No inverno, treino presencial tem queda de 60% e on-line sobe 40%

Com a frente fria atípica que paira sobre algumas regiões do Brasil, sair de casa durante o inverno se tornou um desafio para quem está acostumado com uma rotina de atividades físicas ao ar livre ou em academias e ginásios. Segundo um levantamento realizado pela PERSON@LL, plataforma on-line que auxilia profissionais de educação física a darem aulas de ginástica presenciais e por vídeo, o fluxo de alunos na versão presencial teve uma queda de 60% durante o inverno, frente a um aumento de 40% das atividades remotas por vídeo. Os dados foram coletados entre os meses de junho e agosto de 2021 em oito franquias da rede espalhadas por quatro estados brasileiros: Rio de Janeiro (RJ), Juiz de Fora (MG), Patrocínio (MG) e Florianópolis (SC).

E se no último ano de pandemia foi o tempo de romper as barreiras e desmitificar a efetividade do teleatendimento na área de saúde e de bem-estar, em 2021 o serviço se tornou uma mão na roda para quem não quer enfrentar as baixas temperaturas para manter o corpo em movimento. “Se não tivéssemos passado os dois últimos anos em pandemia, e com meses de apenas serviços remotos, acredito que a aderência das aulas on-line neste inverno seria menor. Mas como agora professores, alunos e até instituições já estão consolidados com o atendimento on-line, ele pode ser um ótimo aliado a praticidade e até a necessidade de ser manter em casa – seja por problemas de saúde, frio ou conflito de horários. Além disso, ele mostrou que é tão eficiente quanto um treino presencial e que é possível sim suar a camisa, fortalecer os músculos e até diminuir dores apenas com o uso do próprio corpo ou com o auxílio de pequenas ferramentas, como os elásticos”, explica Paulo Gentil, sócio da PERSON@LL e um dos profissionais de educação física mais conceituados do Brasil.

É o caso da carioca Roberta Cardoso, de 49 anos, que durante os dias atípicos desse inverno, aposentou os tênis de corrida pelas aulas on-line de treino funcional, explica a carioca. “Eu tenho o hábito de correr todos os dias na Orla de Ipanema, mas com esse frio atípico no Rio, ficou impossível continuar. Além do clima em si, que não é nada convidativo para exercícios ao ar livre, fiquei com medo de ficar resfriada, de baixar minha imunidade e acabar pegando covid. Então aposentei os meus tênis de correr nessa estação e substitui pelas aulas on-line com exercícios de força com o próprio corpo e com o auxílio de barras e elásticos”, conta a carioca.