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Executivos estrangeiros no Brasil: como se adaptar à cultura brasileira?

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Welton Ramos
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Executivos estrangeiros no Brasil: como se adaptar à cultura brasileira?

Por Fernanda Andrade

Apesar do momento delicado em que se encontra a economia brasileira, muitos executivos ainda vêm do exterior em busca de novas oportunidades de carreira. No ano passado, houve um aumento de 40% nas concessões de vistos de trabalho. Só no primeiro trimestre foram cerca de 15 mil autorizações. Visto que as expectativas de crescimento econômico aumentaram em 2018, a tendência é que essa busca por oportunidades cresça cada vez mais.

Embora não estejamos no momento econômico mais favorável, outros países também enfrentam ou enfrentaram situações semelhantes. E não estamos falando apenas de países menos favorecidos socialmente. Há alguns anos, as crises nos EUA e Europa fizeram com que muitos buscassem emprego aqui. Em geral, quem vem costuma ter salários até 30% maiores do que teria em seu país de origem. E, ao contrário do que muitos pensam, há boas oportunidades, sobretudo para cargos que demandam senioridade e vivência em outros mercados.

Esses profissionais chegam ao Brasil de duas formas. A mais é comum é virem por intermédio das empresas que já trabalham em seu país e tem atuação no Brasil. Eles podem vir por opção própria ou por decisão da empresa. Quando a adesão é voluntária, a adaptação costuma ser fácil, visto que o profissional já deve ter se informado ou quem sabe até visitado o país. Já quando a decisão é da empresa, pode ser que ele se surpreenda positivamente com o que vai encontrar ou que se mantenha resistente à mudança.

A segunda opção, que também atrai muitos profissionais, é daqueles que decidem vir por conta própria, sem o apoio de uma empresa. Nesse caso, as histórias mais comuns são de estrangeiros que vieram passar férias, se apaixonaram por nosso clima tropical, cultura e gastronomia e, resolveram largar tudo em seu país natal para começar uma vida nova por aqui. Destes, muitos acabam empreendendo em negócios ligados ao próprio turismo, como pousadas, hotéis e restaurantes em locais com alta visitação.

Contudo, independentemente da forma em que se chega ao Brasil, é sempre importante recorrer a uma consultoria de carreira. O consultor está habilitado para oferecer todo o apoio necessário para a adaptação do estrangeiro, tendo ele vindo por intermédio de uma empresa ou não. Para os que desejam empreender, a consultoria pode ajudar com processos de assessoria de carreira e coaching, desenvolvendo um programa para identificar as habilidades e cruzar com as oportunidades que o país oferece.

Estando ativo profissionalmente, o estrangeiro executivo ou empreendedor, precisa estar preparado para lidar com algumas rotinas de trabalho. Se ele quer aplicar uma metodologia ou processo de grande impacto, mesmo que tenha testado e aprovado em seu país, ele pode encontrar resistência por aqui. É preciso sugerir mudanças de acordo com seu cargo, incumbência e sempre com extremo cuidado. Outra questão é a flexibilidade com os horários. No Brasil, os compromissos costumam começar com pelo menos 15 minutos de atraso.

Problemas geralmente ocorrem quando o executivo vem para “salvar” uma filial de multinacional. Ele pode acreditar que está em posição de domínio absoluto de como resolver os problemas da empresa, porém, não pode se esquecer que o mercado brasileiro se comporta de maneira diferente, podendo ser mais resistente à algumas mudanças bruscas. O diálogo é sempre o melhor caminho. Mas todo esse olhar, muitas vezes precisa ser desenvolvido por meio de uma visão externa e profunda conhecedora do mercado regional.

Abandonando a seara interna da empresa, outro ponto de atenção é o de adaptação pessoal do executivo. Às vezes, quem não se adapta bem é a família do executivo. Há conflitos causados pela mudança e pelo aspecto cultural do cotidiano fora da empresa.

Outro problema bastante comum é a língua. Nós mesmos admitimos que o português não é fácil e reserva muitas armadilhas. Mesmo em ambientes em que o inglês é uma língua comum a todos os colaboradores, certamente o executivo vai precisar do português no dia a dia. Infelizmente, o Brasil não é um país bilíngue, sendo necessário um esforço extra de quem chega para entender e ser entendido. O melhor a fazer é realmente começar a estudar.

Por fim, estando aberto para aproveitar essa oportunidade de intercâmbio profissional e bem assessorado para lidar com todos os desafios impostos pela mudança, a probabilidade de o executivo se dar bem por aqui é muito grande. Os brasileiros costumam receber os estrangeiros sempre com muito afeto e receptividade. Quem tem “jogo de cintura” para encarar essa aventura pode colecionar bons momentos em nosso país ou até decidir ficar para sempre. Tudo depende da maneira como se encara essa experiência.

Fernanda Andrade é Gerente de Hunting e Outplacement da NVH – Human Intelligence.

Sobre a Human Intelligence: http://nvh.com.br/2017/human/ - 11 5031 6066 / 11 5627 6600

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