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Diante da alta dos alimentos em janeiro, especialistas ensinam como economizar

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Economista Leandro Rosadas comenta sobre o aumento de 0,55% no grupo de Alimentação e Bebidas. Já a educadora financeira Aline Soaper orienta sobre como economizar na hora de ir ao supermercado

Apesar da tendência de desaceleração da inflação dos alimentos e bebidas, ao longo de 2023, o IPCA-15, divulgado pelo IBGE essa semana, mostra a alta de alguns produtos in natura. Além disso, os alimentos e bebidas foram o segundo índice que mais impactou na prévia da inflação de janeiro (até o dia 15). O grupo de Alimentação e Bebidas subiu 0,55%, com alta de 0,61% na alimentação no domicílio. O lanche teve alta de 0,80% e a refeição, de 0,14%. De acordo com o economista Leandro Rosadas, especializado na gestão de supermercados, varejos, atacarejos e hortifrutis, as maiores altas foram na batata-inglesa (15,99%), tomate (5,96%), arroz (3,36%) e frutas (1,74%). Já a educadora financeira Aline Soaper ressalta que a pesquisa de preços ainda é a melhor estratégia para economizar.

“A inflação de alimentos acumula alta de 11,50% em 12 meses, quase o dobro da inflação geral, que ficou em 5,87% no período. A previsão para o IPCA de 2023 já está em 5,83%, bem acima da meta de 3,25%. Em janeiro, a variação de alimentação e bebidas (0,55%) ficou abaixo da registrada em dezembro (0,69%). Os preços que caíram foram os da cebola (-15,21%) e do leite longa vida (-2,04%). A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,92%), influenciada pela alta da batata-inglesa (23,18%). O menor resultado ocorreu no Rio de Janeiro, pela queda da cebola (20,18%)”, pontua Leandro Rosadas.

Segundo o economista, no ano passado, a previsão era que a inflação de alimentos e bebidas fosse desacelerar em 2023, mas isso tudo iria depender, por exemplo, do resultado da safra agrícola. “Vale ressaltar ainda dois pontos: no Paraná, maior produtor de feijão do país, houve uma redução de 15% na área plantada, junto a isso a safra está com grãos menores, ou seja, o feijão também vai aumentar. E o preço do arroz merece atenção, tendo em vista à guerra da Rússia com a Ucrânia, países que são responsáveis por quase 30% da exportação de cereais do planeta”, diz o especialista em gestão de mercados.

A atual preocupação recai sobre começar 2023 já com aumento nos preços dos alimentos e como isso afeta, principalmente, a população mais pobre. Em termos proporcionais, esse grupo destina uma parcela maior do orçamento para a aquisição de produtos básicos. Diante desse cenário, a educadora financeira Aline Soaper, especialista em finanças pessoais, ressalta que é necessário continuar a economizar para a conta do supermercado não pesar no bolso. Além disso, ela ressalta que, em 2022, por exemplo, foi recorrente o uso de cartão de crédito para comprar alimentos, como revelou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Além disso, uma pesquisa da empresa Nextop – especializada no segmento de tecnologia, segurança e prevenção de perda – mostrou que, em 2022 quase 5 milhões de itens foram abandonados nos carrinhos pelos consumidores. Entre esses itens estavam leite, óleo de soja e farinha de trigo, que apresentaram altas recorrentes em 2022.

Pensando nesse cenário econômico, a educadora financeira separou algumas dicas para economizar na hora de ir às compras em 2023:

1. Pesquisa de preços: “A pesquisa de preços, por parte dos consumidores, deve ser constante. Observar os dias da semana que os supermercados fazem promoções de itens específicos, por exemplo, é fundamental para evitar gastos”, explica a educadora financeira. Neste caso, no entanto, é preciso ter cuidado para não gastar mais indo muitas vezes ao supermercado. “Faça a lista e vá ao mercado com a mesma lista, anotando o que já foi comprado no dia anterior para não repetir. E fuja da tentação! Compre apenas os itens essenciais”, acrescenta a especialista.

2. Adaptar os gastos à realidade da família: “Todas as famílias querem uma mesa farta, mas é preciso adaptar o orçamento à realidade atual utilizando técnicas que vão evitar o endividamento. Em especial evitando o uso do cartão de crédito para compras no supermercado. Isso porque, às vezes os consumidores parcelam as compras do mês, e no mês seguinte terão que comprar novamente, e ainda estarão pagando o mês anterior”, explica Aline Soaper.

3. Substituição de produtos: “Trocar produtos que aumentaram muito de preço por itens com valor menor é uma ótima alternativa para economizar nos gastos da família. Além disso, dê preferência às marcas que oferecem melhor custo x benefício, seja ela uma marca branca, seja uma embalagem que oferece uma quantidade maior de litros e kg por preço. Isso vale para itens básicos como proteínas, por exemplo, trocar a carne bovina por outra mais em conta, assim adaptando cardápios com itens mais baratos. No caso de frutas e verduras, muitas feiras têm a hora da “xepa”, onde dá sim para encontrar itens bons para o consumo com preços mais em conta”, finaliza a educadora financeira.

Sobre Aline Soaper:

Fundadora do Instituto Soaper de Treinamentos de Desenvolvimento Profissional e Pessoal (Efinc), Aline Soaper é formada em Direito, com pós-graduação em Direção e Orientação Educacional. Há sete anos, a carioca atua como educadora financeira e formadora de outros especialistas nesta área. Empreendedora desde os 17 anos de idade, Aline era proprietária de uma escola de Educação Infantil, no Rio de Janeiro, em que atendia cerca de 150 alunos e gerenciava uma equipe de 45 pessoas. Ao perceber a dificuldade dos pais em pagar as mensalidades devido aos problemas financeiros, Aline decidiu mudar de vida e se especializar no ramo de finanças pessoais. No ano de 2015, iniciou sua atuação como educadora, oferecendo atendimentos individuais, palestras, treinamentos e cursos para o público final (empresários, analistas, etc.). No final de 2018, criou o Efinc, que hoje forma educadores financeiros e consultores de negócios pelo Brasil e mundo.

Sobre Leandro Rosadas

Leandro Rosadas é economista e especialista em gestão de supermercados, hortifrutis, atacarejos, padarias e açougues. Formado em economia pela UFRRJ. O carioca já atuou como professor universitário e consultor no mercado de varejo. Hoje, Rosadas é considerado uma das maiores referências entre os especialistas do seu segmento, sendo responsável pela formação em gestão de mais de sete mil proprietários de supermercados Brasil afora.


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