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Inadimplência volta a subir em São Paulo após seis meses, aponta FecomercioSP

  • Terça, 09 Abril 2024 18:15
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Vinícius Mendes
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
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Atualmente, quase 1 milhão de famílias têm contas em atraso; fenômeno é resultado da alta da inflação em itens cotidianos, como alimentos e transportes

Após seis meses, a inadimplência das famílias paulistanas voltou a subir no mês de março. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que, no mês passado, 921,2 mil famílias tinham algum tipo de conta em atraso na metrópole. Assim, o porcentual de lares inadimplentes saltou para 22,7% (em fevereiro, era de 21,8%) [gráfico 1].

Embora o número de famílias endividadas esteja abaixo do registrado em março de 2023, o comprometimento da renda delas com dívidas segue preocupante. Hoje, um terço (31,7%) de tudo o que os lares recebem é destinado a pagamentos dessas despesas — que, em média, se prolongam por oito meses.

Os fatores que compõem esse fenômeno também se elevaram na análise quantitativa: o cartão de crédito, que endividava 85,8% das casas paulistanas, em fevereiro, agora o faz em 86,1% desses lares. O crédito pessoal, por sua vez, passou de 15,6% para 16,6%, enquanto o crédito consignado apontou aumento mais significativo: de 7,7% para 9%. Na percepção da Federação, esses dados sugerem que há uma demanda mais aquecida das famílias por recursos utilizados, posteriormente, para manter o consumo cotidiano, como alimentos e combustíveis. É assim que um dos principais motivos para o aumento da inadimplência em março, após meses de queda, foi justamente a inflação mais forte nesses dois grupos de produtos.

Esse fenômeno impacta mais fortemente as classes de renda mais baixa: entre as famílias com rendimentos abaixo de dez salários mínimos, sete em cada dez estão endividadas (71,3%), e mais de um quarto (26%) está inadimplente. Nas classes mais altas (acima de dez salários mínimos), as taxas são de 60,5% e 13,2%, respectivamente.

Essa conjuntura pode se consolidar caso a previsão do retorno da inflação, principalmente sobre alimentos e preços de transportes, se confirme no médio prazo. Se isso acontecer, ficará mais difícil para os paulistanos adiarem o pagamento das suas dívidas em favorecimento ao consumo diário — uma prática que a FecomercioSP observa desde o ano passado. Hoje, 2,78 milhões de famílias estão endividadas em São Paulo, das quais 921 mil estão inadimplentes e 391 mil, sem condições de pagar as despesas atrasadas no momento (9,6%).

Nota metodológica

PEIC

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.

Sobre a FecomercioSP

Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.


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