de uma infraestrutura, mas porque é uma indústria que tem tido pouco incentivo nos últimos anos”, destaca.
Outro dado que expõe o desafio do Brasil para incorporar as novas tecnologias ao setor produtivo, é a utilização de robôs industriais. Em 2017, a comercialização destas máquinas bateu recorde. Segundo a Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês), foram comercializadas 381 mil máquinas em todo o mundo. O estoque de robôs industriais em operação chegou a 1,8 milhão de unidades e o número de máquinas em uso em todo o planeta deve passar de três milhões, em 2020. Enquanto países da Ásia são responsáveis por 67% dos robôs, no Brasil, em 2016, foram comercializados 1,5 mil robôs industriais no país, o que representa uma participação de 0,005% neste mercado.
Com a adoção destas novas tecnologias, a IFR aponta a possibilidade da criação de 3,5 milhões de empregos. O diretor nacional de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Gustavo Leal, explica que a Indústria 4.0, ou a 4ª Revolução Industrial, muda a forma de produção das coisas e traz enorme ganho de produtividade e competitividade para a indústria. Mas para que esse crescimento seja possível, é preciso investir em infraestrutura e capacitação profissional.
“Nós precisamos de estratégias muito bem definidas em relação à preparação de uma infraestrutura adequada para isso, principalmente no que diz respeito à conectividade, à velocidade de internet. Mas, talvez, o desafio principal seja a capacidade que o país venha a desenvolver de formar as pessoas com perfis competentes, adequados para esse novo patamar tecnológico”, ressalta.
SENAI 4.0
Para auxiliar na implementação das tecnologias digitais, o SENAI oferece, por meio do programa Brasil Mais Produtivo (B+P), consultoria para introduzir técnicas da Manufatura Avançada/Indústria 4.0 a pequenas e médias empresas brasileiras. O programa, coordenado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), já atendeu 3 mil empresas de todas as regiões brasileiras.
Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), as empresas que participaram, em 2017, alcançaram um aumento médio de produtividade de 52,09% nas linhas de produção. Na nova etapa do programa, entre 2018 e 2019, a iniciativa vai atender 600 empresas dos segmentos moveleiro, metalomecânico, calçadista, de alimentos e bebidas e de vestuário.
Outra ferramenta é a plataforma SENAI 4.0, lançada em março de 2018, que permite aos empresários fazer o diagnóstico online do estágio tecnológico de suas empresas. A avaliação serve de base para elaboração de um plano individualizado de inserção na indústria 4.0.
A CNI encaminhou aos candidatos à Presidência da República, em junho de 2018, uma série de propostas para o Brasil alcançar a Indústria 4.0. Entre elas, estão medidas de apoio à modernização industrial e aplicação de tecnologias digitais, disponibilização de mecanismos específicos para promover o desenvolvimento tecnológico, ampliar e melhorar a infraestrutura de telecomunicação e desenvolver estratégias para a formação e qualificação profissional.
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