Gripe custará R$14,1 bilhões em 2018 para as empresas brasileiras que oferecem plano de saúde como benefício para funcionários

A gripe responde pelo maior custo sazonal isolado em saúde para as empresas considerando o impacto causado pela doença nos planos de saúde corporativos, apesar de todos os investimentos das empresas em prevenção. Sem contar os prejuízos à produtividade causados em sua consequência, como o absenteísmo.

Levantamento da empresa Advance Medical, líder global especializada em segunda opinião médica, indica que a doença – que anualmente atinge trabalhadores e dependentes por meio da propagação do vírus Influenza entre os meses de maio e setembro – responde por mais de 30% dos motivos que levam estas pessoas ao Pronto Socorro.

O impacto financeiro da gripe em 2017 para as empresas brasileiras que oferecem plano de saúde como benefício foi de R$12 bilhões e deve chegar a R$14.1 bilhões em 2018 (projeções considerando o aumento médio de 18% nos planos corporativos).

De acordo com a Advance, o acesso a Pronto Socorro responde, em média, por 15% dos custos dos planos.

Para o diretor médico da Advance Medical no Brasil a falta de orientação médica especializada como suporte para utilização racional dos planos de saúde é a única saída para contenção do problema do ponto de vista de gestão de saúde. “Cerca de 80% dos pacientes acometidos por gripes não necessitam de atendimento hospitalar e conseguem superar perfeitamente o problema com uma simples orientação médica especializada”, afirma.

A epidemia de gripe em uma população que não recebe este tipo de orientação pode incrementar em 5% no aumento da sinistralidade ao ano, conta que será repassada para as empresas tendo em vista que os reajustes dos planos corporativos são negociados diretamente entre as empresas e os players de saúde suplementar. “Em alguns casos esse percentual pode ser ainda maior quando se há propagação de um tipo de vírus muito resistente”, explica.