Expedição Anel de Fogo: casal de velejadores inicia jornada pelo Pacífico com primeira parada no Brasil

Navegar por uma região que abriga vulcões, ilhas remotas e alguns dos mares mais instáveis do mundo é o novo desafio da dupla de velejadores alemã-venezuelana Wolf Kloss e Jeannete Talavera. Batizada de Expedição Anel de Fogo, a aventura do casal teve sua primeira escala na Marina Itajaí, localizada em Itajaí, no litoral norte de Santa Catarina, onde se preparam para a jornada de dois anos. A bordo de um veleiro com 66 pés, eles saíram da Terra do Fogo, arquipélago localizado no extremo sul da América do Sul, e seguirão rumo ao Japão, às Ilhas Aleutas e ao Alasca — passando pelo Caribe, o Canal do Panamá e as ilhas do Pacífico.

A aventura náutica foi a forma escolhida pelo casal para celebrar suas conquistas e os 30 anos de exploração na Terra do Fogo, uma das regiões mais remotas e deslumbrantes do planeta. Familiares e amigos também irão se juntar aos velejadores em diferentes trechos da expedição. “Meu marido basicamente vive no veleiro e, agora que nossos filhos cresceram e seguem seus próprios caminhos, vimos a oportunidade perfeita para voltar a explorar. Queremos descobrir novos lugares, sempre usando o barco como nosso lar”, conta Jeannete Talavera, velejadora há mais de 20 anos.

O casal, que reside há 35 anos em Puerto Williams, na Ilha Navarino, no Chile, conhecida como “Fim do Mundo”, e já realizou expedições pelo Cabo Horn, Geórgia do Sul e Antártica, chegou ao Brasil no último mês. Eles escolheram a Marina Itajaí para preparar o veleiro para as próximas etapas da viagem. Com quase 20 metros de comprimento e 5,5 metros de largura, o veleiro SV SMA foi projetado para longas travessias oceânicas e já realizou feitos notáveis, como a travessia da temida Passagem Noroeste, em 2011.

“Visitamos a Marina Itajaí em 2018 e 2019, sempre durante o inverno. Essa época marca o fim de nossas expedições à Antártica e o barco precisa de uma manutenção rigorosa, essencial após navegar em condições tão extremas. O complexo oferece tudo o que precisamos para esse trabalho. Além disso, está relativamente perto (cerca de 20 dias de navegação desde Puerto Williams) e o clima mais frio do inverno é ideal para conseguirmos trabalhar”, conta Jeannete

Durante a estadia, o veleiro passou por uma série de ajustes e melhorias, incluindo a soldagem de suportes na popa para facilitar o manuseio do bote de apoio — um reforço importante para as próximas etapas da expedição pelo Pacífico, que estão previstas para iniciar no final de julho. Na Marina Itajaí, considerada o maior complexo náutico do Sul do Brasil e uma das marinas mais bem estruturadas da América Latina, os velejadores internacionais contam com todo suporte necessário para expedições, desde equipamentos de última geração para movimentação das embarcações até posto de combustível. Recentemente, o complexo ampliou sua estrutura para 405 vagas secas e molhadas.

“Temos recebido, com frequência, velejadores internacionais que buscam a Marina Itajaí pela estrutura oferecida e a variedade de serviços especializados. Além disso, estamos estrategicamente posicionados em uma rota importante para navegadores que cruzam o Atlântico e seguem para expedições no Pacífico. Casos como o da Expedição Anel de Fogo mostram como a marina se consolida como um ponto de apoio técnico e logístico para grandes travessias”, destaca Carlos Gayoso de Oliveira, diretor da Marina Itajaí.

Sobre a Marina Itajaí

Com início das operações em 2016, a Marina Itajaí está localizada no centro de Itajaí, SC, ao lado do Centreventos. Modernos equipamentos como ForkLift para até 12 toneladas e TravelLift para até 75 toneladas, são um diferencial na sua configuração, além do posto de combustível com bandeira BR, sendo a única marina no sul do país com Diesel Verana. Possui espaço gastronômico com dois restaurantes internacionais, o Zephyr Seafood & Nikkei e o Brazero Garcia, com amplo estacionamento, ponto de carregamento de carros elétricos e heliponto. Foi a primeira marina do Brasil com certificação internacional ISO 14.001/2015 e Bandeira Azul.