Matrículas escolares: como escolher a escola ideal para crianças neurodivergentes
Professor Nilson Sampaio orienta famílias a avaliar respeito, empatia e preparo pedagógico na hora de matricular filhos com TEA, TDAH ou outras diferenças cognitivas
Chegou outubro e o período de matrículas escolares, quando muitos pais enfrentam a difícil tarefa de escolher uma escola que seja compatível com seus valores, seu orçamento e que garanta que seus filhos se sintam acolhidos, seguros e felizes. Isso é especialmente fundamental quando se trata de crianças neurodivergentes — como aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH, dislexia e outras variações.
O professor Nilson Sampaio, artista plástico, arte-educador e especialista em inclusão, explica que a escolha da escola para crianças com neurodivergências vai muito além da estrutura física. Para ele, é preciso observar o respeito, a formação dos professores, o diálogo com as famílias e a prática da empatia. “Salas adaptadas e recursos tecnológicos são importantes, mas o que realmente faz a diferença é o olhar humano, a forma como a criança é recebida, compreendida e incluída no dia a dia escolar, permitindo que se sinta segura, acolhida e capaz de desenvolver suas habilidades de forma plena”, avalia.
A escolha escolar tem impacto direto não só no aprendizado acadêmico, mas na autoestima, na saúde mental e no bem-estar emocional da criança. Segundo Sampaio, para crianças neurodivergentes, estar em ambiente acolhedor, com respeito às suas demandas cognitivas, sensoriais e emocionais, pode fazer diferença entre florescer ou sofrer com ansiedade, sobrecarga ou desmotivação.
Para ajudar famílias nesse processo, o Professor Sampaio dá algumas dicas sobre o que verificar antes de escolher uma escola para os filhos:
Olhar da equipe - Pergunte diretamente: como a escola entende inclusão? O respeito vem antes de qualquer método pedagógico rígido. “É crucial que professores, coordenação e direção enxerguem o aluno autista como parte integrante da comunidade escolar, com seus potenciais, limites e individualidades”, ressalta Sampaio.
Formação dos professores - Verifique se os educadores têm treinamento/experiência com TEA ou outras neurodivergências, ou ao menos abertura para aprender, por meio de formações continuadas, mentorias ou parcerias externas.
Parceria com a família - A escola deve ser um espaço de diálogo constante, onde os pais são ouvidos, participam das decisões e conhecem os planos pedagógicos para seus filhos.
Práticas pedagógicas adaptadas - Observar se a escola valoriza diferentes formas de aprender, oferecendo atividades lúdicas, criativas, adaptadas quando necessário. “Se há flexibilidade nos métodos de ensino, nos tempos de aprendizagem, no suporte individualizado”, explica o especialista.
Ambiente emocional acolhedor - É fundamental que a criança e os pais sintam segurança. Mais do que rampas ou acessibilidade física, atenção especial deve ser dada ao clima emocional: empatia, paciência, escuta, rotina clara e estímulos sensoriais controlados, entre eles iluminação, barulho e transições.
Outras dicas práticas:
- Fazer visitas à escola em horários de aula e observar as interações entre professores e alunos no pátio e nas salas de aula;
- Conversar com professores e coordenadores sobre os casos de autismo na instituição;
- Se possível, buscar depoimentos de outras famílias de alunos neurodivergentes que frequentam a escola;
- Verificar a flexibilidade da escola para ajustes – por exemplo, nos tempos de transição, no uso de auxiliares e nos métodos de avaliação;
- Pesquisar se há suporte sensorial dentro da escola.
Sobre o Professor Nilson Sampaio
Nilson Sampaio é artista plástico, arte-educador e especialista em inclusão, reconhecido pelo trabalho com crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras neurodivergências. Criador do método PAE (Paciência, Amor e Empatia), Sampaio alia arte e educação para promover ambientes acolhedores, respeitosos e inclusivos, valorizando a singularidade de cada aluno. Ao longo de sua carreira, desenvolveu projetos que integram formação de professores, diálogo com famílias e práticas pedagógicas adaptadas, fortalecendo a autonomia e o bem-estar emocional de crianças e adolescentes.
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