C Josias & Ferrer e a Sua História no Mercado Gaúcho

Carlos Josias entrou na Generali Brasil Seguros em 1970, aos 14 anos como office boy. Na ocasião o Gerente da Generali, Cláudio Fernando da Silva, irmão do conhecido Caburé, era o tesoureiro de importante e representativa Confraria do Mercado que atuava decisivamente na política das seguradoras. Era o Clube da Bolinha, e Josias era quem "ia de companhia em companhia, cobrar a mensalidade dos executivos do Clube e nestas andanças acabou conhecendo todos os grandes nomes do setor segurador.

"Hoje um bolinha" - diz ele orgulhoso - e o primeiro terceirizado a ser admitido.

O advogado percorreu muito chão no mercado para conquistar destaque. Da Generali, migrou para a VVD, Volkswagen Corretora de Seguros, dela para a Porto Nazareth Isa, a maior corretora independente da época. Em 1980 passou a trabalhar na Porto Seguro.

A Generali voltou a cruzar seu caminho quando foi designado como gerente de sinistros da empresa logo a seguir de ter estado na Porto Seguro.

Depois de obter o tão sonhado diploma da faculdade, Josias ainda tinha dúvidas quanto ao exercício de sua profissão. "Fiquei na dúvida porque ganhava bem, não sabia se ia advogar".

Julio Cesar Rosa, Diretor Executivo da FenSeg, tem papel importante na jornada de Josias, que expressa gratidão por ele. Depois ter repatriado Josias para a Generali Julio foi ser executivo da Cia. Paulista, e lá passou a "insistir para eu advogar". Um dia cheguei no escritório da Generali e tinha um monte de pasta em cima da minha mesa, eram todas da Paulista. Segundo Josias, seu amigo disse: "não quer pegar, não tem problema, passo pra outro advogado." Aquele seria o momento definitivo que mudaria sua carreira. Sobre o ultimato, ele afirma: "peguei os processos e coloquei embaixo do braço e fui para a Paulista".

Josias começou sua carreira na advocacia ao lado do amigo. "Coloquei minha maquina, um arquivinho e comecei a advogar". A dedicação rendeu bons frutos, entre seus próximos clientes viriam a já extinta Internacional, SulAmérica Unibanco, Porto Seguro entre outras.

"Eu levei sozinho o escritório até mais ou menos 1994. "Eu e a minha secretária eletrônica da panasonic", conta. Nesse mesmo ano, o escritório passou a crescer exponencialmente, obrigando a comprar mais um conjunto para trabalhar, na Rua Uruguai.

Juliano é quem representa o Ferrer do nome. Em 1998, ele auxiliava nas audiências, depois de ter advogado por 3 anos em outro escritório do mercado de seguros. Porém, ele só começou a trabalhar oficialmente no CJOSIAS & FERRER em 1999. "Tinhamos muito volume e eu convidei o Juliano a nos ajudar. Ele entrou e se incorporou ao escritório e está conosco até hoje".

O acréscimo de Juliano à equipe que já existia representou um marco na empresa. "Acho que com a minha chegada, veio um pouco de tecnologia e informação", diz Juliano. "A diferença de idade traz visões diferentes sobre o mundo", conclui o sócio.

Nos anos 2000, o escritório passa por uma fase de transição. O número de funcionários aumentou e o mercado "começou a crescer, exigindo que houvesse utilização maior das ferramentas, o que até 1994 não era necessário".

Hoje já consolidada no mercado, a C. Josias & Ferrer Advogados é de extrema relevância para o cenário segurador gaúcho, pois todos atuam em entidades culturais. Juliano é Vice-Presidente da AIDA Brasil (Associação Internacional do Direito do Seguro) e professor da Escola Nacional de Seguros; Suelen Farias, sócia da empresa, está na ANSP (Academia Nacional de Seguros e Previdência); Maria Izabel tem curso de especialização e faz parte do Clube da Pedrinha; Carlos Josias também é membro da ANSP, diretor do CVG-RS desde a fundação e professor laureado homenageado da Escola Nacional de Seguros. O escritório também dá assessoria jurídica para o Sincor-RS e o SINDSEGRS. O SINDSEG RS, nesta trajetória do escritório, em duas oportunidades concedeu o título de Notável aos sócios Carlos Josias e Suellen por serviços prestados ao mercado vinculando ainda mais a empresa ao setor que tem como principal objetivo.

Josias também foi parte fundamental na desmistificação da imagem do mercado segurador na área jurídica. "O judiciário acreditava que o mercado segurador era 'picareta', que não tinham palavra, não pagavam ninguém. Éramos visto com maus olhos", relatou.

Em 1994, Jane Mansur, diretora da Escola Nacional de Seguros e Miguel Junqueira, presidente do SINDSEGRS, "tiveram a ideia de aproximar o poder judiciário do mercado de seguros através de um congresso com o mercado de seguros e a magistratura e nós fomos convidados para ajudar a construir isso".

Adaptar-se à necessidade do mercado é necessário para as grandes empresas. E não são todas que compreendem isso, contou o advogado. "O escritório se modernizou, se aculturou, se sedimentou no mercado e hoje estamos fazendo 35 anos. Para quem começou com uma secretária eletrônica, hoje atendemos no Rio Grande do Sul e no Brasil todo, do Chui ao Oiapoque". Hoje é dificil contar quantas empresas do ramo a C Josias e Ferrer atende, e diversificou, também, o ramo de atendimento, não se limitando ao mercado segurador, no rol de clientes empresas de estacionamento, automotiva, e muitas outras.