Plano de negócios pode ser a chave para o sucesso de PMEs

O Brasil ainda tem um alto índice de falência de pequenas e médias empresas. De acordo com o Sebrae, cerca de 25% delas fecham com menos de dois anos de existência. Este índice pode chegar a 50% se considerarmos um período de quatro anos. E como fazer para evitar virar parte desta estatística? Um dos caminhos é elaborar um plano de negócios.

Segundo a CEO da ProPAT, empresa de counseling e mentoring, Patrícia Araujo, este documento é uma ferramenta importantíssima para se entrar num novo negócio com segurança, sabendo exatamente onde se está pisando. “O plano de negócios mostra a viabilidade e define a estratégia do empreendimento, a fim de reduzir os riscos e aumentar as chances de sucesso do empreendedor”, destaca. Segundo ela, o documento ainda pode ajudar a criar um diferencial competitivo para o novo negócio, conhecer tendências de mercado e até facilitar a obtenção de empréstimos, financiamentos ou a busca de sócios investidores. “O business plan está muito longe de ser uma bola de cristal, que apenas prevê o futuro. É, ao contrário, uma análise com base em dados concretos, que deve ser feita com seriedade e cautela. Ele traz informações estruturais, administrativas, financeiras, operacionais e de mercado, e pode ser feito antes da abertura da empresa ou até mesmo com ela em funcionamento, caso o empreendedor queira ajustar a sua operação”, explica Patrícia.

O primeiro passo do plano é identificar o que a empresa quer ser, que atividade quer desempenhar, quais são os perfis dos sócios, seu formato jurídico e seu enquadramento tributário. Em seguida, é preciso definir o público-alvo, analisar o mercado e os concorrentes e preparar uma lista de possíveis fornecedores. Cumprida esta etapa, hora de partir para uma análise mercadológica, descrevendo quais produtos ou serviços serão oferecidos, estipulando precificação, estratégias promocionais e estrutura de comercialização.

No plano de negócios devem constar ainda o layout do empreendimento, a capacidade de produção e a necessidade de pessoal, além de aspectos financeiros, como investimento, capital de giro, custos fixos e variáveis, ponto de equilíbrio, lucratividade, prazo de retorno do investimento, etc. Por fim, vale identificar quais os pontos fracos e fortes da empresa, a fim de torná-la mais competitiva.

“Claro que um plano como esse não nasce da noite para o dia. Em geral, leva até seis meses para ser concluído. Além de demorado, pode parecer muito trabalhoso, mas é um passo fundamental. Infelizmente, ainda são poucas as pequenas empresas que contam com business plan.”, ressalta a CEO da ProPAT. “Recentemente, auxiliamos na elaboração do plano de negócios do Espaço Referência, escola de dança na zona sul do Rio de Janeiro. O documento deu a segurança necessária para que as sócias tirassem a ideia do papel e dessem vida ao empreendimento. A partir das nossas análises, o que era o sonho de duas bailarinas se transformou em uma empresa de verdade, que já atende seus primeiros alunos e segue firme no propósito de levar a dança a cada vez mais pessoas”, conta Patrícia Araujo.

Sobre a ProPAT

Fundada em 2015 pela administradora Patrícia Araujo, a ProPAT é uma empresa de mentoring e counseling para pessoas jurídicas e físicas. Oferece três programas: o Business, voltado para micro, pequenas e médias empresas; o Felicitude, de counseling para mudanças pessoais ou profissionais; e o Extreme, de aconselhamento para jovens na escolha de suas profissões ou para profissionais em busca de ascensão na carreira. Em todos eles, o objetivo é transformar pessoas e empresas, contribuindo para o aumento da produtividade e, em muitos casos, trazendo retorno financeiro.