Com a Selic em 4,25% ainda é um bom momento para o crédito
Para Andre Luiz Silva, da a55, é preciso ficar atento à sinalização de novas altas no futuro
Com o avanço da crise sanitária causada pela Covid-19, a inflação voltou a assombrar as análises econômicas. Com isso, o Comitê de Política Monetária (COPOM) aumentou pela terceira vez consecutiva a taxa básica de juros, que chegou a 4,25% na conclusão da reunião da última quarta-feira (16). Esse movimento impacta diretamente a oferta de crédito no país. “A Selic é uma das principais referências para o segmento de crédito, com efeitos reais na produção, consumo, controle da inflação e estímulos à atividade econômica", comenta Andre Luiz Silva, Chief Operating Officer da a55, fintech que viabiliza crédito para empresas de tecnologia e receita recorrente.
Para o segmento de crédito, apesar da alta, a Selic está se mantendo num patamar considerado baixo. “Ainda é um bom momento para o crédito, porque mesmo subindo 0,75% o impacto real não será tão sentido no curto prazo. O repasse para os tomadores deverá ocorrer nos próximos meses, tudo isso aliado ao fato de que para operações de crédito de fintechs, a origem do recurso normalmente é um fundo de investimento e sua performance pode estar atrelada a outros índices que não o da taxa Selic, nesses casos o aumento não pioraria a taxa do crédito necessariamente.” afirma Andre Luiz. Além da taxa básica de juros, são considerados outros fatores na hora de definir os juros cobrados, como o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Porém é preciso ficar atento, pois o COPOM sinalizou que devem haver mais altas nas próximas reuniões, respondendo principalmente à inflação e a um real bastante desvalorizado. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. “Com a Selic em patamares baixos, a tendência é de que o crédito fique mais barato, estimulando a atividade econômica. Quando ela aumenta, a finalidade é conter a demanda aquecida para gerar reflexos nos preços e efeitos importantes no câmbio, ao atrair capital para os papéis públicos”, diz Andre.
Desde agosto de 2016, o COPOM começou a cortar a Selic, derrubando o índice que estava em 14,25% até a mínima da série histórica de 2% em agosto de 2020. A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Sobre a a55
Fundada em 2017 por Hugo Mathecowitsch e André Wetter, a55 é uma fintech que viabiliza crédito para empresas de tecnologia e receita recorrente, por meio de uma plataforma que conecta contas bancárias, soluções de custódia, faturamento, meios de pagamento e inteligência de crédito. Para financiar esses créditos, a a55 tem operações de securitização, como emissões de debêntures, e um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), tendo financiado mais de R$200m no Brasil e México em mais de mil operações, ajudando mais de 200 empresas a impulsionar seus negócios desde o início de sua operação. A fintech conta com mais de 80 colaboradores com escritórios em São Paulo, Florianópolis e México.
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