O novo surto de covid-19 na China que estremece o planeta
João Alfredo Lopes Nyegray*
No início do mês de novembro, imagens de trabalhadores fugindo de uma unidade da Foxconn tomaram as redes e os sites de notícias. A Foxconn é uma empresa taiwanesa de eletrônicos, computadores e componentes – alguns dizem a maior do mundo –, e que fabrica os produtos da Apple, os videogames da Sony e os telefones da Motorola, além de peças para a Dell e para a HP. Em que pese sua sede ser em Taipei, suas principais unidades produtivas ficam na China continental, especialmente em Shenzhen e Zhengzhou, cidades altamente industrializadas.
É exatamente na China continental que o governo vem aplicando a política de tolerância zero contra a covid-19: uma estratégia rigorosa de isolamento domiciliar, empresarial ou mesmo de cidades inteiras, em que há total restrição da circulação de pessoas e testagem diária em massa. Não é a primeira vez que os chineses lançam mão dessa estratégia, e várias vezes num passado recente fábricas foram fechadas e os maiores portos simplesmente pararam de operar, causando falta de peças e itens por todo o mundo.
Para evitar que ficassem trancados com colegas de trabalho, no início de novembro, trabalhadores chineses desesperados fugiram da fábrica da Foxconn em Zhengzhou. Agora, ondas de protesto se espalham por toda a China, num teste imediato para o terceiro mandato do Todo Poderoso Xi. Num país em que protestos não só não são comuns, como são reprimidos violentamente, há certamente algo ocorrendo na China que extrapola o desespero de uma população com medo de mais um rígido “encarceramento” obrigatório.
A China já chegou a anunciar 31 mil casos de covid num só dia. Com o receio de mais um fechamento de fábricas e portos, chineses fogem das maiores cidades ou protestam nas ruas. Os efeitos econômicos dos protestos e do receio de uma nova onda de lockdowns também já são sentidos. Na terça-feira, dia 29 de novembro, o preço das commodities caiu em bolsas de todo o mundo, assim como as ações de empresas que dependem de insumos vindos do gigante asiático.
O questionamento que fica é: será essa política de tolerância zero uma estratégia de saúde pública, ou o receio de novas mortes? Seja como for, parece que o número de vítimas da covid-19 na China é muito maior do que os 5.200 falecidos anunciados oficialmente por Pequim.
*João Alfredo Lopes Nyegray é doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo.
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