Criptomoedas: cresce interesse por casas de câmbio digitais na América Latina

● Em abril, a América Latina registrou 95 mil menções em relação às casas de exchange nas plataformas digitais

● Maioria dos países apresenta tendências ascendentes na subcategoria de investimentos

A Comscore acaba de divulgar um levantamento sobre as plataformas de câmbio (exchange) de criptomoeda na América Latina e no Brasil e registrou o peso crescente desses ativos no diálogo financeiro global e nas redes sociais. Durante abril de 2021, na América Latina as principais redes sociais do mundo registraram 95 mil menções em relação às exchanges: mais de 90% foram realizadas pelo Twitter e representam um incremento de 30% em comparação ao mês anterior.

“O interesse pelas criptomoedas é consequência da nova revolução tecnológica e econômica que trouxe o conceito do blockchain, que garante um controle descentralizado e livre de intermediações, possibilitando também a redução de custos e de tempo nas transações em comparação com outros sistemas de investimentos”, comenta Eduardo Carneiro, diretor geral da Comscore. No Brasil, mesmo com queda de 41% no segundo trimestre, o bitcoin foi apontado como o melhor investimento no País no semestre. A criptomoeda foi o único ativo a superar o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M), que subiu 15% no primeiro semestre.

Na análise da Comscore, os investimentos digitais a partir do panorama da América Latina revelam que a maioria dos países da região apresentou tendências ascendentes na subcategoria de investimentos em relação a alcance. Os destaques vão para Colômbia e Argentina, países que registram um crescimento de mais de 100% em investimentos digitais entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021.

A pesquisa aponta, ainda, que essa tendência não só se limita ao uso e acesso a plataformas de investimentos digitais. Segundo o ranking do CoinMarketCap, entidade que classifica e pontua as principais casa de câmbios com base no tráfico, liquidez, volumes de comércio e confiança na legitimidade dos volumes de comércio reportados, a Binance e a Coinbase Pro classificam-se como as casas de câmbios com maior pontuação, dados esses confirmados pelas redes sociais da América Latina.

No levantamento da Comscore, a Binance mostra mais de 60% das menções sociais, seguida pela Coinbase com 15%. As duas são as casas de câmbio que geram maior volume de menções na região. Além dessa alta, a Binance também apresenta crescimento e alcance da sua plataforma na América Latina, especialmente na Argentina e no Brasil, onde registrou maior alcance multiplataforma durante fevereiro de 2021.

Já em relação aos dados de tendências de visitantes únicos na Binance durante o último ano, embora a tendência de usuários multiplataforma seja similar tanto na Argentina quanto no México e Brasil durante os últimos meses, o comportamento de uso é muito diferente em cada mercado. No Brasil, os acessos feitos exclusivamente via dispositivos móveis representam 83% do total, com um consumo médio de minutos diários por visitante de 42 minutos.

Dessa forma, a Comscore identificou que a estratégia de conteúdo social da Binance também consegue captar a atenção de muitos usuários. Em abril de 2021, após um anúncio estratégico na conta oficial da companhia no Twitter, a Binance alcançou um volume de mais de 3,9 mil menções em social media. Neste mesmo mês, a Coinbase também registrou um alto volume de conversação nas redes, quando se tornou a primeira companhia de moeda virtual a entrar no Nasdaq. Este feito estabeleceu mais de 271 mil menções sociais a nível mundial, sendo a América Latina responsável por 1,4% desse volume.

“Sem dúvidas o comércio das criptomoedas é mais que uma tendência e está forte na região latino-americana. A grande revolução tecnológica no setor impacta o comportamento dos usuários on-line e off-line. Com isso, é preciso estarmos atentos às possibilidades que as criptomoedas podem oferecer ao mercado”, finaliza Carneiro.

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