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As hepatites virais e como a saúde ocupacional pode contribuir para conscientizar, diagnosticar e tratar as pessoas

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Sandra Cunha
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Prevenção, diagnóstico e tratamento são determinantes para evitar que as pessoas sejam infectadas, diagnosticar e tratar de forma adequada

O Julho Amarelo, campanha para conscientizar a população sobre a importância dos cuidados para prevenir as hepatites virais - doenças associadas à cirrose hepática e ao câncer no fígado, mais uma vez direciona as ações dos gestores de saúde ocupacional, que têm a missão de ajudar na prevenção, diagnóstico e tratamento adequado.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas, e no caso específico das hepatites virais, os tipos são classificados pelas letras A, B, C, D e E.

De acordo com a OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde, os números das hepatites nas américas preocupam. Novos dados mostram que há 10 mil novas infecções por hepatite B a cada ano e destas, 23 mil resultam em mortes. Em 2019 a doença causou a morte de 820 mil pessoas. Embora não haja cura conhecida para a doença, ela pode ser evitada com uma vacina.

Já a hepatite C, segundo novas estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde), infectará ainda neste ano 67 mil pessoas nas américas e provocará 84 mil mortes. De 58 milhões de pessoas infectadas pelo vírus, em todo o mundo, 79% desconhecem o diagnóstico. Para este tipo não há vacina, mas existe tratamento.

De acordo com Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde, presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) e CEO da Oncare Saúde, plataforma de saúde integral e integrada, a atenção da gestão da saúde nas corporações é determinante, uma vez que nem sempre a doença apresenta sintomas. “Acompanhar a saúde das pessoas por meio de consultas com especialistas e exames específicos é uma forma eficiente de diagnosticar e tratar as hepatites. Em conjunto com o departamento de recursos humanos é possível elaborar campanhas de prevenção, como adoção de medidas sanitárias e incentivo a vacinação. Ganham todos, o trabalhador que conta com ações pensadas para a sua saúde, as empresas, que previnem afastamentos e reposição de equipe, e o País, que é impactado com a redução dos números gerais de infecção e com mais vacinados”, afirma.

Sintomas e tipos

As hepatites são doenças silenciosas, podem demorar anos para apresentar sintomas, que quando aparecem se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Quanto aos tipos temos:

Hepatite A - tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Existe vacina.

· Hepatite B - é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.

· Hepatite C - tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.

· Hepatite D - causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.

· Hepatite E - causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença.

· Hepatite misteriosa – Hepatite de causa desconhecida que se sabe, por enquanto, estar relacionada a pacientes que apresentam testes positivos para a infecção por adenovírus.

Diagnóstico e tratamento

Os casos graves das infecções pelas hepatites virais passam pelo não diagnóstico, ou diagnóstico tardio, atrasando consequentemente o tratamento adequado para cada tipo.

A OPAS trouxe números que mostram o baixo índice de diagnósticos e de tratamento dos diagnosticados: apenas 18% das pessoas que vivem com a hepatite B foram diagnosticadas com o vírus, e somente 3% delas estão recebendo tratamento.

Com a hepatite C os índices também preocupam. Estima-se que aproximadamente apenas 22% das pessoas cronicamente infectadas foram diagnosticadas, e somente 18% delas estão recebendo o tratamento. Segundo a OMS, de 58 milhões de pessoas infectadas pelo vírus, em todo o mundo, 79% desconhecem o diagnóstico e, portanto, não recebem tratamento.

De acordo com a infectologista e diretora medica da Oncare Saúde Dra. Letícia Fiório Baptista, é preciso que o serviço de saúde da empresa esteja atento aos sintomas e à identificação da hepatite. “O diagnóstico certo é essencial para o sucesso do tratamento. A Hepatite A, por exemplo, é diagnosticada em pacientes que apresentam mal-estar, vômitos, icterícia, urina escura e acolia fecal e o exame de sangue anti-HAV IgM reagente, indicando que a pessoa tem hepatite pelo vírus A. Os testes rápidos para hepatites B e C são, sobretudo, indicados para diagnósticos em indivíduos com infecção crônica e assintomáticos, ou seja, podem estar com a doença, mas não tem conhecimento”, explica.

As empresas de saúde e segurança no trabalho precisam estar preparadas para acompanhar e tratar os trabalhadores testados para as hepatites. “O tratamento para a hepatite B (doença que não possui cura) é o controle por meio de acompanhamento médico e medicamento para combater a multiplicação do vírus no fígado durante toda a vida. A hepatite D, de forma similar, com uso de medicamento por aproximadamente 1 ano. Já a hepatite C é tratada com medicamento por cerca de 12 semanas, tendo chance de cura de 95%. Para a testagem é necessário coletar uma gota de sangue do dedo do paciente”, esclarece o CEO da Oncare Saúde.

A vacinação também é uma excelente ferramenta de prevenção. “Temos imunizantes que podem prevenir as formas A e B (sendo que ao tomar a vacina da hepatite B previne-se também a hepatite D), como explica Ricardo Pacheco. “Com o diagnóstico em mãos, os pacientes podem conviver bem com a hepatite B e se curar da hepatite C, que ainda não conta com vacina para ser prevenida. Muitas empresas estão vacinando seus trabalhadores e a rede pública oferece vacina gratuita para o tipo B, que deve ser tomada em três doses. A vacina é extremamente eficaz e evita que a pessoa adoeça ao ter contato com o vírus”, ressalta o CEO da Oncare Saúde.

A Oncare Saúde tem na sua essência o cuidado com a saúde do trabalhador brasileiro, por isso integra a campanha do Julho Amarelo, voltada para a conscientização sobre as hepatites virais, doenças que atacam o fígado e pode provocar consequências graves.


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