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Alta da Selic: quais investimentos ficam mais atrativos?

  • Sexta, 18 Março 2022 10:10
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Adriane Schultz
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
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Em meio a um cenário conturbado internacional com a guerra entre Ucrânia e Rússia, o Copom divulgou em comunicado nesta quarta (16) a subida da taxa Selic em 100 pontos. Com a elevação, a taxa passa a 11,75% ao ano, o maior patamar desde abril de 2017 quando estava em 12,25% ao ano. A penúltima decisão elevou a Selic de 9,25% para 10,75% no início de fevereiro. Boa parte do mercado acredita que o Banco Central deve estender ainda mais o ciclo de alta da taxa básica de juros ao longo do ano para conter a inflação.

João Beck, economista e sócio da BRA, escritório credenciado da XP Investimentos, acredita que o comunicado teve um tom bastante duro. “Apesar da magnitude esperada da alta, citou a guerra como um peso relevante para o balanço de riscos. O mercado esperava cautela diante de incertezas que o próprio evento traz, mas o comunicado foi enfático e ainda citou o efeito defasado que a alta recente das commodities pode impactar nos núcleos”, explica.

"O comunicado já antecipou uma alta de mesma magnitude quando, meses atrás, o mercado já esperava uma desaceleração nessa próxima reunião”, ressalta Beck.

Victor Barreto, sócio da Strati Investimentos, explica que a União Europeia passa por alta na inflação e, claro, que no Brasil a situação não difere: “No ano passado tivemos 10% de inflação e isso faz com que o Copom tome medidas para evitar a repetição desse número. Ele reduz o estímulo econômico para segurar os gastos da população. Isso, obviamente, impacta na economia de forma geral", completa.

Neste momento, segundo Rob Correa, analista de investimentos CNPI e autor do livro “Guia do Investidor de Sucesso no Longo Prazo”, as melhores opções de investimento agora estão nos investimento de renda fixa pós fixados (Tesouro SELIC e CDBs), para os investidores que possuem objetivos de curto prazo e não querem ver grandes oscilações patrimoniais.

“Com a SELIC encaminhando para a casa dos 12%, com perspectivas de alcançar o máximo de 13% em 2022, os Títulos do Tesouro SELIC acabam sendo os mais indicados para quem não quer correr o risco de marcação à mercado nos Pré Fixados, já que toda vez que a taxa de juros sobe, os prefixados caem”, diz.

Leandro Vasconcellos, CFP®️, Head da mesa de alocação Alta Renda e sócio da BRA, destaca ainda a indústria de fundos multimercados como boa opção de investimento nesse momento. “Existe um seleto grupo de bons gestores globais que são bastante habilidosos em capturar movimentos de preços globalmente. Nós temos notado o bom desempenho de algumas gestoras com esse perfil e essa tendência deve se manter daqui para frente”, complementa.

Segundo Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, o cenário atual é de forte volatilidade em que a maior dúvida do mercado é onde vai parar a Selic no fim de 2023. “Os números de inflação vem piorando e aumentando a expectativa de elevação de juros nessa curva. O mercado tem medo do que pode acontecer com a alta de juros no curto prazo, mas entende que inflação vai convergir para meta e cair futuramente. Por isso, a maior oportunidade é em aplicações de curto prazo com taxas mais altas”, afirma.

“Pessoas que podem se planejar no longo prazo podem aplicar em títulos IPCA +, que estão com taxas próximas a 6%. Então, se o investidor puder esperar e alongar aplicações que não precisar sacar antes do vencimento, pode aproveitar para alongar e ter tranquilidade maior no longo prazo”, comenta Jansen.

Ao longo de 2022, de acordo com Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos, a expectativa de uma redução nos juros ao longo do ano está ficando cada vez mais no retrovisor.

“Como toda política de ajuste de juros tem seus reflexos efetivos normalmente após seis meses da mudança de taxas, os bancos centrais vão ter que continuar acelerando as altas até que um cenário de estabilidade econômica se apresente e uma nova política de ‘menos juros’ rumo ao crescimento possa ser adotada”, afirma Idean.

Ramiro Gomes Ferreira, CGA, gestor de investimentos e sócio fundador do Clube do Valor, reforça a importância de, no longo prazo, o investidor entender que por mais que a Selic continue subindo, é preciso focar em diversificação e não apenas em um ativo. “Todo investidor tem que ter um alvo de composição de carteira no longo prazo. Esse alvo de composição de carteira deve depender de fatores internos. Se não lida bem com volatilidade e é conservador, o alvo será com mais peso em renda fixa. Se tem tolerância a risco e aguenta carteira no zero a zero, o alvo pode ser em renda variável”, diz.


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