Fintech transforma arte concretista em investimento

A Hurst Capital, maior plataforma de ativos alternativos da América Latina, acaba de lançar uma operação com obras do ícone brasileiro da arte concreta, Luiz Sacilotto. A fintech adquiriu um acervo composto por três obras intituladas Concreção “C 8199”, C 8720” e “C 9764”, cuja rentabilidade projetada é de 20,01% ao ano, em um prazo esperado de 18 meses e aporte mínimo de R$ 10 mil.

No início de dezembro será realizado um evento fechado na sede da galeria Almeida e Dale, para marcar o início da operação. Será um bate papo sobre a oportunidade de investimento, com participação de Augusto Salgado, da Hurst Capital, Valter Sacilotto, filho do artista e Denise Mattar, curadora de arte.

O acervo está sendo oferecido aos investidores por cerca de R$ 1,6 milhão. Além do expressivo histórico de valorização das obras, existe um importante projeto de valorização do artista em andamento.

Luiz Sacilotto (Santo André, 1924 – São Bernardo do Campo, 2003) é um ícone da arte concreta. Iniciou sua trajetória profissional como letrista e desenhista industrial em empresas de Santo André (SP). Por meio do contato com linguagens gráficas e visuais de seu ofício e de sua formação em pintura, Sacilotto passou a desenvolver interesse pelas formas geométricas. Sacilotto foi um dos fundadores do Grupo Ruptura, grupo de artistas que na década de 50 deu início ao movimento que colocou o Brasil na agenda mundial da arte.

Seus trabalhos navegam de forma abstrata pelas possibilidades geométricas, ópticas e tridimensionais. Obcecado pela perfeição e exatidão, explorou o uso de linhas, formas e cores. Hoje a arte concreta, de caráter geométrico, é uma das mais desejadas entre os colecionadores. Em 2016, Sacilotto passou a compor o acervo permanente do mais importante museu de arte moderna do mundo, o MoMA, em Nova York, com a obra “Concreção 58”.

Em 2021, a Galeria Almeida e Dale realizou em sua sede a exposição “Sacilotto – A vibração da cor”, seguido de um documentário e do mais completo livro biográfico sobre o artista. As três obras adquiridas pela Hurst estão disponíveis para visitação com agendamento.

“Sacilotto é um importante pilar da arte concreta brasileira. Suas criações contribuíram para novos rumos e possibilidades estéticas, que se mostraram relevantes o suficiente para ter espaço em importantes coleções internacionais. O fato de o artista estar presente no acervo permanente do MoMA é prova disso. Dessa forma, temos segurança de que a operação será bem-sucedida em todas as etapas”, afirma Augusto Salgado, diretor de Obras de Arte da Hurst.

Esta é a terceira operação com obras de arte realizada pela Hurst. A primeira ocorreu em junho, com três obras do brasileiro Abraham Palatnik, pioneiro da arte cinética no mundo. Em setembro, foi a vez de duas obras do modernista Di Cavalcanti serem adquiridas e colocadas à disposição dos investidores. Ambas foram bem sucedidas com suas quotas sendo vendidas rapidamente.