Nova fase do Open Banking abre oportunidades de negócios e agiliza tomada de crédito
Em evento online realizado pela Acrefi, especialistas debateram os impactos da implementação da fase 3C, com a chegada do correspondente digital
A fase 3C de implementação do Open Banking trará uma nova figura ao sistema financeiro, o correspondente digital, e uma outra forma de buscar crédito em diversas instituições, com a concentração das propostas no mesmo lugar.
Para especialistas, que participaram da live “Open Banking e os desafios para encaminhamento de propostas de crédito'', realizada pela Associação Nacional das Instituições de Crédito (Acrefi), a implementação da nova fase, com resolução nesta semana que estabelece os requisitos técnicos e operacionais do serviço de encaminhamento de proposta de operação de crédito, simplificará e dará mais agilidade, segurança e transparência no processo de tomada de crédito. No entanto, o cronograma apertado para a conclusão dessa etapa continua sendo um desafio para o setor, que ainda trabalha na interoperabilidade das fases anteriores.
Mediadora do debate, Cintia Falcão, Consultora Jurídica da Acrefi , explicou que na etapa 3C de implementação, para solicitar um crédito, o consumidor não precisará ir a diversas instituições para avaliar a melhor oferta. “Haverá um mediador que vai enviar as propostas para todas as instituições, as quais você consente o envio de dados através de uma API, de forma padronizada. Isso vai tornar o processo muito mais seguro, simples e, acima de tudo, mais rápido - buscando uma melhor experiência para os clientes”, completou.
Cintia lembrou ainda que o Banco Central aprovou na última terça-feira, dia 22, a resolução 206 que especifica regras para encaminhamento de proposta de crédito dentro do Open Banking. A norma, segundo a autoridade monetária, permite o surgimento de correspondentes digitais no país com atuação no modelo “market place”.
Patrícia Cardoso, Executive Product Manager Open Banking e Dados da Portocred, avalia que, com a resolução, houve uma simplificação de escopo com o objetivo de estimular a oferta de crédito diante das perspectivas macroeconômicas do país, com superendividamento dos consumidores e maior busca por crédito. Para ela, a fase 3C é diferente das anteriores porque já entrega uma proposta de valor ao cliente.
“Então, a partir do momento em ele solicitar uma proposta de crédito e entrar no ecossistema do Open Banking, automaticamente recebe o valor. Diferentemente da implementação da fase 1 e 2, de dados e da fase 3A e B, da inicialização de pagamentos embrionários, o cliente já vai ter esse retorno, ou seja, o Open Banking e sua popularização ganham força. O cliente vai ter um benefício direto, que é comparar as propostas de crédito e escolher a que faz mais sentido”, afirmou.
Alexandre Barbosa, Consultor de Tecnologia na Omni Banco e Financeira , que disse esperar, com a figura de corresponde digital, a ampliação da atividade, que já supera 40 mil empresas no país. “É uma oportunidade revolucionária, transformadora, mas bem desafiadora. Temos trabalhado ainda na interoperabilidade das fases anteriores. Então, vemos com bons olhos que comece primeiro com os produtos mais simples para que possamos amadurecer as soluções”, disse.
Em termos de volume, Barbosa entende que a padronização, também refletida na regulação, é um benefício e simplifica a comparação de propostas. “O objetivo é pensar na transparência para o consumidor. Vemos com bons olhos as resoluções, tirando a questão do prazo de implantação que não foi ainda prorrogado, ficando no dia 30/03.”
Na mesma linha, Natália Cruz, Head de Open Finance da Sensedia, disse que o cumprimento do cronograma tem sido uma corrida contra o tempo, ressaltando a complexidade do processo de implementação. Segundo ela, isso inclui a instituição entender como está o seu ecossistema e perceber se está preparada para receber essa nova forma de se comunicar. “Para as instituições que ainda não têm no seu sistema uma forma de comunicação através das APIs (que é a forma padronizada e conjunto de normas serviços que temos para fazer a troca de informações entre os sistemas), o caminho para se adequar ao que a regulação tem pedido será mais longo.”
Natália ressaltou ainda que a padronização na troca de informações financeiras é importante por permitir a maior interoperabilidade entre essas instituições e pode facilitar o momento de encaminhamento de proposta do cliente. Em relação à fase 3C, prosseguiu a head, o processo ganha maior agilidade, e a experiência do cliente será melhor, a partir do momento que as propostas de crédito tiverem os mesmos campos de informações. “Isso porque ele vai receber N propostas de crédito com o mesmo formato, e a análise vai se tornar mais fácil. Vejo muitos benefícios para o cliente final e muitas oportunidades para o surgimento de novos negócios a partir dessa padronização. É a fase que vai trazer uma grande revolução e oportunidades além da regularização”, concluiu.
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