Empatia e diálogo são essenciais para a avaliação correta da dor

Na América Latina, as deficiências dos sistemas de saúde e a falta de reconhecimento da dor crônica como doença dificultam o acesso dos pacientes a uma avaliação correta e oportuna da dor[1], segundo o que foi apontado no painel de especialistas da primeira masterclass do Avaliador, iniciativa da Federação Latino-Americana de Associações para o Estudo da Dor (FEDELAT) com o apoio de Grünenthal, que busca promover a importância da avaliação da dor como base para seu diagnóstico e tratamento adequados.

“80% dos pacientes com dor crônica são atendidos no nível primário com consultas médicas de 15 minutos, insuficientes para fazer uma avaliação completa do paciente; Por isso, é fundamental propor estratégias e fornecer ferramentas a médicos, de todas as especialidades e níveis de atenção, que lhes permitam aprofundar a avaliação da dor para identificar sua intensidade e cronicidade"[2], explica o Dr. Marco Narváez, presidente da FEDELAT.

Como a dor é uma experiência pessoal e subjetiva[3], o Dr. Mario Alonso Puig, cirurgião espanhol, destaca que para enfrentar esse problema de saúde pública, que afeta entre 27% e 42% da população latino-americana[4], é necessária uma abordagem humanista, que priorize a empatia e o diálogo com o paciente, já que “a dor se manifesta de diferentes maneiras e somente a avaliação baseada em nossas habilidades de escuta pode nos levar a reconhecer o processo singular de cada pessoa, e assim podemos oferecer tratamentos personalizados e abrangentes”[3], aponta.

Reconhecendo a importância da educação continuada e a sensibilização da comunidade médica para este objetivo, a FEDELAT, com o apoio da Grünenthal, lançou o projeto Avaliador através de uma masterclass que contou com a presença de mais de dois mil profissionais médicos de mais de dez países, e que se concentrou em propor um olhar diferente e humano para a avaliação da dor. Essa iniciativa, apoiada por 21 associações de dor na América Latina, visa promover o uso de ferramentas médicas apropriadas, como a escala EVA, que facilitem o estabelecimento de um diálogo aberto entre profissionais de saúde e pacientes, como primeiro passo para a obtenção do diagnóstico e avaliação adequados da dor.

Aldo Sterpone, presidente da Grünenthal América Latina, destacou o impacto que esse esforço conjunto com a comunidade médica pode ter sobre os milhões de pacientes que sofrem de dor crônica em nossa região. “O cuidado integral ao paciente com dor crônica só é possível por meio da articulação de esforços entre os diversos atores para mudar a forma como a dor é percebida, avaliada e tratada. Na Grünenthal, estamos orgulhosos de poder contribuir para esse propósito.”

Essa masterclass é uma das primeiras ações a serem realizadas durante o ano como parte do projeto Avaliador. “Com o apoio das associações latino-americanas de dor, encorajaremos médicos, pacientes, autoridades e o público em geral a parar de normalizar a vida com dor e melhorar a forma como ela é tratada em nossos países"[5], finaliza o Dr. Narváez.

Sobre a Grünenthal

A Grünenthal é líder mundial no tratamento da dor e doenças relacionadas[6]. Como uma empresa farmacêutica com base na ciência, temos uma longa história de trazer tratamentos inovadores e tecnologia de ponta para pacientes em todo o mundo. Nosso propósito é melhorar vidas e a inovação é a nossa paixão. Concentramos todas as nossas atividades e esforços em alcançar nossa visão de Um Mundo Sem Dor.

A Grünenthal está sediada em Aachen, na Alemanha, e conta com filiais em 28 países da Europa, América Latina e Estados Unidos. Nossos produtos estão disponíveis em aproximadamente 100 países, e cerca de 4.400 profissionais trabalham na Grünenthal. Em 2022, a empresa atingiu uma receita de aproximadamente 1,7 bilhão de euros.

Referências

[1] Conclusões colhidas na primeira masterclass do Avaliador em 19/04/2023, da qual participaram os doutores Marco Narváez, Andrés Rodríguez e Mario Alonso Puig.

[2] Intervenção do Dr. Marco Narváez durante a primeira masterclass do Avaliador, em 19/04/2023. Tempo 00:26:27

[3] Intervenção do Dr. Mario Alonso Puig durante a primeira masterclass do Avaliador, em 19/04/2023 Tempo 1:00:20

[4] Estimativa feita pela Federação Latino-Americana de Associações de Estudos da Dor (FEDELAT) com base na incidência global refletida em: Pain as a Global Public Health Priority (2011). Disponível em: https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2458-11-770

[5] Intervenção do Dr. Marco Narváez durante a primeira masterclass do Avaliador, em 19/04/2023. Tempo 00:27:00

[6] O ranking é baseado nas vendas da corporação (EURO acc. IQVIA fixo – Status 4º trimestre de 2018) na área dos principais opióides, ou seja, buprenorfina, fentanila, hidromorfona, hidrocodona, morfina, oxicodona, petidina, tapentadol, codeína, dextropropoxifeno, di-hidrocodeina, tilidina, tramadol.