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Oportunidades e tendências do audiovisual marcam as discussões do segundo dia da MAX 2020

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Luciana d’Anunciação
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Nesta terça-feira (17/11), teve início a programação on-line de debates e painéis da 5ª edição da MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo. O evento gratuito, promovido pelo Sebrae Minas, Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais termina na quinta-feira (19/11). As inscrições para as capacitações oferecidas durante o evento ainda podem ser feitas pelo site www.max2020.com.br.

Na abertura oficial do evento, Mauricio Kotait, vice-presidente da ViacomCBS Networks Brasil falou sobre o mercado, tendências e antecipou o lançamento da Pluto TV, streaming gratuito da ViacomCBS, que chega ao Brasil ainda em dezembro deste ano. Serão 24 canais com conteúdo gratuito sob demanda e mantidos com receita de publicidade. Durante sua apresentação, Maurício convidou os espectadores e players da MAX a participarem do projeto e enviarem seus conteúdos para a plataforma.

Logo em seguida, foi realizada a primeira sessão “Diálogos”, com o tema “Caminhos da Coprodução Internacional”. O palestrante convidado foi Diego Ramirez Schrempp, produtor executivo da Dynamo. Em 2016 e 2017, supervisionou a produção da série “Narcos” para a Netflix e, durante 2018, foi o principal produtor de “Falco”, a primeira série Dynamo feita no México para a Amazon, que ganhou em 2019 um Emmy Internacional. O produtor também foi o showrunner da série “Frontera Verde” para a Netflix (ideia original sua).

Ao lado de Carolina Alckmin, diretora de negócios e produtora executiva da Glaz Entretenimento, Schrempp explicou sobre os caminhos e tendências para o mercado pós-pandemia. “Ainda vivemos com restrições. O nosso modelo de trabalho foi totalmente alterado e tivemos a oportunidade para refletir e analisar como podemos fazer as coisas de maneira certa. Existem processos e tecnologias que antes não eram utilizadas e, que hoje, estão sendo implementadas de forma robusta e eficaz. O coronavírus foi uma dura lição”, destacou Schrempp.

Ele também ressaltou que a pandemia possibilitou a busca de novas histórias, instigou a criatividade, e destacou que os próximos anos serão munidos por “incríveis materiais e matérias-primas”. Outro ponto interessante do “Diálogos” foi o debate sobre o fim da barreira idiomática, já que as audiências são globais e não mais limitadas pela barreira do idioma e a produção de nichos.

“Agora podemos escolher uma história de roubos em inglês, espanhol, alemão, português e em outras línguas. ‘Narcos’ traz uma história tão potente, que é global, pois tem foco em valores universais como amor e medo. As novas gerações estão engajadas com temas políticos, sociais, diversidade e inclusão. As possibilidades de criação são inúmeras, por isso precisamos pensar, criar e trabalhar com nichos, pois é onde encontramos mais oportunidades”, justifica Schrempp.

Sobre a questão das coproduções, tema de grande interesse do público, Diego Ramirez deixou claro que, pela primeira vez, sente que este é um excelente momento para os produtores e geradores de conteúdos. “Se tivermos o valor mais ativo – o conteúdo – teremos mais condições de negociar. Hoje, as opções são mais amplas e podemos procurar diferentes players e ver o que funciona melhor para cada um de nós. O dinheiro pode entrar antes, durante ou depois do projeto. Conseguimos fazer coproduções com compartilhamento de custos e de mercados, com negociações cada vez mais viáveis e interessantes”, afirma.

Houve ainda debate a produção de IPs (Propriedade Intelectual), que deveram ser mais valorizadas no futuro. “Para virarmos este jogo, precisamos criar aqui na América Latina a nossa própria ‘Casa de Papel’ ou ‘Game of Thrones’. Aí sim, teremos força e valor para negociar”, diz Schrempp.

No caso de uma futura parceria entre a Dynamo e os produtores independentes brasileiros, Ramirez adianta que temas ligados à Amazônia e o escândalo da Odebrecht são de interesse e podem render bons projetos.

Show me the Fund

Na parte da tarde, um dos painéis de destaque foi o “Show me the Fund”, realizado pelo Brazilian Content, Projeto Paradiso e Cinema do Brasil. “Show Me the Fund” é o nome do primeiro mapeamento de fundos de investimentos voltados para a produção independente brasileira. Esse levantamento é fruto dos intensos esforços de incentivo à internacionalização do audiovisual brasileiro, por meio da capacitação de profissionais, concessão de bolsas, geração de conteúdo e na participação em festivais, mostras e eventos de mercado. São 50 fundos internacionais (oportunidades) especialmente selecionados para os produtores brasileiros com acesso gratuito: https://www.showmethefund.co/

Participaram do painel Adriane Freitag, gerente executiva do Cinema do Brasil, Mary Morita, gerente executiva do Brazilian Content, e Thiago Macêdo Correia, produtor executivo da empresa mineira Filmes de Plástico. A discussão foi moderada por Fernando Lauterjung, editor do Tela Viva News.

Mary e Adriane trouxeram para o painel, o “caminho das pedras” que suas respectivas empresas oferecem para ajudar os produtores brasileiros a se internacionalizarem. “O foco do ‘Cinema do Brasil’ é mostrar o beabá de como levar o filme ou o longa-metragem para o mercado internacional. Fazemos uma verdadeira imersão, analisamos quais os fundos mais indicados para cada projeto e a única regra é querer fazer isso. Mesmo que o produtor ainda seja muito novo, ‘pegamos na sua mão’ como um irmão mais velho faria. E se quiser saber mais, anote aí o meu e-mail () que eu respondo todas as suas dúvidas e perguntas”, declarou Adriane Freitag.

Mary Morita aproveitou a fala da Adriane e disse que a única diferença do “Brazil Content” é que o foco aqui são as obras televisivas e feitas para plataformas digitais, ou como eles costumam chamar, as obras seriadas. “Nosso objetivo é internacionalizar os produtores de conteúdo em três pilares: promoção comercial, atração e capacitação. As pessoas precisam ser vistas, comparecer aos eventos, viajar e saber falar, negociar e vender suas ideias para os players internacionais”, resume a gerente executiva, Mary Morita.

O produtor mineiro Thiago Macêdo Correia dividiu com os espectadores suas experiências no mercado internacional, os fundos de investimento de sua preferência, os que considera mais acessíveis e até mesmo aqueles que ainda não conseguiu captar, mas que ainda deseja.

“Com a crise que vivemos hoje no Brasil, o ‘Show me the Fund’ traz ótimas opções para quem está disposto a se aventurar no mercado internacional e coproduzir com outros países. Muitos desses fundos são muito menos burocráticos do que os que temos por aqui. Assim, como muitos produtores da minha geração, eu já tentei e consegui viabilizar meus projetos por meio deles. Por exemplo, um dos que mais me agrada e também dos mais populares entre os brasileiros é o ‘Hubert Bals Fund’ – Script and Project Development, da Holanda. Pelo menos um filme brasileiro por ano é contemplado por ele”, conta Thiago Macêdo.

Segundo o produtor mineiro, esses fundos são democráticos de modo geral, se o projeto for elegível diante das regras de cada um deles. “Existem critérios que não tão fáceis, mas se seguidos à risca, dão o prêmio desejado, mesmo que a pessoa esteja ainda apenas com uma ideia em mente. É possível se submeter a um fundo mesmo antes de fechar parceria com uma produtora, mas eles levam a sério e querem ver os projetos viabilizados. Os fundos de investimentos perdidos são mais fáceis e os retornáveis mais complexos, mas todos têm suas regras que devem ser seguidas”, ensina.

Minas Gerais Audiovisual Expo – MAX 2020
De 16 a 19 de novembro - totalmente virtual
www.max2020.com.br


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