Hérnia de disco é o problema que mais afasta brasileiros do trabalho
Especialista da UniSociesc explica causas e tratamentos e traz 7 dicas de prevenção para colocar em prática no dia a dia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que oito em cada dez pessoas no mundo têm, já tiveram ou ainda irão sofrer com hérnia de disco. No Brasil, o problema também apresenta números impressionantes. De acordo com o Ministério da Previdência Social, a condição é a principal causa de afastamento por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença), com mais 51,4 mil beneficiários afastados do trabalho em 2023.
Os dados evidenciam não apenas a prevalência desse problema, mas também seu impacto na qualidade de vida e na produtividade das pessoas. Isso porque, a hérnia de disco tem como seu principal sintoma a dor local intensa. Associada a ela, outros incômodos também ocorrem, variando conforme a localização e a gravidade, como espasmos musculares (contrações involuntárias), rigidez na região afetada e a parestesia, que é a sensação de formigamento ou dormência, especialmente nos membros inferiores, no caso de hérnia lombar.
“Esses sinais são um alerta do corpo de que algo está errado, mas muitas pessoas convivem com dores por anos sem procurar ajuda. Estudos indicam que, em 76% dos casos, há histórico de dor lombar com mais de uma década de duração”, aponta o fisioterapeuta Alex Barros, professor do curso de Fisioterapia da UniSociesc.
Conforme explica Barros, a coluna vertebral humana é composta por uma série de ossos chamados vértebras, separados por discos intervertebrais. Esses discos têm a função de amortecer o impacto entre as vértebras, permitindo flexibilidade e mobilidade. Quando as fibras desses discos sofrem uma ruptura parcial ou total, ocorre a hérnia de disco.
“Esse disco é uma estrutura cartilaginosa, mais molinha, que evita o contato direto entre as vértebras. Quando ele se rompe ou sofre um deslocamento, forma-se o que chamamos de protusão ou hérnia propriamente dita”, explica o professor.
Embora essa condição possa ocorrer em qualquer divisão da coluna vertebral, desde a cervical até a parte sacral, a região lombar é a mais acometida. “As vértebras L1 a L5, na parte inferior da coluna, concentram a maioria dos casos”, afirma o fisioterapeuta. Isso ocorre porque essa região suporta boa parte do peso corporal e é constantemente exigida nos movimentos do dia a dia.
Mas, o que causa a hérnia de disco?
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, o esforço físico excessivo não é o único ou o principal fator de risco. “Muita gente acha que a hérnia vem apenas de carregar peso. Mas, o que mais contribui é a desinformação. Pessoas que passam o dia todo sentadas, por exemplo, podem desenvolver hérnia por má postura e falta de fortalecimento muscular”, destaca o especialista.
Ou seja, tanto trabalhos pesados quanto atividades aparentemente leves, como ficar em frente ao computador por horas, exigem preparo físico adequado. A ausência desse preparo é o verdadeiro vilão. “Nosso corpo precisa estar condicionado às tarefas que executamos, sejam elas quais forem”, alerta.
A hérnia de disco tem cura?
Um dos maiores mitos sobre a hérnia de disco é que todo caso é cirúrgico. "Isso não é verdade", afirma categoricamente o professor Barros, e completa: “hoje, muitos estudos comprovam que a cura para esse problema é possível sim, e muitas vezes sem a necessidade de cirurgia. Temos conseguido reverter muitos casos, inclusive aqueles que eram suspeitas de cirurgia, fazendo o tratamento conservador".
A fisioterapia desempenha um papel fundamental nesse processo. Por ser uma terapia que reabilita o movimento, ela está diretamente ligada aos fatores que causam a hérnia. Os profissionais utilizam uma variedade de recursos, como terapias manuais, o método Pilates, RPG (Reeducação Postural Global) e fortalecimento direcionado dos músculos do core (músculos centrais do corpo, incluindo os abdominais e lombares, muitas vezes ligados a exercícios respiratórios).
Para quem tem suspeita ou diagnóstico de hérnia de disco, a orientação é uma só: procure um fisioterapeuta. “Fazemos a avaliação do paciente e traçamos o plano terapêutico mais adequado ao caso. Com movimento, preparo físico e o acompanhamento especializado o indivíduo pode ter uma coluna saudável e uma vida sem dores”, explica Barros.
Para o professor, a chave está na conscientização. Mais do que tratar a dor, é preciso combater a origem do problema, e isso começa com informação de qualidade. “Quando as pessoas entendem como prevenir, como fortalecer o corpo para as atividades que realizam e como buscar ajuda no momento certo, é possível evitar o agravamento dos quadros e, muitas vezes, até reverter completamente o problema”.
Prevenção e dicas para o dia a dia
Para prevenir dores na coluna e problemas como a hérnia de disco, o professor Alex Barros oferece algumas dicas que podem ser colocadas em prática no dia a dia.
1. Faça pausas estratégicas ao longo do dia
A cada 30 a 60 minutos de uma mesma atividade (como ficar sentado ou em pé), levante-se, alongue-se ou troque de posição. Pequenas pausas reduzem a sobrecarga na coluna e ativam a circulação.
2. Mantenha o corpo em movimento
O corpo humano não foi feito para ficar parado, ele não gosta de inércia. A inatividade é inimiga da saúde da coluna. Incorpore hábitos simples, como subir escadas, caminhar mais, alongar-se, praticar exercícios leves, mesmo dentro de casa ou no trabalho ou simplesmente mudar de posição.
3. Pratique fortalecimento muscular, especialmente do core
Exercícios que trabalham os músculos abdominais, lombares e pélvicos estabilizam a coluna e ajudam a prevenir lesões. Pilates, funcional e RPG são ótimas opções orientadas por fisioterapeutas.
4. Cuide da postura, especialmente ao usar computador ou celular
Evite passar longos períodos curvado. Mantenha os ombros relaxados, a tela na altura dos olhos e os pés apoiados no chão. A má postura é uma das principais causas de dor lombar crônica.
5. Levante pesos do jeito certo
Ao pegar objetos pesados, dobre os joelhos e mantenha a coluna reta, usando a força das pernas — nunca curve o tronco. Mesmo ao pegar algo leve, a postura correta evita sobrecargas.
6. Invista em ergonomia no ambiente de trabalho
Use cadeiras com apoio lombar, ajuste a altura da mesa e do monitor e mantenha tudo o que você usa com frequência ao alcance das mãos. Ergonomia é prevenção.
7. Controle o estresse e durma bem
O estresse e a má qualidade do sono aumentam a tensão muscular e dificultam a regeneração dos tecidos. Técnicas de respiração, relaxamento e uma rotina de sono adequada ajudam na saúde da coluna.
Sobre a UniSociesc
Com vocação para inovação, ambientes maker, coworkings e espaços que estimulam a troca de conhecimentos e experiências, a UniSociesc é integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima. Há 65 anos dedica-se a formar profissionais e transformar pessoas, desenvolvendo competências, talentos e carreiras.
Com unidades acadêmicas nas cidades de Blumenau, Jaraguá do Sul, Joinville (duas unidades) e São Bento do Sul. Além, da Escola Técnica Tupy, que também faz parte do ecossistema UniSociesc. O centro universitário conta com ampla diversidade de cursos, são mais de 70 opções em seu portfólio, e uma estrutura de laboratórios diferenciada, sendo os mais completos e modernos entre as instituições de ensino da região. Além de mais de 150 cursos de pós-graduação. A UniSociesc também contribui para democratização do Ensino Superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Estado de Santa Catarina.
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