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Fluxo no varejo cai 2% e faturamento também recua em março

  • Terça, 22 Abril 2025 18:33
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Renato Caliman
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 Índice de Performance do Varejo (IPV) mostra retração em todas as regiões do Brasil e resultados abaixo do esperado no mês marcado pelo Dia do Consumidor

O varejo físico brasileiro registrou retração em março de 2025, segundo o Índice de Performance do Varejo (IPV): o fluxo de visitantes caiu 2% em lojas de rua e 16% em shopping centers, enquanto as vendas e o faturamento recuaram 5% e 6%, respectivamente, em comparação com o mesmo período de 2024. O levantamento, já consolidado como ferramenta estratégica para empresas e investidores, é idealizado pela HiPartners a partir de dados das empresas FX Data Intelligence e F360 e análise da 4Intelligence.

“Os dados mais recentes da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), corroboram os números do IPV de março. O varejo brasileiro segue oscilando entre avanços pontuais e desaceleração estrutural. Mesmo com crescimento de 2,4% no varejo ampliado em janeiro (interanual), o desempenho ainda é moderado, principalmente nos setores sensíveis ao crédito”, explica Eduardo Terra, sócio da HiPartners. Além disso, Terra destaca que a inflação de alimentos, as altas taxas de juros e as mudanças tributárias (como o programa Remessa Conforme) continuam influenciando a dinâmica do consumo.

Consequentemente, a queda no ticket médio geral, de -1,1%, indica uma perda de fôlego na atividade de compra. Por tipo de loja, o ticket médio nos estabelecimentos situados em shopping centers até apresentou alta de 3,4%, mas foi insuficiente para compensar as quedas observadas nas lojas de rua (-3,7%) e em regiões como o Sudeste (-1,5%) e Norte (-1,8%).

“O mês de março trouxe sinais importantes para o varejo. Apesar da retração de 6,3% no faturamento nacional e da queda no fluxo de clientes em shopping centers, vimos estabilidade nas lojas de rua e crescimento em regiões como Nordeste e Sul. Além disso, o setor de móveis e eletrodomésticos se destacou com alta de 22%, o que mostra que, mesmo em um cenário desafiador, há espaço para crescer com estratégia”, analisa Henrique Carbonell, cofundador e CEO da F360, empresa responsável pelos dados de vendas e faturamento do IPV.

Panorama regional: Centro-Oeste sofre maior impacto e Nordeste lidera fluxo

A retração no faturamento foi generalizada entre as regiões brasileiras. O Centro-Oeste se destacou como a mais impactada, com queda de 14% tanto no faturamento quanto no fluxo de visitação. Por outro lado, o Nordeste apresentou um comportamento destoante: registrou um expressivo aumento de 9% no fluxo de clientes, mesmo com uma retração de 10% na receita.

Outras regiões também mostraram contraste entre movimentação e faturamento. O Norte teve crescimento de 5% no fluxo, mas viu suas receitas caírem 6%. O Sul seguiu a mesma linha, com +4% de visitas e queda de 7% no faturamento. O Sudeste, por sua vez, registrou retração em ambos os indicadores: -5% em fluxo e -4% em receita.

Na análise setorial, o IPV mostra uma paisagem mais fragmentada. Entre os destaques positivos, o setor de Móveis e eletrodomésticos cresceu 22% em faturamento no comparativo anual, beneficiado pela retomada do consumo de bens duráveis. Na outra ponta, o segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos amargou queda de 17%, refletindo o arrefecimento da demanda após o pico pandêmico e maior cautela com despesas não essenciais.

“O recuo nas importações e o redirecionamento da demanda para o mercado doméstico explicam, em parte, o bom desempenho de segmentos como informática e móveis”, completa Eduardo.

Dia do Consumidor não impulsiona o varejo

Comemorado em 15 de março, o Dia do Consumidor em 2025 não trouxe o impulso esperado para o varejo físico. Os dados do IPV indicam retração no fluxo de visitação e também nas vendas durante a semana promocional e a primeira quinzena do mês.

Comparando a semana do Dia do Consumidor deste ano com a mesma semana de 2024, o fluxo de visitantes em shopping centers despencou 16%, enquanto nas lojas físicas em geral a queda foi de 5%. Na quinzena, os números seguem a mesma linha: -15% em shoppings e -1% em lojas físicas.

No faturamento, o cenário segue morno. Na semana da data comemorativa, houve retração de 3%, tanto no faturamento quanto nas vendas. Apenas na quinzena observou-se um tímido avanço de 0,31%, possivelmente impulsionado por promoções pontuais e aumento do ticket médio em segmentos específicos.

A análise regional do comportamento na semana do Dia do Consumidor revela que o Nordeste (+14%) e o Sul (+6%) foram os destaques em crescimento de fluxo de clientes. Em contrapartida, o Centro-Oeste registrou uma queda acentuada, com retração de 25% na semana e 21% na quinzena. O Sudeste também apresentou desempenho negativo, com redução de 10% na movimentação.

No prisma setorial, o destaque positivo vai para o segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com crescimento expressivo no fluxo: +28% na semana e +40% na quinzena. O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo também surpreendeu positivamente na quinzena, com alta de 34%, ainda que tenha caído -13% na semana.

Outros setores, como Móveis e eletrodomésticos (+8% na semana) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+7% na quinzena), também apresentaram desempenhos mistos. Por outro lado, segmentos como Tecido, vestuário e calçados e Perfumaria e cosméticos recuaram de forma significativa, especialmente na semana promocional.

“O impacto tímido do Dia do Consumidor reforça que o consumidor está mais cauteloso, mas seguimos otimistas com abril, que será aquecido com a Páscoa. Ter uma gestão financeira eficiente e inteligência nos dados continuam sendo diferenciais para atravessar esse cenário e aproveitar as boas oportunidades", finaliza o CEO da F360.

Sobre a F360

A F360 é a maior plataforma SaaS de gestão financeira voltada para varejistas e franquias no Brasil. Com soluções inteligentes que otimizam resultados, aumentam a eficiência operacional e simplificam a rotina dos negócios, a F360 já transformou a gestão financeira de mais de 15 mil varejistas em todo o país. Presente em grandes redes como Havaianas, Hering, Chilli Beans, Arezzo, Burger King e Kopenhagen, a empresa lidera o mercado com tecnologia de ponta e um compromisso contínuo em impulsionar o sucesso de seus clientes.

Sobre a HiPartners Capital & Work

Criada em 2012, a HiPartners Capital & Work nasceu de um projeto pessoal do empreendedor Walter Sabini Junior, responsável pela venda da Virid, plataforma de e-mail marketing adquirida em 2011 pela Serasa Experian. Hoje é o primeiro venture capital brasileiro focado em retail techs, buscando alavancar empreendedores e soluções para gerar impacto no varejo brasileiro.


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