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Após 24 anos sem atualização, Ministério da Saúde aumenta em 165 o número de doenças relacionados ao trabalho

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Consuelo Magalhães
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Após 24 anos sem atualização, Ministério da Saúde aumenta em 165 o número de doenças relacionados ao trabalho

Especialistas explicam como o burnout e a ansiedade podem ser evitados no ambiente corporativo

Burnout, depressão e ansiedade são algumas das doenças mais citadas quando o assunto é carreira e saúde mental. Não à toa, o Ministério da Saúde, na última semana de 2023, atualizou a lista de patologias relacionadas ao trabalho, de 182 passou para 347 o número de doenças. A lista, que não era atualizada há 24 anos, tem o objetivo de auxiliar no diagnóstico de doenças. Tentativa de suicídio, abuso de drogas e transtornos mentais foram algumas das patologias adicionadas no relatório.

"A atualização tem um significado muito importante para o mundo corporativo. Ela reflete na conscientização da saúde e do bem-estar de funcionários, o que causa uma preocupação maior entre empresas para criar ações que ajudem na prevenção e no tratamento dessas patologias; quando há casos entre seus colaboradores. Além disso, essa atualização feita pelo Ministério da Saúde, ou seja, um órgão de extrema importância e relevância, pode causar uma pressão por mudança na regulamentação de trabalho, proporcionado uma justa carga de trabalho, boas condições de trabalho, férias remuneradas dentro de organizações e instituições. Com essa atualização, podemos ter uma maior consciência sobre a necessidade do reconhecimento dessas patologias e de criar prevenções para as mesmas", explica Rodrigo Lang, sócio-fundador da Human AS, instituto educacional especializado em competências humanas com foco em bem-estar e felicidade.

A síndrome do esgotamento profissional, conhecida como burnout, também está presente na lista de doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por conta de inúmeros casos diagnosticados em todo o mundo. Já no Brasil, de acordo com a pesquisa feita pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores do país sofrem com a síndrome. Por conta da alta porcentagem, o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout diagnosticados no mundo.

"Essas condições vêm sendo cada vez mais presentes entre colaboradores de todas as dimensões. O burnout está diretamente associado ao estresse crônico no trabalho, podendo ser desenvolvido na vida desse funcionário por ele ter uma carga horária muito excessiva, sofrer grandes pressões e por sofrer assédio moral dentro do ambiente de trabalho. Esses transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão, estão diretamente relacionados aos ambientes tóxicos. O abuso de drogas, que também aparece na lista atualizada, acaba sendo uma forma que alguns profissionais encontram para lidar com a situação", afirma Rodrigo.

A constante sensação de desmotivação, cansaço físico e mental, ansiedade, episódios de tristeza, são alguns dos principais sentimentos de profissionais que afirmam ter desenvolvido transtornos mentais por conta de sua carreira profissional. Um levantamento realizado pela Mental Clean, feita com a participação de 300 empresas espalhadas pelo Brasil, apontou que os índices de tentativa e ideação suicidas tiveram um aumento de 367% em 2023.

"Essa grande quantidade de casos de transtornos mentais diagnosticados no país ocorre por três fatores. Primeiramente, nem sempre há recursos para que o debate sobre a saúde mental e as ações de prevenção sejam implantadas dentro dessas empresas. Isso leva à falta de conhecimento sobre o assunto, o que faz com que muitos líderes não entendam como a saúde mental, o bem-estar e a felicidade de seus colaboradores são impactantes na produtividade e no empenho desses profissionais. Por fim, no Brasil, não há uma cultura que dê ênfase nessas questões, a população do país precisa ter mais atenção sobre o se bem-estar", pontua o especialista em habilidades humanas.

De acordo com Rodrigo, a conscientização, educação e regulamentação são os principais pilares para que a preocupação em relação ao bem-estar de funcionários esteja cada vez mais no radar de empresas. Para o profissional, o treinamento entre lideranças é essencial para que a saúde mental de colaboradores seja sempre levada em consideração e vista como algo que não pode ser deixado de lado.

Lang diz que as práticas que promovem debate e prevenção às patologias mentais quando são inseridas no dia a dia não melhoram somente a saúde mental de colaboradores, como aumentam a produtividade, proporcionando resultados positivos. "Capacitar os gestores para compreenderem e incorporarem a liderança com inteligência emocional, aliada a uma abordagem mais humanizada, desempenhará um papel crucial na promoção do engajamento entre os funcionários, ao mesmo tempo em que contribuirá para mitigar os riscos de ansiedade e depressão”, pontua.

Para Patricia Y. Agopian, CEO da Bússola Executiva, escola digital que ensina profissionais a desenvolverem sua carreira, os líderes devem encontrar maneiras assertivas para estimular seus funcionários sem criar pressão e assédio moral. “Uma coisa é você sufocar um profissional na busca por um resultado, de forma que ele se sinta devedor. E a outra coisa é mostrar para as pessoas que, sim, os resultados têm que ser superiores sempre, mas de uma forma que elas percebam que estão crescendo com esses resultados e que elas têm uma recompensa, que não é só o salário, e mais do que isso, tem o reconhecimento. Não adianta cobrar ameaçando, isso não é sustentável. O gestor pode fazer seus colaboradores entregarem resultados consistentes e crescentes, quando elas entendem que são parte de algo maior e aí nasce um orgulho de pertencer. O adoecimento vem de uma cultura que promove a ameaça e o medo da demissão”.

De acordo com a especialista em carreira, as empresas precisam investir em uma cultura construtiva e positiva. E os profissionais precisam reconhecer seus limites para se posicionarem, antes mesmo de adoecerem. “Além dos gestores se preocuparem com prazos e resultados, precisam implantar a cultura do feedback, cuidar do clima da área e se colocar ao lado da equipe para apoiá-los e não só cobrar de maneira desenfreada. O burnout impacta na saúde produtiva da organização e provoca efeitos para as empresas que vão além da perda financeira. Ficar com uma má reputação pode impedir que profissionais de alta performance queiram fazer parte da companhia”, finaliza.

Sobre a Human SA: 

Com o propósito de ser o maior ecossistema de educação em habilidades humanas orientadas à felicidade e bem-estar da América Latina até 2025, a instituição busca auxiliar líderes, gestores e profissionais a promoverem um ambiente de trabalho saudável e feliz para todos os colaboradores.

Sobre Rodrigo Lang:

Sócio-fundador do Grupo Primum Educacional (Faculdade Primum, CBI, BBI, Aristo Residência Médica e Eduq). Além da Primum, co-fundou outras 7 empresas, entre elas IEG - Instituto de Engenharia de Gestão, Witseed - StartUp de Adaptive Learning adquirida em 2023 pela Exame. Também foi um dos fundadores do Pacto do Rio, primeiro endowment fund voltado a financiar projetos em comunidades no RJ. Conselheiro de empresas do setor de Comunicação e Educação.

Sobre Patrícia Y. Agopian:

Patrícia é referência como especialista em formação de carreira executiva, alta performance e em aceleração da jornada profissional. Com mais de 20 anos de atuação no mundo corporativo, já teve passagem por grandes empresas, como C&A, Centauro e Etna. Hoje, como CEO e fundadora à frente da escola on-line Bússola Executiva, já formou mais de 3.500 alunos que almejam um cargo em uma cadeira executiva. Com MBA em Gestão de Negócios pelo Ibmec, atua como palestrante e mentora de executivos e profissionais em busca ou que ocupam cargos de liderança.


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