Educador financeiro ensina de forma prática como rentabilizar melhor o capital de acordo com o tempo de investimento e conquistar a casa própria

“"Indicado para até 5 anos, os investimentos em renda fixa não precisam de resgate a qualquer hora, sem riscos e atrelado a determinado objetivo e prazo"

Comprar a casa própria é o sonho de consumo de muitos brasileiros. Mas, para realizá-lo é necessário aprender a poupar e fazer um bom planejamento antes de entrar em um financiamento que pode durar 30 anos e comprometer até 30% da renda durante esse período. A Caixa Econômica Federal reduziu recentemente as taxas de juros do crédito imobiliário e aumentou o percentual de financiamento do valor dos imóveis. Com as novas condições, o banco garante economia superior a R$ 100 mil, conforme a faixa de preço do bem adquirido. A medida, em vigor desde meados de junho de 2018, pretende aquecer a cadeia produtiva da construção civil, com a injeção de R$ 82,1 bilhões em recursos para financiamentos habitacionais. No entanto, isso não deve eliminar o prévio planejamento financeiro para a compra à vista.

Imóvel não é um bem que se decide comprar de um dia para o outro. A aquisição precisa ser planejada 5 ou 10 anos antes. O plano exige economia, sacrifício, poupança e investimento antecipado para que a dependência do dinheiro alheio seja mínima ou preferencialmente nula. E por falar em investimentos, os dados do Indicador de Reserva Financeira, elaborado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgados em junho de 2018, mostram que há falta de conhecimento ao brasileiro sobre opções mais rentáveis de investimento. A maioria (60%) dos entrevistados recorre à poupança para guardar seus recursos. Outros 19% deixam o dinheiro guardado na própria casa, opção pouco segura e que não gera rendimentos. A conta corrente é utilizada por 16% dos entrevistados.

Os fundos de investimento foram citados por 10% como opção que eles, efetivamente, utilizam e a previdência privada, por 7%. Em seguida, apareceram os CDBs (6%), o Tesouro Direto (4%), as ações na bolsa de valores (3%), as LCIs e LCAs (3%) e o Dólar (2%). Para aqueles com opções mais conservadoras e menos rentáveis, a principal razão demonstrada foi a preferência por ter o dinheiro disponível em um lugar fácil de retirar (37%). Além desses, 25% julgam não ter dinheiro suficiente para investir em outras modalidades e 25% alegam não ter conhecimento para fazer aplicações.

Mais do que poupar o importante é fazer com que o dinheiro trabalhe por você. O educador financeiro e instrutor do curso 'O Investimento Perfeito', André Bona, destaca a importância, de se investir em busca da realização da compra casa própria à vista principalmente para se encurtar prazos (que chegam a durar até 30 anos) e diminuir os juros pagos em financiamentos. O indicado para até 5 anos são os investimentos em renda fixa que não precisam de resgate a qualquer hora, sem riscos e atrelado a determinado objetivo e prazo. No vídeo “O melhor investimento para a compra da casa própria’, Bona esclarece como rentabilizar melhor o seu capital de acordo com o tempo de investimento. Não esquecendo, é claro, da reserva de emergência em caso de qualquer eventualidade.

Vale ressaltar ainda que o imóvel é também um investimento, ou seja, pode se transformar em dinheiro caso seja necessário. Certamente existe uma grande desvantagem que é a menor liquidez, o que pode forçar a venda abaixo do preço em caso de urgência. Em tempos de incerteza financeira, o imóvel pode entrar em cena para tirar o investidor do aperto. Pode ser colocado à venda, alugar ou ainda utilizá-lo como garantia em empréstimos com menores taxas. A habilidade de adiar a gratificação é fundamental para o sucesso da vida em várias áreas, incluindo o financeiro e profissional. Indica uma melhor cognição e a possibilidade de um futuro mais estável e tranquilo.