Série The Chair da Netflix retrata o mundo das mulheres na ciência e te convida a fazer várias reflexões importantes
Especialista analisa reflexões levantadas por trama da Netflix e reforça importância da diversidade no setor
A série The Chair, da Netflix, dá o que falar quando o assunto é carreira acadêmica. Usando de comédia para explorar o tema, a obra é protagonizada pela professora Ji-Yoon Kim, interpretada por Sandra Oh, que também atuou como Cristina Yang do grande fenômeno Greys Anatomy. Ela vira diretora do Departamento de Inglês da renomada Universidade Pembroke, e estimula a reflexão sobre temas como racismo, machismo, etarismo e cultura do cancelamento.
Na trama, a professora é a primeira mulher não branca escolhida para o cargo de direção do departamento. Na vida real, dados da Open Box Ciência apontam que, em 2018, 85% das docentes pesquisadoras no Brasil não contaram com bolsas de fomento à pesquisa e, entre as que recebem, a maioria é branca. Além disso, um levantamento feito pela Elsevier intitulado “A jornada do pesquisador através de lentes de gênero”, mostra que embora a participação das mulheres na pesquisa esteja aumentando em geral, a desigualdade permanece entre os países de origem e em áreas temáticas em termos de resultados de publicações, citações, bolsas concedidas e colaborações.
“Esses dados expõem a desigualdade na ciência e abrem espaço para discussões sobre quais jornadas as pesquisadoras trilham no país, já que a grande maioria ainda precisa conciliar carreira de pesquisadora com outros trabalhos, fora a vida pessoal. A diversidade precisa ser mais incentivada nas pós-graduações brasileiras”, avalia Débora Aleluia, pesquisadora em comunicação e analista de produção de conteúdo na Even3, plataforma que realiza publicações científicas, além de simplificar a produção de eventos online.
Um grande exemplo das mulheres na ciência foi agora durante a pandemia do Covid-19, onde elas puderam mostrar ainda mais relevância no setor, estando à frente das pesquisas sobre a doença e vacinas em geral.
Principalmente para o público feminino e especificamente para mulheres do universo acadêmico, a série traz muita representatividade. Pensando nelas, Débora separou 3 grandes reflexões trazidas pela The Chair:
1. Mulheres trabalham dobrado na vida acadêmica
Logo no início da série, é bem reforçado o fato de que as mulheres precisam lutar muito para se manterem na carreira acadêmica, colocando em xeque a própria vida pessoal, com acúmulo de funções, além de enfrentarem machismo e falta de espaço na academia.
A retratação da vida pessoal versus a vida profissional de várias personagens com diferentes perfis é um dos pontos altos da trama, com mais ênfase na protagonista - Ji-Yoon mostra um equilíbrio entre amor ao trabalho e preocupação com a sua filha na mesma medida. “É justamente por isso que existe essa identificação de outras mulheres que trabalham no ramo, pois reforça fielmente esse malabarismo para equilibrar trabalho, vida amorosa e familiar”, comenta Débora
2. A carreira de pesquisadora é cheia de conflitos geracionais
Assim como na vida real, a maioria das pessoas que já passaram por escolas, universidades e instituições de ensino sabe desse conflito de gerações entre professores mais velhos e clássicos e os mais jovens, de linguagem mais informal e recém-chegados ao departamento. A série retrata essas dificuldades em lidar com as diferenças geracionais. “Podemos observar os medos dos professores mais velhos, as inseguranças de todos, os diferentes métodos de ensino, o machismo, a dificuldade de assimilar novos conceitos e a mudança que esses encontros proporcionam”, explica a analista de produção de conteúdo.
3- Revisar metodologias é sempre necessário
Falando em diferenças, uma das maiores realidades acadêmicas expressadas na série é a dificuldade de alguns professores em gerar conexão com os alunos. “A série mostra insights importantes sobre essa rotina nas salas de aula, reforçando a importância dos professores saberem lidar com conflitos e aprenderem a gerar conexões com os alunos”, afirma Débora.
Sobre a Even3
Fundada em 2015, em Recife, pelos sócios Leandro Reinaux, Cláusio Barbosa e Renato Cruz, a Even3 é uma plataforma de eventos que conecta pessoas e conhecimentos científicos e acadêmicos. A startup começou sua operação trazendo alternativas para organização de eventos presenciais, mas com a pandemia sentiu a necessidade de promover a transformação para uma atuação online. Atualmente, permite a realização de videoconferências, sessões ao vivo ou gravadas e acompanhamento da programação dentro da plataforma. Além disso, a empresa oferece serviços de publicação de conteúdos acadêmicos e tecnologia para que empresas e instituições de ensino possam realizar seus eventos em um ambiente seguro e personalizável com as características das marcas.
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