Economia da longevidade: fintechs e lawtechs crescem ao oferecer serviços personalizados para melhorar a vida do idoso
Pessoas com 65 anos, conhecidos também como Baby Boomers, já redevem ser 25,5% do total, segundo dados do IBGE. Além disso, estima-se presentam mais de 10% da população brasileira e, até 2060, os idosos que em 2030 o Brasil terá a quinta população mais idosa do mundo e em 2060 terá mais idosos do que jovens, de acordo com o instituto de pesquisa. Com foco nessa parcela da população que nasceu a economia prateada, modelo que vem se destacando impulsionado principalmente pela aceleração digital causada pela pandemia.
A economia prateada é representada pelas atividades econômicas associadas às necessidades das pessoas com mais de 60 anos e dos produtos e serviços que elas consomem ou um dia irão consumir. Essa “economia da longevidade” já é a terceira maior atividade econômica do planeta, movimentando cerca de US$ 7,1 trilhões anuais.
Um exemplo de empresa que teve um olhar diferenciado e focou neste público é a Prestho - fintech de Minas Gerais que criou uma uma tecnologia 100% digital com jornada exclusiva voltada às pessoas maduras para facilitar o acesso ao crédito consignado. A fintech dedicou 12 meses de estudos e testes com pessoas reais, antes de lançar a plataforma para o mercado a fim de entender o perfil e as necessidades específicas do público endereçável. Patrícia Soares, CEO da Prestho, explica que construíram a tecnologia pensada totalmente na experiência do usuário, levando uma alternativa para as pessoas 60+ que muitas vezes precisam deste serviço, mas que não conseguem se deslocar ou não são aceitos nos bancos tradicionais.
“Levamos em consideração que a navegação deste público é diferente por não serem nativos digitais. Tem necessidades e dificuldades bem específicas. Isso demanda um novo olhar com mais cautela por meio das empresas. O uso de aplicativos, por exemplo, é algo que está começando nesta faixa etária. Mesmo assim, o idoso está mais conectado, curioso e viu na tecnologia uma forma de ter liberdade e autonomia para realizar tarefas rotineiras, como pagar uma conta, solicitar um delivery e até mesmo, contratar um empréstimo”, explica a especialista.
Já o Previdenciarista.com é uma lawtech que nasceu com objetivo de ser o braço direito do advogado previdenciário, atuando por meio de uma plataforma inteligente que oferece serviços para que os profissionais economizem tempo, minimizem possíveis erros de cálculos e automatizam processos das suas rotinas previdenciárias, tudo para prestar um serviço ainda mais de qualidade para o seu público final: os idosos.
“O fato é que o Brasil está envelhecendo. As aposentadorias como um todo respondem por 58% dos benefícios pagos pela Previdência. Ou seja, são 20,3 milhões de aposentadorias pagas todo mês no Brasil, das quais 10,7 milhões são aposentadorias por idade. Esse público só tende a crescer e estão cada vez mais confiando e familiarizados com a tecnologia. Contratos já são assinados de forma digital, envio de documentos já são armazenados em nuvem, entre outras ações que já fazem parte da rotina do idoso”, comenta Renan Oliveira, advogado e co-fundador da lawtech.
Só para se ter uma ideia, nos últimos meses, a plataforma realizou mais de 1 milhão de cálculos previdenciários para mais de 400 mil segurados do INSS, crescendo 100% durante a pandemia e conquistando mais de 9 mil clientes em sua base.
Idosos conectados: mercado se adapta para inclusão da terceira idade
Os idosos estão cada vez mais adeptos a tecnologia, fazendo com que empresas de diversos ramos, como o financeiro por exemplo, estejam direcionando suas pesquisas e investindo cada vez mais em ações e produtos customizados. Segundo uma pesquisa feita pelo SPC Brasil, os “sêniores digitais” detêm alto poder de compra e estão com a vida financeira mais estável, o que aumenta seu potencial de consumo e sua disposição para gastar mais.
Nos EUA, por exemplo, metade da população entre 52 e 70 anos passa pelo menos 11 horas por semana online. No Brasil, esse público responde por 23% do consumo de bens e serviços, com uma renda anual estimada em R$ 940 bilhões.
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