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Estudo conclui que 54% dos alunos do Ensino Superior nunca tiveram contato com aulas on-line antes da quarentena

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Instituto Presbiteriano Mackenzie
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24% dos estudantes apresentam dificuldades com o aprendizado nas aulas online, porém os professores se comprometem com novos recursos tecnológicos, como videoconferências e chats

O Grupo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Currículo e Sociedade (GEICS) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) realizou um estudo a fim de analisar a percepção do aluno do Ensino Superior (graduação e pós-graduação) sobre sua aprendizagem no período de quarentena em decorrência do novo Covid-19.

O estudo "Quarentena Covid-19: a percepção de alunos sobre sua aprendizagem" realizado com estudantes de todo o Brasil matriculados em instituições públicas e privadas concluiu que 54% dos estudantes nunca haviam tido contato com aulas on-line e ou ensino à distância antes da quarentena. Além disso, 24% diz não aproveitar as aulas online com novas aprendizagens. Entre os motivos citados, a grande maioria (78%) comenta que falta a intensidade que o presencial proporciona; entre as outras opções marcadas estão, a dificuldade de acesso à tecnologia (29%), a não compreensão (40%) ou falta de interesse (33%) das propostas on-line. Ao todo foram entrevistados 735 alunos sendo 84,3% estudantes da rede privada e 15,7% da rede pública em sua maioria na faixa de 18 a 30 anos.

A ideia da pesquisa surgiu no início da quarentena quando se percebeu uma grande mobilização para compreender as experiências que os professores estavam vivendo neste novo período. Como o GEICS trabalha com os aspectos relacionados à aprendizagem, resolveram dar voz às experiências dos estudantes universitários. "É de grande importância para buscarmos compreender aspectos inerentes à cultura escolar, bem como podermos dirigir nossos olhares, como educadores, para as questões afetivas que se imbricam com os processos de aprendizagem", afirma a professora Marili Moreira da Silva Vieira, líder do Grupo.

O plano analisou o oferecimento das aulas on-line de universidade públicas e privadas e concluiu que 79,2% das instituições estão com todas as disciplinas on-line, 12,5% estão de maneira parcial e 8,3% estão com todas as aulas suspensas. Por outro lado, a participação de alunos está mais pulverizada, 66% dizem ter participado de todas as aulas, 23% de uma parte, já os demais - incluindo os que não participam de aula alguma representam 11% do total.

Dos que não participam, os motivos variam consideravelmente, mas os principais responsáveis são a impossibilidade de organizar a rotina para estudar (45% dos alunos). Em torno de 15% dos alunos disseram não ter recursos tecnológicos para acompanhar o estudo. Por outro lado, 30% disseram ter recursos, mas não se adaptaram ao sistema on-line. Outros 28% disseram que não concordam ou acreditam na eficácia do estudo on-line.

"Compreender o impacto que a pandemia trouxe a algo que já era latente - a incorporação de cultura digital na cultura escolar - e como esse processo se deu no Ensino Superior neste momento nos levou a elaborar o questionário que traz as dimensões da aprendizagem do estudante, da percepção sobre suas emoções, sobre as metodologias e recursos utilizados neste regime especial de contingência", salienta a professora Ana Lúcia de Souza Lopes, também líder do GEICS.

Isso se mostra evidente em dois pontos do estudo. Com relação às videoconferências, 83% dos professores têm proposto o uso do método. Contudo, apenas 39% dos alunos diz ser obrigado a participar, o que afeta diretamente na participação dos alunos na chamada. Por isso, apenas 16% disseram que a turma inteira participa das chamadas, enquanto 33% colocaram que mais da metade da turma participa; 23% em cerca de metade da turma. Por fim, 21% votaram na opção que menos da metade da turma participa.

Para o professor, resta utilizar recursos adicionais, principalmente chat para ver se o índice de participação cresce. Os alunos pontuaram que 36% dos professores fazem isso, sendo 61% presentes ativamente no chat e 32% utilizam ocasionalmente uma plataforma de conversa. Porém, 42% disseram que poucos professores utilizam qualquer recurso e 23% estão com professores que não utilizam nenhum auxílio.

Assim, entre 46,7% e 61,7% dos alunos apresentam um sentimento negativo por estarem apenas tendo aulas remotas e 65,3% afirmar que seu aproveitamento em sala de aula caiu, principalmente pela falta de contato com os professores de maneira presencial. Ainda que 67,6% veem que os professores estão interessados e buscando alternativas para ensinar e se relacionar com os estudantes, inclusive descobrindo e testando novos recursos.

A incorporação de cultura digital nos processos de aprendizagem é um dos grandes desafios, em especial no Ensino Superior, e acontecia ainda de forma lenta. A partir do da vivência de uma pandemia houve uma ruptura brusca que levou professores de uma semana para outra a migrarem para outros formatos de sala de aula, totalmente medidas por tecnologia. "Esta realidade acelerou a demanda por efetiva educação digital que nos levou a pensar na necessidade de mudança nos paradigmas, numa realidade mais híbrida", salienta Ana Lúcia.

Ademais, pelo que o estudo indica, os alunos também acreditam nisso, porém com ressalvas. Em torno de 19% acreditam que, após a quarentena, as aulas presenciais terão um uso maior de recursos on-line. Já 43% foram mais comedidos e creem que alguns professores vão sim se apropriar dos novos recursos. Porém, 22% acreditam que esse momento é passageiro e que tudo seguirá como era antes da pandemia.

"Entendemos que esses dados nos auxiliarão na organização de ações de acolhimento dos estudantes, bem como no apontamento de possíveis processos de reflexão com os docentes, na busca de inovar, de mudar paradigmas e de atender aos desafios da educação, a partir da compreensão da cultura escolar", finaliza Marili.

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campino estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.


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