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Tendências para a construção de data centers

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Questões como crescimento em escala, necessidade de energia e redução de custos operacionais mudam as formas de construção dos novos DCs

Por Luís Domingues*

O setor de data centers é um segmento em expansão e de vital importância para os negócios, seja para suportar cargas de trabalho de legado ou aplicações com requisitos específicos. Segundo as previsões do IDC Brasil para o ano de 2022, quase 90% das empresas contarão com um DC próprio ou terceirizado este ano. Com um mercado cada vez maior, as demandas de energia têm crescido em alta velocidade.

Inicialmente, o processo de crescimento em escala implica uma certa complexidade. Afinal, não é apenas aumentar o número de megawatts. Quando as coisas dão errado em escala, as consequências são muito maiores. É nesse cenário, ter uma equipe de liderança experiente e preparada para esses projetos é essencial. Como lembra o especialista Pete Jones, diretor de desenvolvimento da Yondr no estudo Construindo em Escala (publicado pela consultoria DCD), quando se começa a escalonar, quanto mais você cresce, mais complexo é o processo.

Mas com os data centers de hiperescala na nuvem por mais de uma década, o processo de construção de grandes estruturas em larga escala mesmo no meio de áreas desertas flui bem. No caso da Yondr, a adoção do DC HyperBloc da empresa (150-300 MW) foi um problema muito menor que o MetroBlock (40-150 MW).

O Google, por exemplo, sabe como construir grandes campos, porém está agora focado em levar os custos o mais próximo possível dos gastos brutos com insumos, como cimento ou aço. Os fabricantes que constroem UPSs e geradores em algum momento recebem margens realmente pequenas. Apesar de os maiores construtores terem feito um bom trabalho para se tornarem realmente eficientes, é preciso entregar mais rápido e mais barato. Para conseguir isso, a empresa está passando por mudanças na forma de projetar e construir suas instalações.

Cada data center é diferente, pois leva como base a tecnologia disponível na época. O desafio, segundo o Google, é reduzir o prazo de entrega e ser o melhor da classe em termos de cronograma e custos em meio a um processo de mudança contínua. Para isso, a empresa está padronizando não apenas o projeto, mas sua estratégia geral de execução, bem como desenvolvendo todos os sistemas em uma série de produtos que são construídos com uma estratégia de execução complexa.

O sistema padronizado incorpora muito trabalho de design na linha de frente para construir uma estratégia de modularização, em vez da construção tradicional em campo. Em sua nova geração de projetos de data center, o Google busca retirar 50% das horas de trabalho do canteiro de obras e movê-las para instalações fabris. Assim, antes de começar a quebrar tudo, a empresa cria um pacote de trabalho que define toda a lista de materiais para um escopo de trabalho, incluindo as horas trabalhadas e o tamanho da equipe, além do custo de componentes. Resultado: as mudanças ajudaram o Google a reduzir o tempo de construção de 22 meses para menos que 18 meses (tempo que deve cair em breve para apenas 12 meses), com redução de custos e melhor previsão de demanda.

E os grandes players da área de hyperscale não estão mudando apenas a forma de construir data centers, mas também o local onde eles são construídos. Como explica outro especialista no assunto, Brian Doricko, vice-presidente de desenvolvimento da CyrusOne, as maiores empresas costumavam construir data centers de 200 a 400 megawatt e tudo ficava no local. Agora estas empresas estão vendendo mais serviços na nuvem, e seus clientes querem saber se suas aplicações estão disponíveis em qualquer lugar. Somadas leis de residência de dados, demandas de latência e concorrência acirrada pela nuvem, temos uma realidade em que os data centers hyperscale não podem simplesmente “viver” no deserto. E agora migram para as áreas metropolitanas.

Voltando ao exemplo do Google, a empresa esteve nos últimos anos predominantemente em cinco campos dentro da Europa, Oriente Médio e África, em data centers em escala relativamente larga, variando em torno de 32 MW a 60 MW por data center, com múltiplas instalações em cada campo. Agora, encara uma pequena mudança em sua estratégia.

Nas palavras de Paul Henry, diretor regional da Google para implantação de infraestrutura de data center na Europa, Oriente Médio e África, trabalhar em escala na região é observar como entrar em todas as metrópoles para as quais precisa expandir, em um ritmo acelerado. Assim, o Google está se afastando dos cinco principais campos em quase todos os níveis. Em muitos lugares, isto começa com cerca de 3 MW, então atingem capacidade para escalonar e podem seguir na direção do projeto padrão atual, que é uma instalação de 88 MW. Então é possível expandir para um local onde pode ter quatro ou cinco prédios dentro de um campo. Começa pequeno, mas em inúmeras metrópoles. E então se expande rapidamente. Este é um tipo diferente de escala. Com isso, o Google pretende estar em breve em cada país da Europa, Oriente Médio e África.

Questões como a necessidade de crescimento em escala, consumo de energia, redução de custos operacionais e o tipo de local adequado para abrigar os data centers estão mudando as formas de construção e o futuro desse tipo de instalação.

*Luís Domingues é o engenheiro sênior responsável pela área de engenharia de sistemas da CommScope para o Brasil


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