Startup bootstrapping cria um ecossistema de mais de R﹩ 200 milhões

Com uma visão futurística, Diego Freire, sentiu há cinco anos que a comunicação iria mudar, possivelmente da analógica para a digital, e com isso, muitos segmentos iriam se adaptar junto, principalmente às empresas. Com essa ideia na cabeça e com a sensação de que esse ramo iria precisar de um apoio para fazer os atendimentos pela internet, ele decidiu empreender e criar sua startup de atendimento digital.

"Gosto de brincar dizendo que começamos a Huggy em 2015 onde tudo ainda era mato, mas sabíamos que com muito trabalho e foco iríamos conquistar esse mercado, e assim foi", conta Freire.

A ideia principal era agilizar todos esses processos. Antigamente era necessário se locomover, ir até um ponto físico, muitas vezes distante de cada casa, para resolver algum problema, e mesmo quando houve a migração para o meio digital era muito comum que ao solicitar essa resolução fosse encaminhado para uma página de "Fale Conosco", sem precisão e garantia de que algo seria feito.

Com a plataforma os clientes conseguem ter contato com a empresa em menos de um minuto, por meio de um simples cadastro e um canal facilitado, e o melhor 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive nos feriados.

"A partir desse princípio, a gente observou esse novo mercado e vimos como uma oportunidade, e quando percebemos já estávamos propagando essa ideia e conceito de atendimento digital. Hoje, nós olhamos para trás e conseguimos ver um ecossistema formado, mas ainda embrionário perto do que ele pode ser, junto com nossos colaboradores e clientes vamos construir e desenvolver muito mais", afirma o empreendedor e CEO da Huggy.

Hoje, o ecossistema criado pela startup de bootstrapping, como é nomeada, é de mais de R﹩ 200 milhões e já conta com mais de 1.500 clientes ativos. São aproximadamente 300 colaboradores cadastrados e oito parceiros globais que ajudam a desenvolver o sistema e melhorar a tecnologia, sem contar os 16 mil especialistas em atendimento digital que atendem as pessoas e empresas interessadas nos serviços da startup.

"É gratificante ver como grandes marcas, algumas conhecidas até mundialmente, batem no peito para falar que possuem o ecossistema da Huggy e como isso valoriza o contato com o cliente, pois, esse é um dos pontos cruciais para uma pessoa decidir se irá comprar com a empresa ou não, por isso merece ser valorizado e aderido", explica o CEO.

Mas como nem tudo são flores, Diego afirma que começar um projeto com orçamento limitado é desafiador e muito complicado, porém com esforço pode ser muito vantajoso na questão competitiva. Como hoje a Huggy é um modelo bootstrapping, gera uma margem lucrativa, que se torna rentável para os investidores, provando que a tese de que passar por esse momento de dificuldade traz provas vivas e não somente "slides" para mostrar para esse mercado de investimento a valorização do negócio.

"No mercado nacional já somos líderes, mas não nos acomodamos. Nosso objetivo e desafio é levar tudo isso para o mundo, consolidando ainda mais no Brasil, mas entendendo que outros países também podem crescer suas empresas no segmento digital e melhorar a otimização do atendimento digital", finaliza Freire.

Sobre a Huggy

Criada em 2015, a Huggy tem o propósito de otimizar os relacionamentos entre organizações e consumidores, por meio do atendimento digital. Esse conceito é relativamente novo e surgiu para atender as necessidades do consumidor 4.0, que é conquistado não apenas com o produto e sim com a experiência de atendimento. A empresa já atendeu mais de 6 mil clientes, efetuou mais de 40 milhões de atendimentos e processou mais de 1 bilhão de mensagens.