Convivendo com doenças renais
O estigma de uma vida limitada: dieta com muita restrição, consumo regrado de líquidos, compromisso de estar conectado a uma máquina 2, 3 ou mais vezes por semana por uma boa parte do dia. A vida de um paciente que faz diálise exige disciplina e sacrifícios. Apesar do senso-comum enxergar os portadores de doença renal de forma negativa, essa visão pode ser desmistificada pela informação.
É importante conhecer para cuidar. Sabe-se que os rins são responsáveis por filtrar o sangue, eliminando toxinas produzidas pelo funcionamento normal do corpo. Mas além dessa principal função, eles também controlam a quantidade de sal e água, a concentração de minerais e ácidos no organismo, regulam a pressão arterial e produzem hormônios que evitam anemia e doenças ósseas.
Doenças renais ocorrem por heranças genéticas, inflamações específicas (“nefrites"), intoxicações, problemas cardíacos, dentre outras. As principais causas que levam à necessidade de diálise a longo prazo são duas condições bastante comuns, e que podem, em alguns casos, atacar os rins: hipertensão e diabetes. Embora problemas renais ocorram mais do que se imagina, nem sempre o diagnóstico é feito em fase precoce, quando a doença costuma ser silenciosa, manifestando sinais que não são valorizados pelo indivíduo.
Quando sintomas mais pronunciados se instalam, como fraqueza, falta de ar, inchaço e diminuição da quantidade de urina, as tentativas de recuperação ou lentificação da evolução para falência renal podem não ser eficazes e o paciente necessita então entrar para um programa de “substituição renal”. As terapias dialíticas se modernizaram muito ao longo dos anos, com máquinas de hemodiálise mais seguras e eficazes e a diálise peritoneal, a qual é realizada em domicílio, cada vez mais difundida, além da indicação de transplante para casos selecionados.
No mês em que se comemora o Dia Mundial do Rim, a comunidade nefrológica internacional aproveita a oportunidade para trazer mais conhecimento e tentar minimizar o sofrimento de tantos pacientes.
Em 2021 o lema da campanha é “Vivendo bem com a doença renal”, visando apoiar os pacientes dialisados ou transplantados, para que se sintam acolhidos e incentivados a se inserirem ao cotidiano próximo de uma vida dita como normal. Seguindo certos cuidados, muitos destes pacientes podem exercer seus ofícios, ter uma vida social, desenvolver projetos e realizar seus sonhos. O amparo da equipe de cuidados, que inclui médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, e sobretudo da família, é de suma importância para viabilizar ou adaptar a esse novo modo de viver.
A abordagem dos cuidados com os rins engloba medidas preventivas que promovam uma boa saúde geral, como alimentação saudável, ingestão adequada de líquidos, não fumar, evitar ou controlar a hipertensão e o diabetes. Alguns medicamentos de uso comum, como anti-inflamatórios, podem ser nefrotóxicos e seu uso sem a devida prescrição deve ser desestimulado. Avaliações médicas com realização de exames simples, como dosagem de creatinina no sangue e análise da urina, podem alertar para a necessidade de atenção especial no manejo da saude renal.
Dra. Marcia Goulart de Abreu, Nefrologista do Corpo Clínico do Biocor Instituto, especialista em cuidados renais, membro da Sociedade Brasileira de Nefrologia
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