Governo insiste em criação de fundos imobiliários para impulsionar a venda em massa de imóveis da União
O governo federal decidiu que vai apostar na atratividade dos fundos imobiliários para criar, até o fim deste ano, mecanismos que garantam uma venda em massa dos seus 708 mil imóveis. A modalidade de investimento já é bastante tradicional no setor privado, e a sua adoção pelo poder público está autorizada desde 2015, mas esta será a primeira vez que a União criará o seu próprio fundo.
A estratégia tem objetivo claro: reduzir o estoque pertencente à federação, cuja lista inclui diversos imóveis gigantescos, com valores que superam a casa dos R$ 500 milhões. Por isso, a expectativa do governo é de que o fundo movimente entre R$ 15 e R$ 30 bilhões até 2022.
Embora a criação já seja considerada resolvida no Planalto, ainda resta a dúvida se o governo permanecerá como um cotista dos fundos imobiliários ou se vai repassar sua parte para uma empresa. De toda forma, existe o entendimento de que a gestão seja feita por uma empresa privada.
Na lista dos imóveis que serão incorporados aos fundos, existem alguns que possuem gestão compartilhada, cujos proprietários são a União e um particular. Para estes, será feito um projeto-piloto para a aquisição de partes relativas ao governo federal.
Samuel Ferreira da Silva, gestor imobiliário do Grupo MBL (que detém a Silva Empreendimentos e a Fonsil), vê com bons olhos a proposta da União, especialmente para os pequenos investidores. “Apostar nos fundos imobiliários oferece boas vantagens. Eles permitem a aquisição de fragmentos de imóveis a preços acessíveis e com isenção fiscal. Levando-se em conta que são imóveis da União, presume-se que a ocupação sempre existirá, e isso é garantia de retorno mensal para o investidor”, avalia.
“É importante que o governo abra mais meios de acesso a microinvestidores. Se já havia a modalidade de aplicação em Tesouro Direto e de oferta de ativos públicos, os fundos imobiliários serão mais uma opção segura de bom investimento com a marca da União”, conclui.
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