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Banco Central divulga ata sobre alta da Selic

  • Sexta, 05 Novembro 2021 07:22
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Adriane Galdino
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
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Nesta quarta, o Banco Central divulgou ata sobre a conjuntura atual e a última reunião na semana passada em que o comitê optou por subir a taxa Selic em 1,5%. Com a decisão, a taxa atual passou a 7,75%. No cenário básico, as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 9,5% para 2021, 4,1% para 2022 e 3,1% para 2023. Segundo a ata, esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 8,75% a.a. ainda neste ano e para 9,75% a.a. durante 2022, terminando o ano em 9,50% a.a., reduzindo para 7,00% a.a. em 2023.

De acordo com o Copom, esse ritmo de ajuste (1,5%) é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante. O texto também diz que, para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude.

Para João Beck, economista e sócio da BRA, a última reunião do Copom foi uma das que teve maior dispersão de opiniões do mercado dos últimos anos. "De toda forma, a própria decisão da diretoria foi unânime, o que mostrou comprometimento técnico e a independência de que o Banco Central vai seguir a cartilha e não se deixar influenciar pelo governo", afirma.

Segundo o economista, o comunicado divulgado na semana passada foi ligeiramente mais objetivo que os anteriores. "No balanço de riscos, o Banco Central aponta exatamente a perda da âncora fiscal como motivo não só para uma elevação de 150 pontos acima da trajetória anterior de 100 pontos. Mas também sinaliza mais uma alta de mesma magnitude. No geral, foi um comunicado firme, objetivo e que passou a mensagem de que irresponsabilidade fiscal será remediada com mais juros. Mostrou também um Banco Central independente e que persegue a meta de inflação", diz.

Com a alta da taxa Selic, Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, acredita que os investidores devem ficar atentos em aplicações prefixadas de curto prazo para terem bons rendimentos.

"Com o aumento de juros, muitos clientes podem focar em aplicações prefixadas de curto prazo. Chamo a atenção para o fator imposto de renda. Se o cliente de renda fixa puder evitar aplicar em produtos que tenham imposto, será beneficiado nesse cenário de aumento de inflação e de juros. De maneira prática, vale aplicar em LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures, que são produtos isentos de imposto de renda", comenta.

Segundo ele, há muitas oportunidades em renda fixa hoje para serem aproveitadas, o que em janeiro não seria possível. Hoje o investidor tem um leque de opções para escolher.

Na renda variável, Jansen indica ficar de olho em ativos na bolsa que ganham com alta de inflação e juros. "Setores de bancos, seguradoras e energia repassam a inflação para os preços. Já empresas que dependem de crédito e não têm caixa como as ligadas ao setor de tecnologia e construtoras se prejudicam. Se o investidor puder também se diversificar ao redor do mundo, apesar do dólar estar mais alto, é importante", afirma.

Para Beck, os títulos indexados à inflação são boas opções nesse momento de inflação alta: "Contam com remuneração bem atrativa para aqueles investidores que têm pretensão de carregar o título até o vencimento. Basta que o investidor escolha o título que entenda que não será preciso se desfazer no meio do caminho para alguma necessidade de curto prazo".

De acordo com o especialista, nesse cenário de alta de juros, os pós-fixados também são muito indicados. "O pós-fixado é o mais beneficiado em meio a alta de juros e da expectativa crescente de juros. Quem pode se prejudicar são pessoas que compraram título prefixados em janeiro, por exemplo, já que não sabíamos que os juros subiriam nesse patamar. Cada vez mais a expectativa de alta está subindo e quem ganha é o pós-fixado", finaliza.


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