A “Super Quarta” promete!
*Fabio Astrauskas – CEO da Siegen Consultoria e Doutor em Administração
A "Super Quarta", como o mercado financeiro está chamando este dia 4 de maio, trará mais notícias preocupantes para a economia global, já tão combalida por sucessivas crises. Denominada de "super" porque nessa data tanto o Banco Central brasileiro e quanto o Fed dos Estados Unidos anunciarão suas novas taxas básicas dejuros, esta quarta-feira é aguardada com grande expectativa pelos efeitos negativos que poderá gerar.
Encurralados pela inflação, os dois bancos centrais deverão elevar novamente suas taxas básicas -- o Brasil em 1 ponto percentual, para 12,75% ao ano, e os Estados Unidos em 0,5 ponto, para um intervalo entre 0,25% e 0,50%.
Juros mais altos são sempre má notícia para economias que precisam se recuperar, mas na "Super Quarta" o que traz mais tensão é a sinalização que BC e Fed darão depois de suas reuniões desta quarta em relação a seus futuros passos. Tudo indica que eles acenarão com novas elevações dos juros, colocando por terra as previsões de que estaria se avizinhando o "fim do ciclo" de altas, principalmente no Brasil.
Pode-se questionar o timing e o ritmo da política monetária do Brasil e dos EUA, mas não há como negar: a inflação não para de subir em um cenário de sucessivos choques negativos que inclui desde a pandemia de Covid-19 até a guerra na Ucrânia, e que ficou ainda pior com os recentes lockdowns na China. Com esse pano de fundo, é provável que tenhamos ainda por um bom tempo uma sucessão de "Super Quartas" carregadas de expectativas negativas, já que a inflação não dá de trégua a uma economia global que vive um dos piores ciclos de sua História.
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