Dólar acumula queda diante do real
Na última segunda, a moeda fechou em queda de 1,05%. No ano, a queda é de 16,33% na comparação com o real
Nesta segunda (18), o dólar fechou em queda de 1,05% negociado a R$ 4,6477. No mês, a moeda já acumula baixa de 2,34% na parcial do mês. Já no ano, a queda é de 16,63% em relação ao real.
Para Paulo Henrique Filho, head de câmbio da Braúna Investimentos, a queda se dá devido à instabilidade nos mercados internacionais de câmbio no dia, com a liquidez reduzida pelo feriado na Europa. "A movimentação no mercado doméstico não diferia muito do desempenho do dólar no exterior, onde rondava a estabilidade perante as cestas de pares de países ricos", afirmou.
Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, explica que, com as taxas de juros americanas futuras subindo, a quantidade de dinheiro estrangeiro que entra no Brasil diminui, reduzindo a vantagem do real.
"Enquanto não tivermos mais previsibilidade dos EUA, a gente vai ficar nesses níveis. Acredito que não existe muito espaço para queda forte. Ainda vejo uma tendência de queda, porém gradativa. O mercado está bem mais lateral, sem apetite, não vemos fluxo novo porque inflação e cenário econômico estão tornando o cenário muito nebuloso. O mercado está em modo de espera. O real apreciou demais. A moeda americana é um índice mais seguro, porém o Brasil ainda tem vantagem por causa da Selic nesse patamar de juros altos e atrativos", explica.
De acordo com a B3, em três meses, de janeiro a março deste ano, o investimento estrangeiro na B3 teve o saldo de R$ 67 bilhões. Os dados refletem as operações feitas por esses investidores nos mercados à vista, opções e termo. Mesmo assim, a quantia fica bem à frente da de anos anteriores, reforçando um processo de retorno do capital estrangeiro para o Brasil após um distanciamento a partir de 2015, com a crise econômica.
Segundo Rob Correa, analista de investimentos CNPI e autor do livro "Guia do Investidor de Sucesso no Longo Prazo", além da entrada de dinheiro estrangeiro no Brasil, a taxa de juros no Brasil em 11,75% tem atraído investimentos. "Quando a taxa estava em 2%, não fazia sentido nenhum o gringo investir na renda fixa do Brasil. Quando o estrangeiro estuda as maiores taxas de juros do mundo, percebe que o Brasil é um dos que mais pagam e o país está em uma situação muito melhor que outros como a Rússia, que está em guerra", diz.
A alta dos commodities também tem contribuído para a valorização do real. Com a guerra entre Ucrânia e Rússia, isso se acelerou favorecendo os países produtores de commodities. "As commodities são negociadas em dólares. Quando os dólares entram no país, são transformados em reais. E isso faz com que a moeda brasileira se aprecie diante do dólar. O Brasil é o quinto maior entre os exportadores agrícolas do mundo. Só em 2021, o Brasil exportou US$ 55,4 bilhões", comenta.
Rob Correa recomenda ainda que o investidor saiba diversificar os investimentos tanto no mercado brasileiro como americano, por exemplo. "Cuidado em achar que esse cenário pode perdurar e que a moeda brasileira só vai continuar ganhando frente ao dólar. Esse é um ano de eleições, ou seja, muita volatilidade", diz.
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