O setor do turismo tem recebido muita atenção nesse segundo semestre de 2021.

Muito por conta da demanda reprimida, os viajantes viram os índices da taxa de transmissão de COVID-19 caírem no país (média móvel de contaminações no Brasil registra menor nível desde novembro de 2020¹) e prontamente voltaram a programar viagens, reservas em hotéis e excursões, principalmente para o final deste ano: isto acabou por atrair olhares do mercado financeiro.

Diante deste cenário, a fintech GYRA+, que democratiza e otimiza de forma digital os empréstimos de créditos para pequenas e médias empresas, começou a olhar mais atentamente para parcerias com plataformas de viagens. Em seu último boletim, a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) divulgou o balanço de sua pesquisa referente ao mês de julho sobre as consequências da pandemia nos negócios, além de tendências de vendas, destinos e expectativas de faturamento e retomada entre suas associadas. O resultado foi que, em julho, 17% dos associados chegaram ou ultrapassaram o patamar de vendas pré-pandemia e que 88% dos pacotes comercializados no período são para destinos domésticos.

Rodrigo Cabernite, CEO da fintech GYRA+, afirmou ter sido a solução White Label (conceito de comprar um produto ou serviço de uma marca e revender como seu) que mais chamou a atenção dessas plataformas focadas em viagens para realizar algum tipo de parceria. Ao utilizar os serviços de leitura de dados da GYRA+, fica possível oferecer para os seus clientes um produto a mais, hoje em dia visto como o principal sistema que tem no mercado para oferecer crédito e capital de giro.

No balanço realizado pela Braztoa, outro dado se destaca: o número referente a viagens internacionais também subiu. Utilizando informações das operadoras associadas, 94% já apresentaram vendas internacionais, sendo 71% das vendas para embarque no mesmo mês ou no mês seguinte.

Para a GYRA+, a vantagem existe em ter parceiros de um segmento com uma demanda muito forte para 2022 e que consiga trabalhar de forma digital. “É um casamento realmente que tem um potencial enorme. Eles têm os clientes, os dados e nós temos a inteligência e o funding. O turismo é um dos principais segmentos com oportunidades de negócios para a reabertura. Estrategicamente, essa foi a nossa ideia de estar com eles. Nós trabalhamos com algoritmos que leem dados, então quanto mais histórico, quanto mais dados por trás nós tivermos, mais precisa é a decisão”, explicou Cabernite sobre ter parceiros com uma gama muito grande de clientes, o que torna possível acessar novas empresas.

E, para que tudo funcione, a grande chave está em saber interpretar os dados. Existem dois tipos de turismo atualmente: um que já está em alta, referindo-se a passeios, praias e pousadas, e outro, mais executivo, como hotéis à beira de estradas, que ainda não decolou. “Estamos vendo que os segmentos do turismo de lazer estão voltando com mais força do que o turismo de negócios. Temos R$ 80 milhões para o segmento nos próximos meses. Estamos com uma boa demanda e queremos dobrar esse volume em 2022”, analisou Cabernite.

1 - https://covid.saude.gov.br/

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