CVG-SP realiza workshop sobre seguros de pessoas
Gestores falam sobre os desafios do ramo
Vida em grupo e vida individual foram temas centrais do encontro do CVG-SP com alguns gestores de seguros de pessoas, que aconteceu na manhã desta quinta-feira, 22. Em 2017, pela primeira vez o seguro de vida ultrapassou o seguro de automóvel com volume de prêmios registrando um avanço de 10,8% sobre 6,7%, com arrecadação de R$ 13,69 bilhões, crescendo 4,48% comparado a 2016. E percebendo isso, como melhorar a rentabilidade do seguro de vida em grupo foi o primeiro assunto abordado.
Para Cristina Vieira, gerente de produtos de Vida e Previdência na Porto Seguro, é um grande desafio para melhorar a rentabilidade do Vida em grupo, que hoje, na maioria das seguradoras, tem a sinistralidade maior. “O mercado é voltado ainda para preços, venda de benefícios, e penso que podemos evoluir em relação ao automóvel. Temos uma série de atrativos que podemos colocar nos produtos, para que os clientes olhem para os benefícios que terão e não somente para o valor. Um dos desafios é trabalhar a cabeça do cliente sem que ele fixe somente no preço”, opina.
Luciana Bastos, diretora de produtos vida da Icatu Seguros e presidente do Instituto Brasileiro de Atuária, disse que a despesa administrativa também é um dos fatores que impedem essa rentabilidade. “Deve ser criado um processo fluido na contratação, conseguindo assim, ter a redução do custo administrativo do produto e também sair”.
Já Marcelo Rosseti, superintendente executivo da Bradesco Vida e Previdência, diz que para melhorar a rentabilidade depende de todos os atores. “Da parte das seguradoras em relação aos processos, a questão da subscrição também, pois na medida em que melhora, ajuda na escala e pode refletir no preço e resultado”. E ainda completa ao dizer que “outro ponto, são os custos de distribuição das apólices. Nós vemos que neste mercado há grande oportunidade que é a ampliação de serviços nas apólices com outras coberturas para rentabilizar essas contas”.
E as perspectivas na melhora destes rendimentos, para Tiago Moraes, gerente de produtos de pessoas da Tokio Marine, atuário e diretor de seguros no CVG-SP, todas as questões mencionadas são importantes, como a criação de coberturas para sair da guerra de preço, mas o que precisa evoluir é a troca de informações. “A maior parte das companhias não está tendo retorno e precisamos refletir sobre isso, porém precisamos nos despir da vaidade e pensar no que já construímos na sociedade. É um produto nobre que ultrapassa as barreiras do dinheiro e é vital pensar para rentabilizar melhor e levar um resultado melhor para nossa sociedade. A melhor forma de rentabilidade é compartilhar mais informações”.
Além da rentabilidade da carteira, outros assuntos foram abordados como melhorar a experiência do cliente, conscientização da importância do seguro de pessoas pelos corretores e sociedade, a reforma trabalhista e o seguro individual, que são assuntos que serão abordados em breve aqui no site da Revista Cobertura.
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