Operadoras de Telecom do Nordeste ampliam representatividade e atuação na região

As empresas de telefonia e internet que atuam no Nordeste estão ganhando mais espaço para trabalhar junto aos governos estaduais e municipais e empresas concessionárias de serviços públicos. A partir de uma ação em Recife, representantes do setor iniciam ações para melhorar a prestação dos serviços e criar um ambiente que favoreça o desenvolvimento das telecomunicações, inicialmente tratando de um tema que será estratégico para a implantação do 5G no país: o compartilhamento dos postes que sustentam redes de fibra óptica, cabos para distribuição de energia elétrica e iluminação, além de antenas de telecom.

Esta ação será realizada pela TelComp, uma associação que representa mais de 70 operadoras de Telecom competitivas e que já vem participando de decisões regulatórias estratégicas em âmbito nacional, como na análise da venda da Oi Móvel pela Anatel e pelo Cade. A Associação acaba de revisar sua missão institucional, dando foco ainda maior à articulação com agentes regulatórios nacionais e regionais, fortalecendo o apoio às empresas no momento em que se inicia a implantação do 5G no Brasil, o que vai abrir um universo de oportunidades para o crescimento de toda a economia.

Integrante do Conselho de Administração da TelComp, o empresário Rui Gomes, CEO da Um Telecom e anfitrião desta primeira atividade regional, avalia como extremamente positiva para as empresas de telecomunicações do nordeste esta nova configuração da entidade e sua maior regionalização. “A região Nordeste tem sido uma das que mais cresce no fornecimento de serviços de internet; mas precisamos que nossa representatividade se intensifique para termos uma infraestrutura adequada e um ambiente de desenvolvimento, para oferecermos serviços de internet e telefonia cada vez melhores e mais acessíveis à população”, diz.

Com sua atuação em âmbito nacional agora ampliada, a TelComp terá comitês, especialmente de infraestrutura, que auxiliarão as empresas de telecomunicações associadas em temas como coordenação de obras compartilhadas, relacionamento institucional com prefeituras e governos estaduais, detentores de “direito de passagem” em rodovias e ferrovias, além de distribuidoras de energia elétrica.

“O Nordeste vem se destacando no setor, sendo da região uma das empresas a participar, com êxito, do leilão de frequências do 5G, além de contar com estruturas estratégicas para as telecomunicações de todo o país como o hub de cabos submarinos e o Porto Digital, em Fortaleza, ou o Ponto de Troca de Tráfego em Recife. Além de ter muitos provedores regionais de internet, empresas de telefonia móvel e uma invejável rede de cabos de fibra óptica que conecta todas as cidades do estado, o que mais do que justifica intensificarmos nossa atuação junto aos governos e outras empresas que tenham intersecção com o setor de Telecom”, avalia Luiz Henrique Barbosa, presidente da TelComp, que estará em Recife nos dias 23 e 24, para liderar a primeira iniciativa regional dos comitês técnicos da Associação.

Quem são as Operadoras Competitivas

As empresas competitivas são as operadoras de pequeno porte cujo market share individual é de, no máximo 2%, em banda larga no Brasil (todas as empresas do setor, exceto as 4 maiores); mas, em conjunto, têm 44% das conexões de Banda Larga Fixa. Nos últimos quatro anos, as Competitivas conquistaram mais de 12 milhões de novos acessos em banda larga, sendo, desde 2017, as únicas do setor a registrarem crescimento.

De acordo com uma pesquisa da Teleco, 73,2% dos acessos por meio de operadoras competitivas – que lideram o mercado em 84% dos municípios brasileiros - são de velocidades maiores que 34 Mbps. Este índice é superior ao da média oferecida para os clientes das grandes operadoras.

Algumas das empresas associadas da TelComp que atuam na região Nordeste, são: Algar, Aloo, Mob, Wirelink, Mundivox, Um Telecom, Lumen e BR Digital.

Sobre a TelComp

Fundada em janeiro de 2000, a TelComp reúne mais de 70 operadoras de telecomunicações e atua para promover a competição como alavanca para o desenvolvimento do setor. É uma entidade plural que representa os interesses de operadoras de telefonia fixa e móvel; banda larga e acesso à internet; TV por assinatura; data centers e serviços corporativos. Sua reputação institucional foi construída ao longo dos anos, a partir da coerência de seus posicionamentos na defesa de teses importantes para a o fomento à competição e o desenvolvimento das telecomunicações, a espinha dorsal da economia digital. Com legitimidade reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, é interlocutora no setor, representando suas Associadas perante os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e, em especial junto a Anatel, assim como Ministérios, Congresso, Governos Estaduais e Municipais, Tribunal de Contas da União e o CADE.