Cadastro geral de empregados e desempregados (Caged) reforça sinalização positiva para o mercado de trabalho brasileiro, com criação de 280 mil novas vagas formais em maio
Marco A. J. Caruso
Lisandra Barbero
Em mais um dia positivo para o mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) apontou para um saldo geral superior a 280mil novos postos formais de trabalho em maio. O resultado ficou abaixo da nossa expectativa (de 362 mil), mas acima do consenso de mercado, que previa um saldo positivo de 152 mil novas vagas no mês.
Apesar do aumento marginal do número de demissões, o saldo positivo foi influenciado principalmente pelo aumento do ritmo de contratações. As admissões intermitentes, por exemplo, cresceram 34,7% m/m, enquanto as parciais aceleraram 6,5% m/m.
Pela perspectiva setorial, assim como nos resultados da PNAD Contínua divulgados ontem (30/06/21), o principal destaque positivo foi o setor de Serviços, cujo ritmo de admissão cresceu mais de 20% no período (na série livre de efeitos sazonais). Dentro do setor, as atividades que mais se destacaram foram especialmente: 1) alojamento e alimentação, 2) serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas e 3) “outros serviços”. O setor comercial também apresentou ritmo significativamente elevado de contratações no mês, além de todos os demais setores (agropecuária, indústria e construção civil) também terem apresentado saldos positivos.
O salário médio real de admissão, por outro lado, passou de R$ 1873,33 em abril para R$ 1797,10 em maio. A desaceleração, ao nosso ver, reflete especialmente o aumento mais acelerado dos empregos no setor de serviços, que normalmente oferecem salários marginalmente inferiores aos dos demais setores.
Olhando para frente, continuamos esperando que o mercado de trabalho formal siga apresentando bons resultados. A renovação do BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda), a recuperação dos empregos no setor de serviços – em meio ao avanço da vacinação e à melhora gradual da pandemia – e o aumento mais acelerado das contratações temporárias nos últimos meses corroboram esse entendimento.
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