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Mês de Prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF)

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CISA alerta para o perigo do consumo de álcool durante a gestação: do aumento do risco de aborto no início da gravidez a danos irreversíveis à saúde do bebê

Setembro é o mês de prevenção da Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), uma doença grave que traz comprometimentos cognitivos, comportamentais e emocionais por toda a vida. Ela é totalmente evitável e requer apenas uma atitude preventiva recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS): não consumir qualquer tipo ou quantidade de bebida alcoólica – seja cerveja, vinho ou destilado – durante a gestação.

“Esse alerta é especialmente importante porque nos últimos anos as pesquisas mostram um aumento do uso abusivo de álcool pelas brasileiras. Precisamos mudar o cenário atual de desinformação sobre o impacto do álcool para a saúde do feto”, destaca Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, instituição referência no tema.

Essa mudança de hábito de consumo pelas mulheres foi retratada na publicação “Álcool e a Saúde dos Brasileiros – Panorama 2020”, que apontou uma ampliação de 19,5% nos casos de internações e de 15% nos óbitos relacionados ao uso de álcool entre as brasileiras, respectivamente, nos períodos de 2010 a 2018 e 2010 a 2017. O consumo abusivo também cresceu entre elas – de 11% para 13,3% em um ano (2018-2019) – especialmente entre aquelas com idade entre 18 e 24 anos, ou seja, em idade fértil.

No campo da desinformação, ainda há quem diga que beber só um pouquinho não faz mal, ou então que beber cerveja preta ajuda a produzir leite. “Essas afirmações são equivocadas. Não há limite seguro para o consumo de álcool na gravidez”, reforça Guerra.

A propósito, estudo publicado recentemente no American Journal of Obstetrics and Gynecology mostrou que o risco de aborto espontâneo aumenta 8% a cada semana adicional de exposição ao álcool, entre a 5ª e a 10ª semana de gravidez, mesmo quando o consumo de álcool era baixo (até 1 dose por semana). Portanto, para diminuir o risco de aborto espontâneo, os autores recomendam identificar precocemente a gestação e cessar o consumo de bebidas alcoólicas a partir de então.

Para o CISA, são necessárias medidas educativas e preventivas para que as mulheres sejam adequadamente orientadas, do planejamento familiar à amamentação, sobre as consequências da ingestão de bebidas alcoólicas, especialmente no período gestacional. Também há necessidade de estimular a realização de pesquisas científicas nacionais sobre a SAF, para que possam embasar políticas públicas mais assertivas.

E, por que beber na gravidez é tão perigoso? O álcool atravessa a placenta, o que permite que, em pouco tempo, a concentração dessa substância no sangue fetal se torne equivalente à materna. Entretanto, o organismo do feto – ainda em formação – não consegue metabolizar o álcool, que permanece no seu sangue por mais tempo, até ser eliminado pela circulação materna.

A especialista em Pediatria Neonatal e conselheira científica do CISA, Conceição Aparecida de Mattos Segre, explica que as consequências vão de disfunções mais sutis até o desenvolvimento da SAF, podendo ocorrer anormalidades faciais, hiperatividade, dificuldade de aprendizado, linguagem e memorização, problemas comportamentais e até complicações cardíacas. O tipo e a gravidade dos prejuízos induzidos pelo álcool dependem do padrão de exposição pré-natal, da dose, e do estágio de desenvolvimento do embrião ou do feto no momento da exposição.

"O diagnóstico e a intervenção precoce da SAF e de outros problemas associados ao uso de álcool na gestação podem ajudar no tratamento das crianças acometidas; no entanto, há grande dificuldade na identificação dos mesmos”, afirma Segre, uma das autoridades sobre o tema no Brasil e coordenadora de grupo sobre o tema da Sociedade Brasileira de Pediatria e de São Paulo.

Prevalência: segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a prevalência de uso de álcool durante a gravidez na região das Américas é de 11,2% - índice próximo ao registrado globalmente, de 9,8%1. Um estudo de 2017, em 31 países da América Latina e do Caribe2, apontou que no Brasil a prevalência é maior, de 15,2%. Já pesquisa realizada em maternidade de periferia da cidade de São Paulo identificou que entre 1.964 gestantes 33,3% ingeriam alguma quantidade de álcool durante a gestação e 21,4% o faziam até o final do período gestacional.


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