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Renda Fixa: vale investir nos CRIs e CRAs com a alta da Selic?

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Rob Correa, analista de investimentos CNPI e autor do livro “Guia do Investidor de Sucesso no Longo Prazo”, explica mais sobre as vantagens e desvantagens dos certificados de recebíveis e alerta para cuidados com o investimento

Com a taxa Selic atual em 11,75% ao ano e a alta crescente da taxa básica de juros nos últimos meses, a renda fixa vem chamando a atenção e se tornando cada vez mais atrativa para os investidores que buscam mais ganhos. Nesse contexto, os CRIs e CRAs podem apresentar oportunidades interessantes para o investidor.

Segundo Rob Correa, analista de investimentos CNPI e autor do livro "Guia do Investidor de Sucesso no Longo Prazo", a principal diferença entre ambos os ativos é a origem de seus recebíveis a serem securitizados. "No caso dos CRIs, seu lastro é um crédito relacionado a financiamentos de imóveis residenciais ou comerciais e contratos de aluguéis de longo prazo. Já os CRAs possuem lastro ligado à produção, beneficiamento ou comercialização de produtos do agronegócio. Ainda, CRIs e CRAs possuem remunerações específicas, prazos distintos e valores de recebíveis bastante diferentes", explica.

De acordo com o analista, os Certificados de Recebíveis chamam muito a atenção devido às vantagens tributárias. "A classe é isenta de Imposto de Renda e de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Sendo assim, a rentabilidade apresentada ao investidor já é líquida, sem descontos. Quanto aos custos, não há taxa de administração sobre os certificados, além de muitas corretoras tornarem possível a isenção da taxa de custódia ou corretagem", diz.

Há quem confunda os CRIs e CRAs com LCIs e LCAs, as letras de crédito dos segmentos imobiliário e do agronegócio. "As diferenças entre as classes são significativas. O comprador de uma letra de crédito se expõe ao risco da própria instituição financeira que a emitiu, ou seja, caso o banco emissor enfrentar problemáticas de liquidez, o investidor será diretamente afetado. Já no caso dos CRIs e CRAs, a diferença é que o risco ao qual o investidor é exposto é o das operações de crédito que constam nos certificados, não dependendo do risco da empresa securitizadora. O que importa nesse caso é a capacidade de pagamento de quem tomou o crédito da operação para financiar imóveis ou comprar máquinas agrícolas", esclarece.

Correa ainda alerta que, apesar de suas vantagens, os CRIs e CRAs são investimentos mais arrojados que CDBs e Tesouro Direto, por exemplo, pois não contam com a cobertura de garantia do FGC, disponível para a maioria dos títulos de renda fixa. Outro ponto dos certificados é que eles têm liquidez restrita, sendo uma opção não indicada para quem não quer manter o investimento até a data de vencimento.

Mas como escolher qual o melhor CRI ou CRA a investir? Rob Correa recomenda que antes de tudo o investidor tenha definidas as suas expectativas e metas de forma que possa encaixá-las nas principais características do papel oferecido: "Recomendo que seja definido o perfil do investidor juntamente ao objetivo final para o valor investido. É importante estar ciente do risco de cada papel, além de considerar o prazo da aplicação e a possibilidade de se precisar do dinheiro alocado antes do prazo de vencimento. Outro ponto é comparar rentabilidade e prazos oferecidos com as mesmas variáveis de outros investimentos recomendados para o mesmo perfil".

A fim de optar pela remuneração entre pré, pós-fixado ou atrelado à inflação, o analista recomenda se atentar ao objetivo ligado ao dinheiro investido: "Caso o investidor tenha uma aspiração de curto prazo e precisará do montante para uma viagem ou gasto significativo, é interessante optar pela modalidade pré-fixada, pois o investidor saberá com exatidão quanto seu capital irá render e poderá resgatar na data programada".

Já na situação de uma necessidade básica de construção de uma reserva de emergência ou de oportunidade, há mais vantagem de se considerar títulos pós-fixados, que sofrem influência da Selic ou do CDI. "Em uma terceira situação, indico papéis atrelados à inflação para a composição de um portfólio consolidado de renda fixa, a fim de proteger o investidor do impacto que os índices de inflação têm em sua rentabilidade real. Para mim, essa modalidade é a mais interessante e a que paga mais prêmios no momento. Em tempos de Selic com uma alta precificação e IPCA galopante, títulos atrelados à inflação quando bem gerenciados auxiliam o investidor a proteger seu patrimônio e auferir prêmios interessantes", esclarece.

Sobre Rob Correa: É analista de investimentos CNPI e fundador da Hedgepoint, escola de educação financeira. É investidor profissional certificado pela CVM e autor do Guia Do Investidor de Sucesso no Longo Prazo: Os Segredos Para a Independência Financeira. Investidor na bolsa de valores brasileira desde 2013 e na bolsa americana desde 2014. Criador dos Cursos Fórmula de Omaha (para investimentos no Brasil) e Hackeando Wall Street (para investimentos no exterior). Possui mais de 127 mil inscritos em seu canal no Youtube e mais de 52 mil seguidores no Instagram.


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