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Desafios da logística de Healthcare em tempos de pandemia é tema de painel entre ABOL, associados e FGV

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  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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•Executivos do setor debateram o assunto durante webinar nesta segunda-feira (22/06)

•Investimento em inovação e capacitação é ponto comum para todos os participantes em cenário pós Covid-19

O mercado de Healthcare exige um amplo planejamento de integração e coordenação na cadeia de suprimentos para que haja uma alta qualidade na prestação dos serviços, garantindo sempre a segurança e a integridade dos produtos transportados. Durante o período da pandemia, os Operadores Logísticos deste setor precisaram redobrar atenção e trabalho para garantir o transporte e a entrega de insumos, medicamentos, vacinas, testes de Covid-19, entre outros itens essenciais, para que a área da saúde pudesse enfrentar a crise sanitária com eficiência.

Para entender a atuação deste setor frente à pandemia, o núcleo de Transportes da FGV - Fundação Getúlio Vargas, em colaboração com a ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos, realizou nesta segunda-feira (22/06) um webinar com o tema "A atuação dos operadores logísticos na área de Saúde - Healthcare, antes e após a pandemia". O encontro contou com três empresas associadas à ABOL: RV Imola, Andreani e Wilson Sons. A moderação ficou por conta de Rodrigo Vilaça, relações institucionais da FGV Transportes, e do diretor-presidente da ABOL, Cesar Meireles.

Meireles abriu o painel destacando o que faz o Operador Logístico e qual a importância dele para o mercado. "Nossa agenda institucional de estudar e consolidar o que é o Operador Logístico fica ainda mais evidente quando discutida em um ambiente tão qualificado como na FGV. Precisamos desses espaços para evidenciar a importância que essa função tem na cadeia logística, pois o OL trabalha da primeira à última milha".

O CEO da RV Ímola, Roberto Vilela, explicou que a empresa é totalmente focada em saúde e trabalha com insumos farmacêuticos, transporte e armazenagem de medicamentos e logística hospitalar, oferecendo todos os serviços de forma 100% rastreável. Ele reforçou que a limpeza e manutenção dos equipamentos na empresa contam com desinfecção reforçada para garantir a proteção de produtos e funcionários, o que é primordial em companhias que trabalham diretamente com Healthcare. Além disso, o CEO fez uma breve explanação sobre como ficou o incremento na atuação da RV Ímola durante a pandemia. "No pico da pandemia, entre abril e maio, transportamos 60% mais do que o abastecimento previsto. Sentimos apenas uma ligeira queda na área privada, pela diminuição das cirurgias eletivas e estéticas". A empresa trabalha com os modais aéreo, aquaviário e rodoviário, inclusive com motofrete.

Para o pós-pandemia, Vilela acredita que seja necessário colocar em pauta a revisão dos conceitos governamentais de produção nacional, incentivando com subsídios a produção de insumos dentro do Brasil, e também a ampliação no investimento de pesquisa para a elaboração de vacinas e testes. Questionado sobre a participação da ferrovia na composição de soluções de distribuição, o CEO lembrou que é importante estruturar o controle de temperatura e armazenagem na ferrovia, fomentando mais um modal para esse tipo de operação.

Para o futuro, o executivo destacou a importância de investir em rastreabilidade ainda na produção industrial, inserindo e padronizando informações no código de barras que acelerem o processo em todas as etapas pelas quais o produto deve passar. "Visitei no ano passado a China para ter conhecimento de mais tecnologias. E vamos investir muito. Estamos testando, neste momento, a gestão de inventário por câmeras e drones. São coisas que estamos pensando, sempre à frente, para garantir agilidade e segurança neste tipo de trabalho", disse.

Já o gerente-geral Brasil do Grupo Logístico Andreani, Fernando Corrêa, destacou a necessidade de adaptação do Operador Logístico nesse período. A companhia tem 75 anos de operação na Argentina, com forte atuação em Saúde e e-commerce. No Brasil entrou no mercado de Saúde em 2013. Tendo a maioria da carteira composta por clientes privados, também sofreu o impacto da pandemia no que tange às cirurgias eletivas. Segundo Corrêa, foi necessário adaptar-se com rapidez. "Nos espelhamos na experiência argentina, que começou a quarentena antes, e assim conseguimos ser mais efetivos nas aplicações de métodos no Brasil. Passamos, por exemplo, a utilizar mais o carro refrigerado e a tecnologia para agilizar a entrega", explicou.

Corrêa comentou a RDC 304/2019, que dispõe sobre boas práticas de distribuição, armazenagem e transporte de medicamentos. "É uma normativa nova, para a qual devemos adaptar os modais mais adequados. A medida já é exigida em outros países, como na Argentina, desde 2018. O Operador Logístico é uma extensão da indústria, então, precisamos seguir as normativas que a indústria exige. Somos flexíveis e adaptáveis a qualquer situação". O executivo citou ainda a necessidade de investimento em pessoas e tecnologia, visto que alguns procedimentos de trabalho adquiridos na pandemia devem permanecer. "Nosso rendimento com o home office, inclusive, aumentou muito. Nosso foco é investir cada vez mais em treinamento e em pessoas para aprimorar os trabalhos que iniciamos durante a pandemia".

O gerente comercial da Wilson Sons, Rodrigo Rocha, ressaltou que a empresa tem mais de 180 anos de atuação e hoje trabalha com diferentes unidades de negócios, desde operações portuárias até centros logísticos. Na saúde, faz remoção e transporte alfandegado, possui câmaras frias e com controle de temperatura, realiza logística integrada com armazém doméstico e também opera com todos os modais de transporte. Para esse novo momento pós-pandemia, Rocha enaltece o protagonismo da Tecnologia da Informação, como automação, IOT, softwares de monitoramento, entre outros."Está muito clara a era da inovação tecnológica, e isso deve ajudar muito a atender com primor a área de saúde". A Wilson Sons conta com uma unidade de estratégia e inovação, que visa aproximar-se de startups e organismos de inovação que se interessem em transformação de processos, com investimentos também em virtualização dos armazéns.

Meireles ressaltou a atuação primordial do Operador Logístico no contexto da pandemia, como um agente de sustentação, tanto da indústria em seus processos de produção quanto do consumidor final, fazendo chegar até a última milha os produtos em consumo. "Nessa virada surgirão muitas mudanças, uma delas deve ser na gestão de estoque; muito provavelmente a pandemia fará com que os estoques venham mais pra perto da produção e do consumo, para melhor gestão e acesso. Tendemos a testemunhar uma mudança radical na maneira de gerir as cadeias produtivas e os Operadores Logísticos serão estratégicos para a evolução a novos modelos, mas de igual importância é a desburocratização dos processos que regem a logística hoje no País".

O diretor-presidente da ABOL lembrou das frentes de atuação da ABOL, na regulamentação da atividade do Operador Logístico como tal e citou o Projeto de l

Lei em análise no Congresso Nacional e no Senado que cria um marco regulatório para as empresas atuantes como Operadoras Logísticas e que atualiza a lei de Armazenagem, que data do século passado. "É muito importante que existam definições regulatórias para a segurança da qualidade do trabalho a ser feito. Esse é o principal foco de trabalho da ABOL, que completa no próximo dia 17 de julho oito anos de fundação".

Sobre a ABOL

A ABOL - Associação Brasileira dos Operadores Logísticos, sociedade civil sem fins lucrativos, tem o objetivo de reconhecer, regulamentar e consolidar a atividade do Operador Logístico no Brasil. Criada em 17 de julho de 2012, é hoje responsável por reunir as principais empresas e players do setor para fortalecer a imagem institucional do Operador Logístico em todas as esferas de atuação, como uma "pessoa jurídica capacitada a prestar, através de um ou mais contratos, por meios próprios e/ou por intermédio de terceiros, os serviços de transporte (em qualquer modal), armazenagem (em qualquer condição física ou regime fiscal) e gestão de estoque (utilizando sistemas e tecnologias adequadas)".

A ABOL elabora projetos e estudos em vários cenários, resgatando o histórico do passado, analisando o contexto presente e as tendências do futuro. Atualmente, a associação é composta por 29 Operadores Logísticos, entre empresas nacionais e estrangeiras, que atuam nas mais diversas cadeias produtivas, abrangendo atividades de transportes, coleta, transferência, milk run, movimentação de carga, armazenagem, gestão de estoque, expedição, e distribuição de cargas em todo o território nacional.

Em largo espectro, o Operador Logístico atende toda a cadeia de suprimento e distribuição, desde a primeira a última milha, com o conceito de one-stop-shopping, ou seja, oferecendo todas as soluções na cadeia logística de valor. A associação promove e estimula o amplo conhecimento para a cadeia de Logística e Supply Chain por meio de eventos, roadshows, diálogo com stakeholders públicos e privados, entre diversas outras atividades.


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