Seguro rural torna-se remédio contra males das mudanças climáticas
Especialistas preveem eventos extremos não só mais frequentes mas também mais severos
Uma sequência de desastres naturais, ocorrida no passado ou esperada nos próximos anos, coloca o seguro agrícola em um posto estratégico para mitigar as elevadas perdas provocadas pelas catástrofes surgidas pelas mudanças climáticas. Este é o diagnóstico de um grupo de especialistas que participou do painel “Mudanças climáticas e o seguro agrícola”, do 7º Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro.
Daniel Hammer, senior underwriter consultant da Partner Re; Miguel Almeida, head de agro do IRB Brasil Re, e Wady Cury, do grupo BB Mapfre, reconhecem que o seguro agrícola terá de conviver com oportunidades e riscos nos próximos anos, seja olhando as perdas passadas, seja estimando os eventos futuros. Há uma perspectiva de que a frequência e a severidade dos eventos climáticos ampliem-se, o que implicará que o seguro se torne um efetivo instrumento de gestão agrícola.
Apenas em 2017, o mundo registrou 330 eventos segurados de perdas causadas por extremos climáticos, e desembolsos das seguradoras e resseguradoras da ordem de US$ 344 bilhões, lembrou Miguel Almeida. O ano de 2017 foi o segundo mais quente no mundo numa série histórica iniciada em 1890. E o segundo maior em volume de indenizações pagas por desastres naturais, como incêndios florestais, com perdas na casa de US$ 24 bilhões. “Ou seja, os eventos estão mais frequentes e onerosos”, asssinalou Miguel Almeida.
No Brasil, apenas em 2016, as perdas pagas pelas seguradoras por quebra de safras de milho, soja e café superaram a casa de R$ 1,37 bilhão. E os modelos preditivos ainda encontram dificuldades para ser mais assertivos na questão do clima.
A Argentina, por exemplo, convive com uma seca devastadora neste ano, com perda de 34% de sua produção da soja e queda de um por cento do seu PIB. A Argentina é o terceiro maior produtor de sojas.
Vale lembrar que os problemas no campo afetam duramente as demais atividades, o que representa mais uma razão para buscar mitigar os riscos agrícolas. Apenas com a queda de safra da Argentina, a perspectiva é de que haja menos de um milhão de embarques, o que afeta não só a área de logística, mas também o próprio preço dos combustíveis, com a queda de venda.
As mudanças climáticas, portanto, estão a caminho e podem não só mudar o mapa agrícola, mas colocar um exército de desabrigados em todo o mundo. Até 2017, 600 milhões de pessoas, em todo o planeta, estavam desalojadas por impactos diretos causados pelas mudanças climáticas, como os incêndios florestais ocorridos no Chile, Califórnia, Portugal ou Espanha. Acrescente-se à conta as inundações ocorridas no Peru e mais dezenas de eventos. E, ao lado disso, os efeitos negativos causados pela elevação do nível do mar. “Na Europa, convivemos com o pior verão, com o pior inverno, em virtude dos extremos climáticos e não há dúvidas de que vamos precisar cada vez mais com a presença do seguro agrícola em todo o planeta”, destacou Daniel Hammer.
Não há respostas prontas para o futuro, mas o agronegócio, sem a presença forte do seguro/resseguro, não tem qualquer chance de prosperar em dias cada vez mais incertos, concordam os especialistas. “O seguro agrícola tende a avançar em um quadro de incerteza por ser o mecanismo mais adequado para reduzir os riscos potenciais que se aproximam”, declarou Wady Cury.
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