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Setembro amarelo: mês de prevenção ao suicídio

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Setembro amarelo: mês de prevenção ao suicídio

Aprenda a desmistificar, ouvir, atender e a identificar os sinais de aviso desse pedido de socorro

Identificar sinais, promover alertas e estimular cuidados e a prevenção do suicídio é o que pretende a campanha do setembro amarelo. Divulgada em âmbito nacional, a data é um alerta a todas as pessoas sobre esse fenômeno que atinge milhares de pessoas todos os anos. Para compreender mais sobre o assunto e assim conseguir ouvir e atender o pedido de socorro, geralmente silencioso, de pessoas que estão com tendências a agir contra a própria vida, o psicólogo especialista em saúde pública e familiar, Alessandro Scaranto, explica como é possível identificar e prevenir essa triste realidade.

O Brasil é o 8° país com maior índice de suicídios do mundo, de acordo com a OMS. Esses números, tão altos, quando analisados, são ainda mais cruéis, haja vista que o suicídio está entre as principais causas de morte de crianças em idade escolar. Por isso, a campanha do setembro amarelo é indispensável na prevenção de mais vidas.

Por mais que muitas pessoas acreditem que não, “o suicídio pode afetar qualquer indivíduo”, afirma o psicólogo Alessandro Scaranto. De acordo com ele, o suicídio é um fenômeno “muito complexo e multifacetado”, e, por isso deve ser, quando percebidos indícios, combatido com ajuda profissional de um psicólogo e, dependendo de casos, um psiquiatra.

Sinais de aviso

O especialista em saúde mental explica que existem alguns sinais de avisos que podem indicar que um indivíduo tem potenciais ou está com uma idealização suicida:

- Conversas sobre a sua própria morte;
- Isolamento do convívio social;
- Contexto de depressão e ansiedade;
- Irritabilidade;
- Agitação;
- Raiva;
- Mudanças repentinas de humor;
- Dormir muito ou pouco;
- Pesquisar maneiras de se matar na internet, etc.

Por isso, é sempre importante ficar em alerta quando esses sinais e outros indicativos estão presentes no cotidiano de alguma pessoa. “Observar as atitudes e comportamentos do outro é indispensável para combater esse alto número de mortes”, afirma Scaranto.

Fatores de risco

Além dos sinais de aviso, existem também alguns fatores de risco. “Pessoas com algum desses fatores podem ter uma propensão muito maior de cometer suicídio”, explica o psicólogo, “mas isso não é um indicativo claro para essa condição e não isenta outros fatores que também podem também ser indicativos de risco”, pontua Alessandro Scaranto.

- Histórico de tentativas anteriores de suicídio. Nesses casos, o risco é 100% maior comparado à população geral;
- Transtornos psiquiátricos. Cerca de 90% das pessoas suicidas manifestam problemas psiquiátricos;
- Desesperança. “Não enxergar que existem coisas boas na sua vida ou não entender que existirão dias melhores é um dos fatores de extremo risco que pode levar ao suicídio”, explica;

Scaranto afirma que é sempre importante manter consultas regulares com um psicólogo, para a manutenção da saúde mental e para minimizar e manejar “estados mentais” que possam contribuir para o suicídio.

Mitos sobre o suicídio

Ainda, para compreender melhor o assunto, o profissional afirma que existem alguns mitos criados em sociedade que tornam o combate a essa dura realidade ainda mais difícil.

“As pessoas que falam sobre o suicídio não farão mal a si próprias, pois querem apenas chamar a atenção”, “Quem fala, não faz”

MITO – Não existe padrão dentro do suicídio. A pessoa pode falar e fazer, nunca ter falado, e fazer e ter tentado várias vezes e conseguir em sua última tentativa.

“Os indivíduos que tentam ou cometem suicídio têm sempre alguma perturbação mental”

MITO – Apesar de ser um sinal de alerta não significa que uma pessoa que não tem nenhuma questão mental importante não vá tentar se suicidar.

“A idealização suicida é sempre hereditária”

MITO – Apesar de vários aspectos de nossa mente serem herdados por conta da hereditariedade isso não significa que uma pessoa que não tem nenhum caso dentro de sua família não cometerá suicídio.

“Suicidas querem morrer”

MITO - “Pelo contrário. Suicidas não querem morrer. Eles apenas não querem viver com aquela dor, aquele sentimento. Pessoas com tendências suicidas sentem um desespero enorme e, por isso, ao não saber como lidar com aquela situação em que vivem, sentem que acabar com a sua própria vida seja a única maneira de se sentirem libertos daquilo que os afligem", afirma o psicólogo.

Prevenção e cuidado

Para prevenir e ajudar alguém que esteja com pensamentos suicidas, é essencial entender e levar a sério o sofrimento do outro. “Muitas vezes nós, profissionais da saúde, nos deparamos com a afirmativa de que o problema que determinada pessoa está passando, não é tão sério assim ou não deveria ser dado tanta atenção. Não cabe a nós a qualificação e/ou desqualificação da dor do outro”, argumenta o especialista. O especialista ainda afirma que o suicídio e outras questões importantes que maculam nossa sociedade só diminuirão quando entendermos que o famigerado “mimimi” é a “dor que dói no outro” e que essa dor precisa ser respeitada, entendida, acolhida e manejada para que não alcance proporções trágicas e tristes.

Como ajudar?

Quando os sinais são percebidos em uma pessoa, é importante acolhê-la de forma a entender os seus sentimentos, “sempre sem julgamento”, afirma Scaranto.

O importante para essa pessoa é ter o seu sofrimento levado em consideração, ser respeitado e levado a sério, ter a oportunidade de falar com as pessoas sobre a situação, ser escutado e ser encorajado a se recuperar. Procure sempre um Psicólogo ou a rede de apoio de saúde mental da sua localidade.

Alessandro Scaranto
Psicólogo - Especialista em Saúde Pública e Saúde da família
Acupunturista


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